Biblioteca Mário de Andrade (BMA) - Programação de Abril

Confira a programação completa

 

ABRIL - BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE


Exposição fotográfica

A Luz da beleza, de Luiz Moreira 

Curadoria Marcus Lontra

de 24 de fevereiro a 7 de abril

3º andar, hall e saguão de entrada

Os trabalhos de Luiz Moreira se apropriam da extrema riqueza visual, dos ritos religiosos vindos da África dando-lhes um sentido transformador, projetando para uma estética que dialoga com técnicas e materiais tecnológicos contemporâneos: é o “afrofuturismo” que se projeta em cores vibrantes e cheias de contraste. Elas vibram diante do nosso olhar e as personagens se apresentam e caminham entre nós como um desfile de carnaval: cor, sedução e encantamento. O artista atua nas frestas do design, do artesanato e na interseção da arte popular e da chamada arte erudita. De acordo com os ditames do contemporâneo, elementos de significados antropológicos e filosóficos provocam o espectador criando ritmos de ação coreográfica em conexão direta com a dança, o transe, o batuque, os atabaques, som e movimento ampliando a ação das artes plásticas.

Luiz Moreira iniciou sua carreira como fotógrafo há uma década, enquanto cursava Comunicação Social. Em 2017, sua primeira série fotográfica documental, Porta do Mar, ganhou uma exposição junto a um coletivo de fotógrafos na GW Gallery, em São Paulo. Em 2018, o artista participou, pela primeira vez, das edições da SP-Arte e SP-Arte/Foto. Naquele ano, a mesma série ganhou sua primeira exposição. Em 2019, Luiz Moreira mudou-se para Miami, onde produziu a série Santo Negro, cujo sucesso rendeu ao artista suas primeiras exposições internacionais, na San Paul Gallery (Miami, EUA), Macek Gallery (Sunny Isles, EUA) e na semana da Art Basel (Miami, EUA). Em 2021, a série foi exposta na Sérgio Gonçalves Galeria e na SP-Arte, ambas no Brasil. Atualmente, Luiz se divide entre São Paulo e Miami.

 


 

Exposição

A Retina Sutil, de Alberto Oliveira 

Curadoria de Naum Simão

16 de março a 19 de maio 

Sala de convivência

Exposição que traz um recorte de obras com ênfase surrealista da produção de Alberto Oliveira. Ao expor imagens de arquivo à colagem e manipulação digital, o artista consagra personagens e espaços à metamorfose dos corpos como um ritual para este despertar: a transformação de um ser em outro pelo milagre da imaginação. Encantados, eles passam a habitar paisagens de plasma e posam com orgulho exibindo suas novas formas nesta nova vida, neste lugar chamado surrealidade. Todos cheios de luz, híbridos (sem serem cibernéticos), em íntima comunhão com sua alma animal e assentados em vazios e silêncios.

Alberto Oliveira desenvolve trabalhos no campo das aproximações entre pintura e fotografia e dessas relações para a elaboração de sua poética visual. Começou seus estudos de artes visuais nas Oficinas Cultural Oswald de Andrade em São Paulo na década de 90, trabalhou como assistente para artistas passando pelo teatro, vídeo, musica e literatura. Dentre alguns projetos e exposições destacam-se: Art Salon Zurich, Suiça, 2023, New York NFT, Black Box NFT Festival na The Lower Draw Gallery, 2023, "Em torno de Zumbi" 1996, organizado pelo MAC-USP Museu de Arte Contemporânea, Transparência na Artmakers Gallery, Estocolmo e a individual "Corpo Contínuo" no Gabinete D em São Paulo de 2013, exposição que investiga o corpo e seus desdobramentos no mundo, pesquisa que permanece ate hoje. Alberto Oliveira vive e trabalha em São Paulo.

 


 

Exposição

Leituras, de Thiago Honório 

Curadoria de Lilia Moritz Schwarcz 

23 de março a 16 de junho

Sala de convivência

Leituras, do artista Thiago Honório, é uma exposição com livros e sobre livros, e realizada numa biblioteca; essa sorte de panteão dos livros. Sintética, silenciosa e poética, Leituras significa uma homenagem aos livros, mas também a uma estética dos livros. O lugar em que ela se realiza é quase autorreferente ou até metalinguístico: a icônica biblioteca Mário de Andrade, instituição cuja vocação primeira vincula-se ao modernismo paulistano, a despeito de não se limitar a ele. A exposição significa também uma espécie de abreviado da obra consistente e coerente de Thiago Honório. Essa exposição recobre 20 anos de produção — de 2003 a 2023 —, deste artista mineiro, em diálogo com o barroco das Minas Gerais, e com o modernismo paulistano que selecionou esse tempo e esse lócus para pensar Brasil. Composta por 18 trabalhos, Leituras nos convida a pensar no livro como matéria, como conhecimento acumulado, como “substância inflamável”, (conforme o artista gosta de definir) e como forma estética.

