Suingue do mestre Johnny Alf é festejado em shows

Johnny Alf ganha homenagem em comemoração aos seus 80 anos

Enquanto os 50 anos da Bossa Nova foram lembrados com inúmeras celebrações, aquele que talvez possa ser considerado um de seus mentores por ter preparado o terreno para que o movimento acontecesse, recebe, ainda este ano, as primeiras homenagens em comemoração dos seus 80 anos, que serão completados em 2009: Johnny Alf.

Apesar de não ter integrado o fenômeno da Bossa Nova em larga escala, muitos foram os intérpretes que marcaram sua passagem pela história da música popular brasileira por meio das canções do pianista, cantor e compositor, autor de clássicos como Eu e a brisa e Rapaz de bem. Para festejar suas oito décadas de vida, cantoras que conviveram com o artista foram convidadas para fazer parte da série de shows Johnny por suas intérpretes. As apresentações foram divididas em três encontros que acontecem, aos domingos, sempre às 19h, no Teatro Décio de Almeida Prado.

Em 1952, quando tinha 16 anos, a cantora, então caloura, Alaíde Costa se encontrou pela primeira vez com o artista. “Estava em uma emissora de rádio ensaiando e de repente ouvi uma música e uma voz cativantes. Era o Johnny”, conta ela. Acompanhada do pianista Giba Estevez, Alaíde se apresenta dia 23, mostrando uma seleção, feita por ela, de canções do compositor. No programa estão obras que fizeram sucesso em sua voz, como Estou só e Quem sou eu, de 1965, e a mais recente, Meu sonho, de 2003. Ao lado do músico, fez uma turnê pela Europa e se apresentou no London Jazz Festival. “Sempre fui fã dele de carteirinha”, confessa.

Dia 30, sobe ao palco outra de suas grandes intérpretes, Claudette Soares. Percorrendo o mesmo circuito pelo qual Alf passou, como os bares Plaza (RJ) e Baiúca (SP), Claudette ficou famosa por lançar também músicas de Vinicius de Moraes e Gonzaguinha, além de ter gravado com Dick Farney.

Para seu show, ao lado do pianista Leandro Braga, ela traz canções como Rapaz de bem, Noel Rosa do samba e Ilusão à toa.

Encerrando a homenagem, dia 7 de dezembro, apresenta-se a cantora Márcia que, em 1968, defendeu a música Eu e a brisa no Festival da Canção da TV Record. Composições como Céu e mar e O que é amar estão também no repertório.

|Serviço: Teatro Décio de Almeida Prado. Zona Oeste. Alaíde Costa. Dia 23. Claudette Soares. Dia 30. Márcia. Dia 7/12. Dom., 19h. Grátis