Carnaval de São Paulo reúne 15 milhões de foliões nas ruas da cidade

Foram 462 desfiles, promovendo uma festa descentralizada, sendo que 100 deles aconteceram neste último fim de semana

O Carnaval de Rua 2023 contou com a participação de 15 milhões de foliões, segundo balanço da Prefeitura de São Paulo, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura. O evento retorna após um hiato de três anos, devido à pandemia de Covid-19. A cidade sediou 462 desfiles, promovendo uma festa descentralizada, sendo que cem deles aconteceram neste último fim de semana.

"Foi um grande sucesso. Não tenho dúvidas de que tivemos o maior e melhor Carnaval do Brasil. O aumento da participação feminina, tanto nas ruas quanto no Sambódromo, reflete o clima de segurança e alegria da nossa festa", declarou o prefeito Ricardo Nunes.

Para a secretária municipal de Cultura, Aline Torres, São Paulo provou que também é a Terra da Folia. “São Paulo é a capital dos grandes eventos! Neste ano, o Carnaval de Rua foi marcado por uma grande descentralização, com blocos do Centro à periferia, toda uma diversidade cultural de ritmos e artistas, e, ainda, uma maior sensação de segurança”, enfatizou.

Durante o Carnaval de Rua 2023, o público pôde se divertir com as apresentações de personalidades como Luísa Sonza, Pabllo Vittar, Michel Teló, BaianaSystem, Daniela Mercury e Gloria Groove, assim como com as performances de blocos tradicionais, entre eles Galo da Madrugada, Monobloco, Tarado Ni Você e Acadêmicos do Baixo Augusta.

Segurança

De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), durante os desfiles atuaram, em média, por dia, 1.400 agentes, 300 viaturas e 60 motos extras. Não foram registradas ocorrências graves nas atuações conjuntas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e polícias Civil e Militar.
As atividades das equipes da GCM foram realizadas paralelamente ao apoio dado às 32 Subprefeituras durante as ações de limpeza urbana e combate ao comércio irregular, na proteção aos agentes públicos.

Limpeza

Segundo a Secretaria Municipal das Subprefeituras, durante os oito dias de Carnaval (11, 12, 18, 19, 20, 21, 25 e 26) foram retiradas 857,53 toneladas de lixo das vias. Os trabalhos foram realizados por 2.563 pessoas que atuaram na varrição e 342 veículos. Nesse período foram utilizados 4.564 metros cúbicos de água de reuso e 10.522 litros de desinfetante para realizar a limpeza das ruas. Para a coleta de resíduos no trajeto dos blocos foram disponibilizados 283 contêineres, 479 papeleiras e 168 PEVs (Pontos de Entrega Voluntária).
A expectativa da SMSUB é reciclar mais de 50% do material coletado, número que pode variar em caso de chuva por contaminação do resíduo. Em 2020, foram coletadas 663 toneladas e metade foi reciclada.

Produtos irregulares

Foram apreendidos 1698 sacos com produtos comercializados de forma irregular. Esses produtos eram, em sua maioria, bebidas alcoólicas. Os ambulantes têm, de acordo com a Lei nº 11.112/1991, 30 dias para fazer a retirada dos itens que têm nota fiscal. Após este prazo, passam a ser de domínio público, podendo ser destruídos ou doados.

Atendimentos

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou um total 2.801 atendimentos, além de 87 remoções para unidades hospitalares. A SMS organizou uma estratégia especial de assistência médica de urgência e emergência durante os desfiles dos blocos de rua, que garantiu a resolução dos casos, em sua maioria, nos postos médicos. Desse modo, os hospitais permaneceram com atendimento normalizado, além de garantir que a estrutura de prontos-socorros do município e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) permanecessem com serviços normalizados.

Somente no domingo (26) foram registrados 408 atendimentos médicos, com nove remoções para unidades hospitalares. O socorro e as remoções ficaram a cargo de 134 ambulâncias. As principais causas dos atendimentos ao longo destes dias foram mal-estar, fadiga, náusea, vômito, dor de cabeça, tontura e instabilidade.

Sambódromo

Durante os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, a assistência médica pré-hospitalar local foi realizada por uma empresa privada especializada nos tipos de atendimento previstos nessas ocasiões. Os documentos foram previamente avaliados pela SMS. Os casos que após avaliação médica necessitaram de remoções foram regulados diretamente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).