Thiago Honório é artista visual. Realizou em 2018 a residência artística do Director's Circle, International Studio & Curatorial Program, em Nova York, EUA, nomeado por Allan Schwartzman; 2019 – Programa de Residência Artística CAMPO AIR | Artist Colony in Uruguay, nomeado por Gabriel Pérez-Barreiro e Patricia Druck, Pueblo Garzón, UY; e em 2020, foi selecionado para a residência GULBENKIAN Grant /AIR 351, Cascais, Portugal por Nathalie Anglès, Sébastien Pluot and Delfim Sardo. Exposições individuais e coletivas recentes incluem: Roçabarroca, Museu de Arte Moderna d de São Paulo (2020); Living Room, ISCP/NYC, Nova York, EUA (2019); Imagens do Aleijadinho, MASP Museu de Arte de São Paulo, Brasil (2018); Frestas Trienal, Sesc Sorocaba, Brasil (2017); Solo, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2016); Trabalho, Museu de Arte de São Paulo – MASP (2016); Boate Azul, em colaboração com Pedro Vieira, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil (2016); Títulos, Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2015); Documents (na mostra O agora e o antes no acervo do MAC), Museu de Arte Contemporânea USP (2013), São Paulo, Brasil; Prêt-à-porter (exposição Estranhamente familiar), Instituto Tomie Ohtake (2013), São Paulo, Brasil. Coleções das quais seu trabalho faz parte incluem: Museu de Arte de São Paulo – MASP, Museu de Arte da Pampulha, BH, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC/USP, Museu de Arte do Rio – MAR, Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP, Museu de Arte Brasileira – MAB/FAAP, e Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil.

 


 

 

Teatro adulto

A Palavra em ação - O direito à literatura, de Antonio Candido 

Com Ney Piacentini (concepção e direção)

Segundas-feiras, 1, 8, 15, 22 e 20 de abril, 19h 

Auditório

A dramaturgia contará com extratos de textos de pesquisadores brasileiros que se dedicaram aos estudos a respeito da formação da nossa sociedade e sua individualidade, tais como Machado de Assis e Mário de Andrade. Os textos serão amalgamados pelo dramaturgista Welington Andrade. Como ação complementar, logo após a exibição da sessão, serão realizadas conversas/debates com a participação dos espectadores, para que possam tirar suas dúvidas a respeito da obra, seus conteúdos e escolhas formais, assim como sobre o processo criativo da montagem.

Classificação indicativa - 12 anos

 


 


Palavra e Imagem: ciclo de clássicos adaptados para o cinema

de 23 de março a 13 de abril 

Auditório

Ciclo que traz clássicos da literatura adaptados por importantes diretores e diretoras do cinema mundial. Exibições em arquivo digital e película 16mm. O último filme a ser exibido é Metrópolis, de Fritz Lang, com acompanhamento musical ao vivo do pianista Tony Berchmans. Parte da programação é feita em parceria com a Fundação Japão e Institut Français, Embaixada da França e Cinemateca da Embaixada da França. Filmes em 16mm da coleção Cine 16.

As sessões dos filmes Vidas Secas, Adoráveis Mulheres e Zama terão comentários da pesquisadora Mariana Duccini (uma hora antes da sessão).

Mariana Duccini é mestre e doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2013). Desenvolveu estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com bolsa Capes (PNPD-CAPES), entre 2017 e 2019, sendo credenciada como Professora Permanente no referido PPG. É co-organizadora dos livros "Gêneros cinematográficos e audiovisuais: perspectivas contemporâneas" (Volume 2 e Volume 3) . Tem capítulos de livros e artigos publicados em periódicos diversos.

Tony Berchmans é compositor, produtor musical, pianista e engenheiro. Desde 1992 trabalha no mercado de produção fonográfica, coordenando, compondo e produzindo som para rádio, tv, cinema e internet em centenas de projetos. Autor do livro “A Música do Filme – Tudo o que você gostaria de saber sobre a música de cinema”. Com seu projeto CINEPIANO realizou mais de 180 concertos e vários workshops no Brasil, Noruega, Itália, Portugal, Romênia e Inglaterra.

 

23/03, sab

bate papo com Mariana Duccini às 16h 

17h - Vidas Secas

BRA, Nelson Pereira dos Santos, 1963

Baseado no romance homônimo de Graciliano Ramos

 

27/03, qua, 19h 

As Vinhas da Ira

EUA, John Ford, 1940

Baseado no romance homônimo de John Steinbeck 

exibição em película 16mm

Classificação indicativa: 12 anos

 

28/03, qui, 19h

Um Triângulo Diferente

EUA, James Ivory, 1984

Baseado no romance Os Bostonianos, de Henry Miller 

exibição em película 16mm

Classificação indicativa: 14 anos

 

03/04, qua

bate papo com Mariana Duccini às 18h 

19h - Adoráveis mulheres

EUA, Greta Gerwig, 2019

Baseado no romance Mulherzinhas, de Louisa May Alcott 

Classificação indicativa: 10 anos

 

04/04, qui, 19h

Z

FRA/ARG, Costa Gravas, 1969

Baseado no romance homônimo de Vassilis Vassilikos

 

05/04, sex, 19h

O Morro dos Ventos Uivantes

EUA, William Wyler, 1939

Baseado no romance homônimo de Emilie Bronte 

exibição em película 16mm

 

09/04, ter, 19h

Depois da Chuva

JAP, Takashi Koizumi, 1999

Roteiro de Akira Kurosawa baseado no conto homônimo de Shûgorô Yamamoto 

exibição em película 16mm

 

