Secretaria Municipal de Cultura lança consulta pública do Plano de Salvaguarda do Teatro de Grupo como patrimônio cultural imaterial

Lançado nesta segunda (27), Plano de Salvaguarda do Teatro de Grupo é iniciativa pioneira para a cidade de São Paulo

 A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e de seu Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), informa o lançamento da consulta pública do Plano de Salvaguarda do Teatro de Grupo, nesta segunda-feira (27). Trata-se de um conjunto de documentos para a revalidação do registro do Teatro de Grupo como patrimônio cultural imaterial e elaboração de seu plano de salvaguarda. Uma versão da documentação, produzida para consulta e anotações, bem como versões de relatórios preliminares, permanece disponível para o público até 17 de abril; uma semana antes, dia 10, os documentos serão apresentados em uma consulta presencial no Teatro da Universidade de São Paulo (USP).

Desde 2021, grupos teatrais e movimentos ligados ao teatro de grupo, em conjunto com o DPH e com o apoio do CPC-USP, têm realizado reuniões para elaborar um dossiê para revalidação do registro e o plano de salvaguarda do teatro de grupo em São Paulo. A ação contou também com pesquisadores e coletivos atuantes nas áreas de arquitetura, com o Movimento dos Teatros de Grupo (MTG), com o Movimento de Teatros Independentes (MOTIN) e com as entidades representativas dos grupos, como a Cooperativa Paulista de Teatro.

O material inclui um dossiê de identificação da prática do Teatro de Grupo, de forma a incorporar aspectos históricos e características para protocolo e análise da revalidação do bem cultural imaterial, além do Quadro de Ações para sua salvaguarda, consolidando principais agentes e diretrizes para os próximos dez anos, ciclo do processo de registro dos bens culturais imateriais.

A iniciativa, pioneira na capital paulista, elabora primordialmente a proteção do patrimônio imaterial, realizada em conjunto com seus detentores, conforme recomendado pela legislação específica.

Em 2014, foi realizado pelo CONPRESP o registro das atividades teatrais de alguns grupos da época, por meio da resolução 23/CONPRESP/2014, em meio às discussões de novos instrumentos de preservação do patrimônio cultural na cidade. A política de patrimônio cultural imaterial, definida em âmbito municipal pela Lei nº 14.406/2007 e resolução 07/CONPRESP/2016, implica que seja feito um plano de salvaguarda do bem cultural registrado, buscando fortalecer a prática em questão. São exemplos a promoção de ações de mobilização social, gestão participativa, de difusão e valorização, e de produção e reprodução cultural.

 

Sobre o Teatro de Grupo

O Teatro de Grupo é uma das formas de organização e produção da linguagem teatral; ele é criado a partir de um coletivo de artistas que relaciona de forma coesa e crítica aspectos de espetáculo, atividades formativas e de pesquisa, imbricando sua produção estética com esse processo continuado.

Ligada ao teatro, linguagem artística de trajetória milenar, o teatro de grupo enquanto prática cultural se fortalece na cidade de São Paulo a partir da década de 1960, relacionada com as mudanças em torno do fazer teatro daquele momento histórico, com a fundação de grupos como o Teatro Popular União e Olho Vivo, em 1966.

Posteriormente, a movimentação dos grupos também foi marcante nos anos 1990, especialmente ligada à Cooperativa Paulista de Teatro e ao movimento Arte Contra a Barbárie, numa mobilização que impulsionou seus fazeres e também teceu ações como o Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, que completa 20 anos de existência de apoio à realização de atividades.


Serviço:

| Consulta online, 27/03 a 17/04, no portal Participe +, neste link.

| Consulta presencial, 10/04. Teatro da Universidade de São Paulo (USP). Rua Maria Antônia, 294.