Após fechamento temporário para limpeza e manutenção em junho deste ano, o imóvel passa a receber mostras e apresentações musicais aos domingos, às 11h.
Com o objetivo de situar o observador, a exposição é dividida em duas partes. A primeira traz a análise da própria construção do ponto de vista arquitetônico, comparando sua concepção original com as adaptações para o uso cotidiano que o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, seu idealizador, realizou quando decidiu morar no local.
Entre as mudanças, o curador aponta as ampliações da sala de jantar e da entrada lateral, que passou a contar com uma espécie de marquise, e a divisão do estúdio do arquiteto. Na outra parte, é comparado o estilo de Warchavchik com o de outros profissionais como Le Corbusier e Frank Lloyd Wright – esse último desenhou o prédio que abriga o Museu Guggenheim, de Nova York –, que em comum tinham traços audaciosos. “Penso em comparar, por exemplo, o estilo da Casa Modernista com o da Casa da Cascata (Fallingwater House), de Wright, que fica na Pensilvânia”, comenta Claro.
A construção projetada por Warchavchik, concluída em 1928, na Vila Mariana, dividiu opiniões no campo da arquitetura por conta do rompimento com o modelo clássico da época, mas encontrou eco em intelectuais integrantes do Movimento Modernista, como Mário de Andrade e Anita Malfatti.
Em março deste ano, a Secretaria de Estado da Cultura autorizou a integração do imóvel ao Museu da Cidade de São Paulo que reúne exemplares arquitetônicos de diferentes épocas. Localizada no Parque Modernista, que tem área total de 12 mil metros quadrados, a Casa Modernista ocupa cerca de 1,2 mil metros quadrados e é reconhecida como patrimônio histórico pelos órgãos de preservação municipal e estadual.
|Serviço: Casa Modernista. Zona Sul. Abertura: dia 19, 11h. De 20/10 a 30/3/09. 3ª a dom., das 9h às 17h. Grátis