10/04, qui

bate papo com Mariana Duccini às 18h 

19h - Zama

ARG, Lucrécia Martel, 2017

Baseado no romance homônimo de Antonio Di Benedetto 

Classificação indicativa: 14 anos

 

12/04, sex, 19 

Ganhando Meu Pão

RUS, Mark Donskoy, 1939

Baseado no romance homônimo de Maksim Górki 

exibição em película 16mm

 

13/04, sab, 17h 

Metrópolis

ALE, Fritz Lang, 1927

Baseado no romance homônimo de Thea von Harbou 

Cinepiano com Tony Berchmans

exibição em película 16mm

 


 

TEMA - TURMAS DE ESCRITA DA MÁRIO - 2024

Com o objetivo de fomentar a reflexão e a prática da escrita criativa, inicialmente em quatro linguagens - poesia, HQ, prosa e escrita para as infâncias - a Biblioteca Mário de Andrade, da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, lança o projeto TEMA - Turmas de Escrita da Mário. As turmas de escrita serão divididas conforme as linguagens trabalhadas e as aulas, algumas presenciais e outras online, serão ministradas durante todo o ano de 2024, sempre às quintas feiras pela tarde. Cada linguagem terá dois mediadores - com exceção do Tema Prosa, que terá três. Os mediadores serão escritores e escritoras com carreira artística sólida, que representam referências em suas áreas de atuação. A matrícula é gratuita e por ordem de inscrição. As inscrições serão feitas exclusivamente online.

Programação:

TEMA 1 - ESCREVER POESIA - quintas, das 15 às 17h

Inscrições de 25 a 29 de março - https://forms.gle/HBYUBwhsvNfLZe2b7 Mediação de Edimilson de Almeida Pereira (online) - 4, 11, 18 e 25 de abril Mediação de Angélica Freitas (online) - 2, 9, 16 e 23 de maio

TEMA 2 - ESCREVER HQ - quintas, das 15 às 17h

Inscrições de 27 a 31 de maio - https://forms.gle/J5HKjUvk5qv2eoQu8

Mediação de Germana Viana (online) - 6, 13, 20 e 27 de junho

Medição de Rafael Calça (presencial) - 4, 11, 18 e 25 de julho

TEMA 3 - ESCREVER PROSA - quintas, das 15 às 17h

Inscrições de 22 a 26 de julho - https://forms.gle/nufeTyAMCSrAN2v46

Mediação de Cidinha da Silva - foco em crônica (presencial) - 1, 8, 15 e 22 de agosto Mediação de Maria Valéria Rezende - foco em romance (online) - 29 de agosto, 5, 12 e 19 de setembro

Mediação de João Anzanello Carrascoza - foco em conto (presencial) - 26 de setembro, 3, 10 e 17 de outubro

 

TEMA 4 - ESCREVER PARA AS INFÂNCIAS - quintas, das 15 às 17h

Inscrições de 7 a 11 de setembro - https://forms.gle/vJu6QiM8bXyNsDsw9

Mediação de Heloísa Pires Lima (presencial) - 24 e 31 de outubro e 1 e 8 de novembro Medição de Blandina Franco e José Carlos Lollo (presencial) - 21 e 28 de novembro, 5 e 12 de dezembro

Sobre os mediadores:

Angélica Freitas é uma das principais poetas brasileiras contemporâneas, além de tradutora e jornalista. Tem poemas publicados em inúmeras antologias nacionais e internacionais. Seu primeiro livro de poemas é Rilke Shake (2007), que integra a coleção de poesia contemporânea "Ás de colete", dirigida pelo poeta carioca Carlito Azevedo. Desde então, seus poemas foram traduzidos e publicados na Espanha, México, Estados Unidos, Alemanha e França. Em 2012 seu livro um útero é do tamanho de um punho alcançou grande sucesso de crítica e foi vencedor do prêmio APCA de poesia.

Edimilson de Almeida Pereira é poeta, ensaísta, ficcionista, autor de literatura infanto-juvenil e professor titular na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. De sua obra ensaística, destacam-se, dentre outros, os livros Os tambores estão frios: herança cultural e sincretismo religioso no ritual de Candombe (Mazza, 2005, Prêmio Vivaldi Moreira da Academia Mineira de Letras, 2004); Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma epistemologia de base afrodiaspórica na Literatura Brasileira (Azougue, 2017), A saliva da fala: notas sobre a poética banto-católica no Brasil (Azougue, 2017, Prêmio Sílvio Romero de Folclore e Cultura Popular/ FUNARTE, 2002). Estreou na publicação de poesia em 1985, com o livro Dormundo (Edições d’lira, Juiz de Fora). Recebeu, dentre outras as distinções, o Prêmio Nacional de Literatura UFMG, pelo livro Ô lapassi & outros ritmos de ouvido (1988). Em 2019, publicou a antologia que reúne parte de sua obra, Poesia+ (antologia 1985-2019) (Ed. 34). É autor ainda dos romances, todos de 2020, Um corpo à deriva (Macondo), O ausente (Relicário) e Front (Nós), este último vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura.

