Cavaleiros e seus corcéis alados, feiticeiras, princesas e batalhas sangrentas são alguns dos elementos que compõem o universo ficcional do épico Orlando furioso.
Concebida pelo grupo Sobrevento, a montagem segue a tradição siciliana de teatro de bonecos pupi, cuja característica principal está no uso de figuras grandes, que medem cerca de 90 centímetros de altura, suspensas por vergalhões de ferro que permitem uma movimentação vigorosa.
O diretor Luiz André Cherubini conta que o grupo decidiu encenar o poema de Ariosto por integrar o repertório comum desse tipo de teatro de animação. “No caso específico de Orlando furioso, o uso da técnica pupi é fundamental, pois permite uma reprodução real e cheia de vitalidade das batalhas presentes no texto”, esclarece.
Cherubini explica que o teatro de bonecos nasceu, originalmente, como uma arte para adultos, e só recentemente foi adotado pelas encenações infantis.
O diretor ressalta o minucioso trabalho artesanal desenvolvido pelo grupo durante a confecção do figurino e dos bonecos. “Os 19 personagens são feitos em madeira e suas armaduras de alumínio são tão detalhadas que levaram seis meses para serem concluídas”, conta.
O enredo tem como cenário a guerra travada entre Carlos Magno e Agramante, um lendário rei mouro que invadiu a Europa para vingar a morte de seu pai. A história retrata os dramas vividos pelo cavaleiro Orlando, paladino de Carlos Magno. Ao descobrir que sua amada fugira com um cavaleiro árabe, ele enlouquece e arrasa tudo e todos que encontra, prejudicando, assim, seus companheiros cristãos.
Na encenação, três músicos interpretam ao vivo canções especialmente compostas pelo diretor musical João Poleto.
|Serviço: Centro Cultural São Paulo – Espaço Cênico Ademar Guerra. Centro. De 17 a 19/10. R$ 5. De 24/10 a 21/12. R$ 12. 6ª e sáb., 21h. Dom., 20h. Dia 31/10, preço popular: R$ 2
Orlando Furioso
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