Exposição Pintar um Futuro conta com palestra, mesa-redonda e vídeo-documentário

O Centro Cultural São Paulo apresenta a exposição Pintar um Futuro, da artista plástica holandesa Hetty van der Linder, que será inaugurada dia 28 de junho, às 19h, e ficará aberta ao público de 29 de junho a 3 de setembro, na Sala Tarsila do Amaral. Com entrada franca, a exposição pode ser vista de terça a sexta, das 10h às 20h; sábado, das 10h às 18h; e domingo, das 10h às 16h.

O projeto Pintar um Futuro, idealizado pela artista holandesa, é baseado em desenhos de crianças carentes e tem como principal ferramenta de trabalho a arte contemporânea. Em sua passagem por Florianópolis, Hetty van der Linder convidou essas crianças a expressarem no papel seus anseios pelo futuro e, às suas idéias, foram acrescentadas intervenções de artistas de vários países, que transformaram seus trabalhos em obras valiosas, cuja renda das vendas é revertida para as crianças de formas diversas. A exposição apresenta 37 trabalhos, de 16 artistas de vários países, que inclui, além do Brasil, Iraque, Argentina, Holanda, Croácia, Bolívia, Holanda, Estônia e Chile.

Paralelamente à abertura da mostra, será realizada palestra O Papel Transformador da Arte Contemporânea: Diversidade e Inclusão Social, com Romi Crawford, além de mesa-redonda com Mirtes Marins,Mônica Nador,Hetty van der Linden,Paulo Gaiad e Mauro Pinto de Castro. Estarão em pauta os direitos dos cidadãos desprivilegiados de acesso a atividades culturais; além do papel e as responsabilidades do Estado e de organizações privadas na promoção da cultura e do ensino da arte contemporânea como instrumento de inclusão de crianças e jovens.

A palestra e a mesa-redonda, abertas ao público, serão realizadas na Sala de Debates, dia 28 de junho, a partir das 15h.

Dentro da mostra será apresentado o vídeo-documentário Paredes Pinturas,de Ludmila Ferolla. O documentário mostra o trabalho da artista plástica Mônica Nador em seu ateliê, dentro de uma favela em São Paulo. A partir dos desenhos de membros da comunidade, ela executa, com essas pessoas, pinturas em muros e paredes das casas do bairro. O documentário enfoca, principalmente, a troca entre a artista e os freqüentadores do ateliê. Ela traz seus conhecimentos adquiridos na academia e na prática artística, e eles trazem a cultura que as classes mais abastadas pouco conhecem. A artista faz seus comentários e reflexões, colocando-se em contraste com o circuito das artes plásticas, que, segundo ela, ‘cerceia o poder transformador da arte’.