Rafael Calça é ilustrador e roteirista brasileiro de histórias em quadrinhos. Ganhador dos prêmios Angelo Agostini, HQ Mix e Jabuti. Fez ilustrações para diversos livros e revistas, incluindo publicações das editoras Abril, Ática, Globo, LeYa e Moderna, entre outras. Participou de coletâneas de quadrinhos como Front e Quebra-Queixo: Techonorama. Em 2013, lançou a HQ independente Dueto. Foi roteirista dos romances gráficos Jockey (2015, com desenhos de André Aguiar), Crônicas da Terra da Garoa (2016, com Tainan Rocha) e Jeremias - Pele (2018, com Jefferson Costa), sobre Jeremias, o primeiro personagem negro da Turma da Mônica de Maurício de Sousa para a linha de Graphic MSP da Panini Comics. Também foi responsável pelo roteiro da HQ de apresentação da personagem Milena e sua família, publicado em janeiro de 2019 no gibi mensal da Turma da Mônica e co-escreveu o argumento e atuou como consultor da peça musical Brasilis, da Turma da Mônica. Em janeiro de 2020 outra história do Jeremias foi escrita por Calça, a edição 38 da série II da Turma da Mônica Jovem, intitulada "Diário de Viagem". Em 2019, Calça ganhou o Prêmio Angelo Agostini de "melhor roteirista". No mesmo ano ganhou junto a Jefferson Costa dois troféus HQ MIX (Melhor Edição Especial Nacional e Melhor Publicação Juvenil) e o prestigiado e maior prêmio literário brasileiro, o Prêmio Jabuti de Melhor História em Quadrinhos. Todos por Jeremias - Pele.

Germana Viana é desenhista, roteirista e quadrinista. Se formou em Artes pela Universidade Estadual de São Paulo e começou sua carreira nos anos 1990 fazendo ilustração de livros infanto juvenis. No início dos anos 2000 começou a atuar como designer gráfica e letrista de quadrinhos, tendo sido assistente de Joe Prado no agenciamento de artistas brasileiros para o mercado norte-americano. A partir de 2013 começou a publicar suas próprias HQs, começando pela série Lizzie Bordello e as Piratas do Espaço, que foi lançada impressa em

dois volumes, respectivamente em 2014 e 2016, pela editora Jambô. Em 2016, começou a publicar a webcomic As Empoderadas, que foi vencedora do 29º Troféu HQ Mix na categoria "melhor web quadrinho". Publicou ainda as HQs Gibi de Menininha (Prêmio Angelo Agostini Melhor Lançamento e Troféu HQ Mix) e Ménage #01 e Ménage #02, também vencedores do Troféu HQ Mix.

Cidinha da Silva é escritora, doutora em Difusão do Conhecimento e conselheira da Casa Sueli Carneiro. Publicou vinte e um livros, contando com mais de trezentos e cinquenta mil exemplares em circulação, dentre eles, os premiados “Um Exu em Nova York” e “O mar de Manu”. Vários de seus livros integram políticas públicas de formação de acervo nos níveis federal, estadual e municipal, incluindo o PNLD Literário (FNDE). Tem publicações em alemão, catalão, espanhol, francês, inglês e italiano. Seu livro mais recente é Tecnologias ancestrais de produção de infinitos (crônicas, Martelo, 2022).

Maria Valéria Rezende é escritora. Publicou vários livros e artigos de não ficção, dentre eles, cinco romances. Estreou na literatura em 2001, com o livro Vasto Mundo. Ganhou o Prêmio Jabuti de 2009 na categoria literatura infantil com No risco do caracol, em 2013, categoria juvenil, com Ouro dentro da cabeça e em 2015 nas categorias romance e Livro do Ano de Ficção, com Quarenta dias. Em janeiro de 2017, recebeu o Prémio Casa de las Américas pelo livro Outros Cantos, e, pelo mesmo romance, ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura e o terceiro lugar no Prêmio Jabuti em novembro de 2017. Em 2020 foi a terceira classificada do Prémio Oceanos de Literatura, com o livro Carta à Rainha Louca. É uma das idealizadoras do coletivo literário feminista Mulherio das Letras.

João Anzanello Carrascoza é escritor, redator publicitário e professor na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Como escritor publicou suas primeiras histórias, nos anos 1980, em jornais de São Paulo e Minas Gerais. Também realizou adaptações de clássicos da literatura, para público infantojuvenil: O livro da selva, de Rudyard Kipling, Pollyanna, de Eleanor Porter, O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson e A ilha do tesouro, de Robert Louis Stevenson. Seu livro de contos O vaso azul (1998), ganhou os prêmios Eça de Queiroz e Guimarães Rosa, além de uma indicação ao Prêmio Jabuti. Publicou Duas tardes pela Boitempo Editorial, recebendo mais uma indicação ao Prêmio Jabuti, em 2003. Seu primeiro romance, Aos 7 e aos 40, foi publicado pela Cosac Naify em 2013 e recebeu o Prêmio FNLIJ, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. No ano seguinte, pela mesma editora, publicou Caderno de um ausente, e por ele recebeu o Prêmio FNLIJ, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, na categoria Jovem e foi um dos ganhadores no 57º Prêmio Jabuti. Além das importantes premiações nacionais e internacionais recebidas, seus livros foram traduzidos para diversos idiomas. Em 2019 foi um dos cinco finalistas do 63° Prêmio Jabuti na categoria Literatura Juvenil por Caleidoscópio de vidas (2019), publicado pela FTD e, ainda em 2019, publicou o romance Elegia do irmão.

