Galeria Olido apresenta 13 filmes iranianos inéditos

Desde o fim da década de 80, o cinema iraniano vem conquistando espaço nas salas de cinema do país e tornou-se, ao longo deste tempo, razoavelmente conhecido pelo público brasileiro. Alguns de seus autores foram homenageados em mostras e retrospectivas e muito já se falou sobre a peculiaridade dessa cinematografia que consegue extrair grandes filmes de argumentos, na maioria dos casos, bastante simples. Entre os dias 4 e 8 de julho, o espectador poderá conferir a produção da nova geração de cineastas iranianos promovida pela Galeria Olido. A mostra Entre sonho e realidade - o novo cinema iraniano, que reúne 13 filmes inéditos no Brasil, entre curtas e longas-metragens, revela um cinema criado no tênue limite entre documentário e ficção, fortemente marcado pela aproximação com a realidade.

Foi a partir dos anos 60, que o documentário e o curta-metragem se consolidaram como gêneros no Irã. Uma nova geração de cineastas independentes como Manuchehr Tayyab , Ali Hatami, Mohammadreza Aslani ,Sohrab Shahid Sales , Amir Nader e Abbas Kiarostami começavam a fazer um "cinema diferente", inspirado essencialmente pela realidade da sociedade iraniana.

Após a Revolução Islâmica em 1979, o cinema independente - incluindo também os curtas-metragens e documentários - passa a ser financiado pelo novo governo. O principal motivo do forte incentivo ao cinema nacional é a política oficial de combate ao lançamento de filmes hollywoodianos no país.

Neste contexto, a Iranian Young Cinema Society (IYCS, estabelecida em 1983) e o Documentary and Experimental Film Center (DEFC, estabelecido em 1986) recebem a incumbência de descobrir e formar os jovens cineastas. Sustentado pelo Ministério da Cultura e das Artes, com 50 filiais em diferentes cidades do Irã, o IYCS centrou sua atividade na formação de jovens cineastas e na produção de seus filmes de curta-metragem, ao passo que o DEFC produzia, distribuía e promovia documentários e filmes experimentais destes mesmos cineastas, quando atingiam um nível mais profissional.

De 1997, a safra de curtas-metragens de ficção e documentários, filmes de animação e experimentais não pára de crescer: são mais de 1000 produções durante este período. Esta situação também produziu cerca de 50.000 formandos em cinema no Irã, que vem obtendo grande sucesso em festivais internacionais de cinema e prêmios para filmes iranianos.

A mostra é uma co-realização do DEFC - Documentary and Experimental Film Center (Irã) e tem curadoria do cineasta iraniano Massoud Bakhshi.

Serviço: Cine Olido-Galeria Olido. Av. São João, 473 - Centro. De 04 a 08 de julho, Grátis

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