Em dezembro, Ytalo Bezerra e Chico Brown fazem shows gratuitos

Provando que talento está no sangue, os músicos seguem os passos artísticos dos pais e avós

Em dezembro, Ytalo Bezerra e Chico Brown, dois artistas que nasceram e cresceram em rodas musicais se apresentam, mostrando que, além do gosto pela arte, herdaram o talento dos pais e avós.

Ytalo Bezerra, “o filho du homi”

Filho de Bezerra da Silva, um dos ícones da música brasileira, sobretudo o samba, Ytalo Bezerra cresceu ouvindo clássicos de Monarco da Portela, João Nogueira, Dona Ivone Lara e Clara Nunes. Aos 14 anos, começou a estudar música e, assim como o pai, dedicou-se com mais força ao partido-alto.

No dia 8, às 19h, Ytalo leva para a Casa de Cultura Hip-Hop Sul o show “Tributo a Bezerra da Silva”. “Esse show representa uma forma de manter o legado do meu pai em evidência, não só pela importância dos arranjos e ritmos, como também das canções com críticas sociais, desde o consumo de drogas até a disputa de classes”, explica “o filho du homi”, como é chamado pelos amigos do pai.

O repertório traz sucessos como “A Semente”, “Malandro é Malandro e Mané é Mané”, “Malandragem Dá Um Tempo” e “Violência Gera Violência”.

Chico Brown, “filho de Carlinhos, neto de Chico”

O Centro Cultural da Juventude recebe, no dia 9, às 18h, o artista Chico Brown. Filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque de Hollanda, o cantor e compositor teve o primeiro contato com a música ainda na barriga da mãe, Helena Buarque. Antes mesmo de completar 5 anos, o garoto já pegava uma colher de pau na cozinha e saía batucando por toda a casa. Nessa época, ele começou a tocar os instrumentos e reconhecer as notas, sobretudo no piano, dedilhando as trilhas sonoras dos desenhos e filmes preferidos. Foi aí que os familiares reconheceram seu ouvido absoluto, um fenômeno auditivo cuja habilidade é identificar ou recriar notas musicais mesmo sem ter alguma outra referência. Cresceu rodeado de axé, samba, MPB e música nordestina em geral.

Uma característica forte de seu trabalho é a mistura de ritmos, algo que para o compositor é visto como intrigante e surpreendente. Por isso, suas canções passam por processos de criação muito diferentes. “Tem música que começa pela poesia e outras pela harmonia. Na maioria das vezes, eu crio um tema e improviso porque a mensagem não depende da letra para estar na melodia”, explica.

No Centro Cultural da Juventude, Brown faz um show acústico de voz, piano, violão e percussão. O repertório conta com canções autorais, dos seus familiares e das suas referências musicais.

Por Juliana Pithon

Serviço:
| Casa de Cultura do Hip Hop – Sul. R. Sant’Ana, 201, Vila São Pedro. Zona Sul | Tel.: 5631 0740. Dia 8/12, Sáb., 19h

| Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte. | tel. 3984-2466. Dia 9/12, Dom., 18h