Heloísa Pires Lima é editora, escritora e pesquisadora, doutora em Antropologia Social pela USP. Em 1998, publicou Histórias da Preta, pela editora Companhia das Letrinhas, um compêndio que aborda os vários aspectos da história de uma construção da identidade de uma menina negra. A obra vem sendo adotada por inúmeras escolas públicas e particulares. A Preta, como o chama a escritora, recebeu reconhecimento crítico, como os prêmios José Cabassa e Adolfo Aizen (1999/UBE), além de ter sido selecionada para o Brazilian Book magazine (1999/FBN-FNLJ) divulgado no Bologna Book Fair. Em 2004, coordenou a coleção O Pescador de Histórias, pela Peirópolis, cujo primeiro título foi O Espelho Dourado (PNBE 2005). Já em 2005, tivemos A semente que veio da África, pela Salamandra

(PNBE 2005). Foi responsável pela criação da Selo Negro Edições, do Grupo Summus Editorial, além de ter atuado como editora entre 1999 e 2000. É uma das autoras do volume De olho na cultura: pontos de vista afro-brasileiros, obra vencedora do I Concurso Nacional de Produção de Livros e Vídeos Sobre História, Cultura e Literatura Afro-brasileiras, modalidade Livros, na categoria cultura afro-brasileira. Em 2006, Ano do Brasil na França, participou da Journée Littéraire Foyalaise realizada na Martinica e em Guadalupe.

Blandina Franco e José Carlos Lollo fazem livros para crianças, que alcançaram imenso sucesso. Blandina e Lollo, como se tornaram conhecidos, consolidaram uma obra criativa e afinada, que se destaca pelo humor, sensibilidade e originalidade. O casal já publicou mais de 40 livros e recebeu diversos prêmios literários, entre eles o Jabuti (por A Raiva, de 2015) e uma Menção Honrosa do Prêmio Bologna Ragazzi Digital Award, concedido pela Feira de Bolonha, pelo livro digital Quem soltou o pum?. A obra deu origem a uma série temática publicada pela Companhia das Letrinhas, que se tornou um fenômeno editorial, com mais de

500 mil cópias vendidas. Seus livros foram também publicados no exterior, caso, por exemplo, de A Raiva editado na China, Turquia e em Portugal.

 


 


Exposição de foto: Óculos de Okotô, de Keila Sankofa

De 6 de abril a 9 de junho 

Hall da estátua

A artista visual Keila-Sankofa realiza exposição com a foto performance Óculos de Okotô 2022 que será apresentada ao público no Hall da Biblioteca Mário de Andrade. Com essa produção, a artista reitera que as formas do viver a partir das tecnologias pretas/negras/afro-brasileiras se fazem em contato com os seres habitantes do planeta, em prol da vida, da sabedoria, e não da morte e da destruição. Nesse sentido, a exposição reflete sobre a tecnologia ancestral como existência.

Keila-Sankofa, nascida em Manaus, no Amazonas, em 1985.

Artista visual e realizadora audiovisual que exerce a multidisciplinaridade em espaços institucionais, urbanos, além de festivais e mostras de cinema. Indicada ao Prêmio PIPA 2021-2023, residente Artística Artlab x Amplify D.A.I (Brasil - Argentina), a artista participou de projetos como NAVE Rock In Rio, convidada para o 40o Arte Pará (PA), Um século de agora - Itaú Cultural (SP), Mulheres que mudaram 200 anos - Caixa Cultural, Festival MUTEK (Argentina e Montreal), selecionada para o 32o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, 1a Bienal das Amazônias, International Film Festival Rotterdam, além de Diretora artística do Projeto Direito à Memória. Possui obras nos acervos da Coleção Amazoniana de Arte da UFPA e Museu Nacional de Belas Artes.

 




 

Clube de Leitura de Prosa 

Com Heitor Botan

Quarta-feira, 10 de abril, 19h

Leitura de Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski

 


 

 

Curso

Histórias do diabo com Roberta Ferraz

Quintas-feiras, 11, 18 e 25 de abril, 2, 9 e 16 de maio 

Auditório

Não é necessária inscrição prévia.

O Diabo pode ser lido, sobretudo, como uma camuflagem simbólica a serviço de retóricas da intolerância. Se as grandes preocupações teosóficas a respeito de sua figura e função se iniciam em razão de um esquadrinhamento das origens do mal, a aplicação de seu imaginário na estruturação identitária de uma cultura ultrapassa em muito essa questão primeira, mostrando-nos de que maneira os dispositivos de poder, por parte de quem domina o discurso sobre um e outro – bem e mal, nós e eles, fé e pecado, por exemplo – são exercidos. Os encontros visam revisitar este arquétipo de nossas próprias sombras, de nossa perversão íntima, para, quiçá, tornar melhores e possíveis o encontro com a incomensurável, ambígua e difícil diferença, em nós e nos outros.

