Teatro Flávio Império, na zona leste, inaugura oca legítima no 1° Festival de Povos Originários

Oca legítima, construída por indígena Pataxó, abrirá evento com cerca de duzentos indígenas, de dezesseis povos, que ocuparão o parque anexo ao teatro em dia repleto de atividades

No dia 19/11, próximo domingo, o Teatro Flávio Império, teatro público que fica no Cangaíba, zona leste, recebe a primeira edição do Festival ECENF - Povos Originários, realizado pela organização Essência Cultural do Espírito Nativo da Floresta (ECENF). Estarão presentes mais de 16 povos, trazendo sua beleza através de cânticos sagrados, danças, rezos e rituais, palestras, vivências, rodas de conversa, contação de histórias, oficinas, exposição de artesanato e lançamento de obra literária. Ao todo serão aproximadamente 200 indígenas honrando sua história e ancestralidade.

Dentro do Festival acontece a inauguração da Pukuixê Okinha, um novo espaço exclusivo de arte de povos originários dentro do Parque Daniel Marques, anexo ao teatro, sendo uma obra genuína feita pelas mãos de Tamikuã Txihi, liderança indígena Pataxó, artista visual, ceramista, poeta e bacharel em Serviço Social, aos moldes das habitações dos povos que habitam os territórios indígenas. É o primeiro teatro/centro cultural municipal a receber uma estrutura fixa e permanente, de 4 metros de diâmetro, feita com a milenar tecnologia de construção arquitetônica indígena. Dentro, acontecerão exposições de arte, oficinas, palestras, debates, apresentações artísticas e tudo o que esses povos oferecem para a construção da nossa cultura, valorizando as artes, o aprendizado e a memória. Sua inauguração ocorrerá no dia 19/11/2023, às 11h, durante atrações do Festival.

Nas apresentações artísticas, estarão presentes os cânticos e coral dos Guarani da Terra Indígena Jaraguá – Opy Mirim, Itáwera e Guarani Kyre’y Kyery Guerreiros Sagrados, e da Terra Indígena Parelheiros – Krukutu e Yy Porã, além da Dança Xondaro. O Toré, dança ritualística dos indígenas do nordeste também fará parte da programação, através da Reserva Multiétnica Filhos desta Terra de Guarulhos, dos Kariri Xocó e da Família Wassu do Grupo Kyre'ymba'py'atã. Os Tupi estarão representados por Guaraci, um artista da Tekoá Pakowaty – Aldeia Bananal, considerada a mais antiga do Estado de São Paulo (está localizada em Peruíbe). Os cânticos sagrados e músicas dos indígenas da Amazônia também estarão representados através do Acre pelos povos Noke Koi e Huni Kuin. A etnia Kariú Kariri estará representada por Joel, originário do Ceará. E para completar, a apresentação artística dos Andes – Freddy Carrillo, multi-instrumentista, um artista completo, vem diretamente de La Paz, na Bolívia para abrilhantar o Festival.

O conhecimento dos Povos Originários será transmitido por meio de palestras sobre fitoterapia, ervas medicinais, cultura indígena e sabedoria ancestral – respectivamente com Simone Takuá e Awá Nimboeté, Juliana Potydju e Alaf Awá Tatá, David Popygwá e Txamõe AwãDjú PitotóHaverá também um momento de Conexão com o Sagrado: Rezos e Orações pela Paz no Planeta e Cura da Mãe Terra com várias lideranças espirituais indígenas. O Festival conta ainda com um espaço dedicado à oficinas – pintura e artesanato tradicional (Tupi, Guarani e Pankararu), Contação de Histórias com a grande referência neste ofício – Cristino Wapichana, e Lançamento de Obrá Literária com Kara'i Djagwa Tukumbó. Etnias/Povos participantes: Aymará, Fulni-ô, Guarani, Guarani Mbya, Huni Kuin, Kaimbé, Kariboka, Kariri Xocó, Kariú Kariri, Noke Koi, Pankararé, Pankararu, Pataxó, Tupi, Tupi Guarani, Tupi Nhandeva, Wapichana e Wassu Cocal.

Serviço: Data: 19/11/2023 - domingo Horário: 9h às 18h Local: Teatro Flávio Império Endereço: R. Prof. Alves Pedroso, 600 - Cangaiba, São Paulo – SP Informações: (11) 9 8397 4515. Entrada gratuita.