Roberta Ferraz é graduada em História (USP) e Letras (PUC), mestre e doutora em Literatura Portuguesa (USP) e professora de diversos cursos interdisciplinares de cultura e literatura. Autora de livros de prosa e poesia, entre eles Saturação de Saturno (Oficina Raquel, 2013)

 


 

 

Teatro Infanto juvenil

Os filhos de Iauaretê, a onça-rei, com Cia. Pé do ouvido

Sábados, 13, 20 e 27 de abril, 14h

Domingo, 19 de maio, na programação da Virada Cultural 

Auditório

 

Contação de histórias

Dos bichos desta terra, com Cia. Pé do ouvido

Sábados, 13, 20 e 27 de abril, 14h

Domingo, 19 de maio, na programação da Virada Cultural 

Auditório

 


 

Conversas

As Influências Ciganas na Música Popular Brasileira com Nicolas Ramanush

Terças-feiras, 16 e 23 de abril, 19h 

Online

Inscrições pelo link: https://forms.gle/N3scp5GQPqYuibc67

Conversas que visam explorar a rica e multifacetada contribuição da cultura cigana para a música brasileira. A presença dos ciganos no Brasil remonta a séculos, e sua influência na MPB é notável. Este curso pretende mergulhar nesse universo, destacando as características distintas das influências ciganas e sua integração na rica "tapeçaria" da música brasileira. Apresentando: elementos musicais da cultura cigana, ritmos e escalas características, estudo de caso de fusão musical e o papel da música cigana na formação de novos gêneros.

Nicolas Ramanush é professor convidado da PUC-SP, no curso de extensão cultural, ministrando História da Cultura Cigana (1999 a 2020). É militante do movimento contra o anticiganismo no Brasil e Exterior e presidente da ONG Embaixada Cigana do Brasil. Membro de honra da "Association Santoise de Gitans et Amis - França", Vencedor do prêmio Betinho - Atitude Cidadã pelos trabalhos em prol da cultura cigana, autor de diversos livros sobre a cultura cigana, entre eles "Devotos de Sarah la Kali (espiritualidade cigana)", "Palavras Ciganas - vocabulário e gramática Romani-Sinte", "Atrás do Muro Invisível - crenças e tradições ciganas", "Medicina Mágica - como curam os ciganos", "Os Segredos dos Oráculos Ciganos", "Danças e Músicas Ciganas - ensaio histórico", "Guia Prático Português Romani" e "Entre a Fumaça das Fogueiras - literatura cigana".

 


 

Espetáculo lítero-musical 

Poesia Eletrônica, com Lirinha 

Sexta-feira, 19 de abril, 19h 

Auditório

José Paes de Lira, Lirinha, dedica-se nesse solo à criação de imagens através de palavras – líricas, filosóficas, irônicas, surreais – muitas das suas melhores energias. A concepção do espetáculo mescla elementos que conduzem a narrativa do espetáculo, somada à interpretação de Lirinha, que interage com as músicas e as paisagens sonoras pré-gravadas, que são disparadas através de samplers, criando diálogo com iluminação cênica e poesia eletrônica. Transporta o público para o mundo encantador da oralidade, criando conexões com o universo da lusofonia, literatura e sabedoria popular.

José Paes de Lira, Lirinha, é um inventivo artista brasileiro que atua na zona de fronteira entre a música, as artes cênicas e a literatura. Em 1997, idealizou e construiu o espetáculo cênico-musical "Cordel do Fogo Encantado", novidade impactante e original vivenciada pela música pernambucana. Com o grupo, tem quatro discos gravados. Lançou, em setembro de 2011, seu primeiro disco solo: "Lira", produzido por Pupillo (Nação Zumbi), que também assina a produção do segundo álbum, "O Labirinto e o Desmantelo", de 2015. Atualmente, está em fase de divulgação de seu terceiro disco, "Mêike Râs Fân".

 


 

Show

Tainara Takua, com participação de Ivan Vilela

Sábado, 20 de abril, 16h 

Terraço

Em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, Tainara Takua faz uma apresentação com composições próprias em guarani. Os temas de suas músicas são inspirações da aldeia onde mora, das sutilezas do cotidiano. Participação do violeiro Ivan Vilela.

Tainara Takua é uma jovem artista da Etnia Mbya Guarani, nascida e criada na aldeia YYN MORÕTIN WHERÁ Mbiguaçu, de Santa Catarina, e atualmente moradora de Serra Grande, sul da Bahia. Desde criança, Tainara canta na sua aldeia, tendo como referência os cantos étnicos que aprendeu com sua mãe Djatchuká, líder do coral guarani da aldeia, e com seus avós, seu Alcindo Wherá Tupã e dona Rosa Potydjá, líderes espirituais que hoje estão na aldeia MYMBÁ ROKÁ - Sorocaba biguaçu. Tainara é cantora, intérprete e compositora, e tem se destacado como uma das principais representantes da nova geração de artistas indígenas brasileiros. Em seus trabalhos, ela busca unir a tradição da música guarani com elementos da música popular brasileira, criando um som único e autêntico.

Ivan Vilela é um compositor, arranjador, pesquisador, professor e violeiro brasileiro. Ivan Vilela é professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Em 2010, a TV Cultura exibiu o especial Ivan Vilela sobre o instrumentista. Desde 2001 é diretor da Orquestra Filarmônica de Violas

 


 

Sons e letras especial

Bate-papo sobre o samba-enredo campeão do carnaval 2024: Brasiléia desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país, da Mocidade Alegre

com os compositores Turko, Gui Cruz, Vitor Gabriel e Imperial 

Mediação de Fabiana Ferraz

Quarta-feira, 24 de abril, 19h 

Auditório

A escola de samba Mocidade Alegre foi a campeã do Carnaval 2024 em São Paulo. Foi a 12ª vitória, e a segunda consecutiva, da agremiação do bairro Jardim das Laranjeiras, na zona norte da capital paulista. O samba-enredo vencedor falou das viagens do modernista Mário de Andrade pelo Brasil no início do século 20. O samba-enredo, cujo título é “Brasiléia desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país”, fala sobre o período entre 1925 e 1928 no qual Mário de Andrade conheceu boa parte do Brasil. A música foi composta por Biro Biro, Turko, Gui Cruz, Rafa do Cavaco, Minuetto, João Osasco, Imperial, Maradona, Portuga, Fabio Souza, Daniel Katar e Vitor Gabriel.

Neste Sons e Letras especial, a jornalista Fabiana Ferraz fala com quatro dos compositores do samba enredo campeão sobre a pesquisa e a composição da obra.

 


 

Clube de leituras antirracistas Com Lubiana Prates e Vini Aleixo

Quarta-feira, 24 de abril, das 19 às 21h

mensalmente (últimas quartas-feiras do mês) 

Online

O Clube de Leitura Antirracista pretende ser uma forma de exercitar tecnologias políticas e existenciais - contundentes e afetivas - para aprender a “habitar o tempo da incerteza”, na feliz expressão de Ailton Krenak. Busca, também, por meio de textos científicos, ensaios, contos, poesia e imagens (fotografia e vídeo), cultivar formas de ler, ver e sentir plurais - opostas à caixa de pandora das intolerâncias libertadas pela ascensão do facismo no país. Por

isso, a palavra ancestralidade e refazimento político e existencial nos é preciosa na curadoria e mediação das obras e autores(as) para cada encontro, virtual. Interessa, ainda, dialogar com questões (nem sempre novas) suscitadas ou aguçadas por esse contexto de pandemia. Se percebemos cada vez mais a potência de artistas, ativistas e pessoas negras e indígenas em diversas áreas, sendo agentes de suas próprias falas e culturas, simultaneamente, vivemos um momento em que se escancara ainda mais a letalidade da história única. Nesse contexto, convidamos à leitura e construção de possíveis novos horizontes imaginativos e futuros a partir do diálogo com artistas, pensadoras e pensadores negros e indígenas, como Neusa Santos, Maria Aparecida Bento, bell hooks, Achille Mbembe, Sílvio de Almeida, Davi Kopenawa, entre outros (as).

Os textos a serem discutidos são:

24 de abril

Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Neusa Santos Souza.

29 de maio

Racismo estrutural. Silvio de Almeida.

26 de junho

Necropolítica. Achille Mbembe. Olhos D'água, Conceição Evaristo.

28 de agosto

A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Davi Kopenawa, Bruce Albert.

25 setembro (devido o aniversário de bell hooks)

‘Renegados’ revolucionários: americanos nativos, afro-americanos e indígenas negros, Olhares Negros - raça e representação, bell hooks. As alianças afetivas (entrevista), Ailton Krenak.

30 de outubro

Tudo sobre o amor. bell hooks.

27 de novembro

Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Maria Aparecida Silva Bento.

Vine Aleixo é doutorando no departamento de Sociologia da Unicamp, onde pesquisa autorias negras no mercado editorial independente. É, também, educador e mediador cultural, com experiência em instituições culturais, como Fundação Bienal de São Paulo, Caixa Cultural e rede Sesc de São Paulo. Participou entre 2014 e 2016 do Núcleo de Educação Étnico-racial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, onde ministrou cursos e palestras para a implementação da lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino, em toda rede pública e privada, da história e cultura indígena, negra e africana.

Lubi Prates é poeta, tradutora, editora e curadora de Literatura. Tem quatro livros publicados (coração na boca, 2012; triz, 2016; um corpo negro, 2018; até aqui, 2021). “um corpo negro” foi contemplado pelo PROAC com bolsa de criação e publicação de poesia e, além de ter sido finalista do 4º Prêmio Rio de Literatura e do 61º Prêmio Jabuti, também foi traduzido e publicado na Argentina, Colômbia, Croácia, Estados Unidos, França, Portugal e Suíça; com

publicação na Alemanha e Itália prevista para 2024. "até aqui" foi finalista do 64º Prêmio Jabuti. Tem diversas publicações em antologias e revistas nacionais e internacionais. Co-organizou os festivais literários para visibilidade de poetas, [eu sou poeta] (São Paulo, 2016) e Otro modo de ser (Barcelona, 2018) e do 3º Festival Mário de Andrade (São Paulo, 2023) e também participou de outros festivais literários no Brasil e em outros países da América Latina e da Europa. Traduziu autoras como Maya Angelou, Audre Lorde, June Jordan, Lucille Clifton, Dionne Brand, Flora Nwapa, entre outras. Foi jurada do Prêmio Sesc de Literatura, Prêmio Oceanos e Prêmio Jabuti. É sócia-fundadora e editora da nossa editora. Dedica-se à ações que combatem a invisibilidade de mulheres e negros. É doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP).

 


 

Lançamento do livro Experiências, saberes e práticas culturais em África: Literatura, Música e Cinema

Sarau Musical da Capoeira 

Sábado, 27 de abril, 16h 

Terraço

Lançamento do livro Experiências, saberes e práticas culturais em África: Literatura, Música e Cinema

Organizadoras: Profa. Dra Amanda Palomo Alves, Profa. Dra Carolina Bezerra Machado e Profa. Dra Marilda dos Santos Monteiro das Flores

As reflexões propostas no livro dialogam diretamente com a trajetória de pesquisa e ensino do Grupo de Pesquisa Áfricas: sociedade, política e cultura (UERJ / CNPq), que tem realizado em diversos âmbitos, atividades comprometidas com uma perspectiva decolonial e de resistência epistêmica. A obra possibilita conhecer um pouco mais do continente através da reflexão sobre o percurso da Literatura que dialoga com a História, dos caminhos subalternos, da política e da perspectiva de defesa do Estado pós-guerra.

Após o lançamento, haverá apresentação do grupo Sarau Musical de Capoeira, que traz a junção da oralidade oriunda de culturas tradicionais de matriz africana como a capoeira, samba de roda, jongo, o maculelê, o rap, as danças afro, em um ambiente de mistura poética, um espaço dedicado a poesia corporal, musical e falada onde a diversidade é convidada de honra na celebração por meio de ritmos e batucadas. O coletivo de artistas que nasce das oficinas de capoeira realizadas na Casa de Cultura Chico Science na afirmação da execução da cultura negra pelo próprio negro à sua representatividade busca fomentar a oralidade às novas gerações e recriar o papel histórico dos mestres do saber (griots) das linhagens de matriz africana, que será a atração chave o encontro anual de capoeira o Camaradagem.

 

 


 

Feira de troca de livros da BMA 

Sábado, 27 de abril, das 14h às 17h 

Saguão da estátua

 


 

Wirî’sanyamî – As mulheres indígenas na poesia Com Sony Ferseck

Segunda e terça-feira, 29 e 30 de abril Online

Inscrições: https://forms.gle/bHvjagULuPTnWbEp9

Sony Ferseck aborda as vozes das mulheres indígenas na poesia brasileira. De vozes silenciadas e mortas pela literatura considerada canônica em obras como O Uraguai (Basílio da Gama), Caramuru (Santa Rita Durão), Iracema (José de Alencar) até as vozes de autoras como Eliane Potiguara, Graça Graúna, Ellen Lima, Trudruá Dorrico, Márcia Kambeba, Sony Ferseck, Vanessa Sagica, Bernaldina José Pedro e Ita Tabajara que versam sobre a retomada identitária, a presença das línguas indígenas, a reconexão com os saberes ancestrais e o diálogo com a chamada contemporaneidade.

Na primeiro dia, a finalidade será apresentar um breve panorama sobre as mulheres indígenas ao longo da configuração da chamada literatura brasileira. Serão apresentadas as imagens produzidas pelas artes visuais sobre as mulheres indígenas na literatura brasileira para promover uma reflexão acerca da violência e silenciamento impostos desde o início da colonização em territórios indígenas de Pindorama. Já no segundo dia, serão realizadas discussões apresentando poemas de Graça Graúna, Eliane Potiguara e Marcia Kambeba sobre o processo de retomada identitária. Em seguida apresentaremos os textos de Ellen Lima, Trudruá Dorrico, Sony Ferseck sobre a presença das línguas indígenas e as formas de resistência dessas mesmas línguas através das lutas e afetividades das mulheres. Por fim, discutiremos as relações entre conhecimentos ancestrais e contemporaneidade com os cantos de Bernaldina José Pedro.

Sony Ferseck é pós-doutoranda pelo PPGL/UFRR com a pesquisa Upantonikon uurinkon: somos o que contamos, somos nossas histórias. Doutora em Estudos de Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura da Universidade Federal Fluminense, e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRR- (PPGL/UFRR). Publicou os livros "Pouco Verbo" (Máfia do Verso, 2013) e Movejo (Wei, 2020). Seu livro de poemas "Weiyamî: mulheres que fazem sol", ilustrado por Georgina Sarmento, foi finalista na categoria poesia do 65º Prêmio Jabuti. É fundadora da editora Wei, primeira editora independente do estado de Roraima.

 


 

Terças na pauta

Recital de música espanhola moderna, com Fábio Zanon

Terça-feira, 30 de abril, 19h 

Auditório

O violonista premiado Fabio Zanon lança, com este recital, o 2º volume de sua projetada série de gravações de Música Espanhola, dando continuidade ao êxito do volume 1, que trouxe obras favoritas de Albéniz, Granados e Malats. É impossível dissociar a cultura espanhola do violão. É o instrumento que define a maioria de suas manifestações folclóricas e populares.



***PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÃO***

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