Loira e divertida, Carole Lombard ganha retrospectiva

Conhecida pela mistura de beleza e talento para comédia, Carole Lombard foi uma das atrizes emblemáticas da era de ouro de Hollywood

Comemorando o centenário de seu nascimento, completado em 6 de outubro, o Cine Olido exibe, entre dias 4 e 12, a mostra 100 Anos de Carole Lombard.

Quando se pensa na biografia das divas do cinema, dramas pessoais, casos de amor e charme são idéias que estão associadas. No caso de Carole, não foi diferente. Descoberta por um produtor aos 12 anos, foi convidada a integrar o elenco do filme mudo Um crime perfeito, de Allan Dwan. A partir dessa estréia, fez relativo sucesso até que um acidente de carro, ocorrido em 1926, deixou marcas em seu rosto. O fato poderia ter resultado no fim de sua carreira se não fossem as inúmeras cirurgias plásticas a que se submeteu e o uso de muita maquiagem, associados a um talento natural para comédia e a uma voz sensual, revelada quando enveredou pelo cinema falado.

Em 1936, foi indicada ao Oscar de melhor atriz pelo papel da socialite Irene Bullock, em Meu homem Godfrey, de Gregory La Cava. Três anos depois, casou-se com o galã de maior evidência em Hollywood na época, Clark Gable, que acabava de filmar E o vento levou. Acrescentar “Gable” ao sobrenome da atriz, consolidou seu status de diva.

Pouco tempo depois, em 1942, morreu em um acidente de avião.

Entre os filmes exibidos no Cine Olido estão Sr. e Sra. Smith – Um casal do barulho (1941), A princesa do Brooklin (1936) e Ser ou não ser (1942).

Com direção de Alfred Hitchcock, Sr. e Sra. Smith mostra a história de um casal que descobre não estar oficialmente casado. O marido acha ótima a idéia de ter uma relação extraconjugal com a própria mulher, que não se diverte com o fato.

Em A princesa do Brooklin, de William K. Howard, comédia e mistério estão presentes em um roteiro inspirado em fatos reais. No início do século passado, uma taquígrafa de São Francisco engana a elite de Hollywood ao se passar por uma princesa espanhola.

O filme Ser ou não ser, de Ernst Lubitsch, foi lançado após a morte da atriz. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada pelos nazistas, onde um grupo de atores de teatro ajuda a evitar que um espião entregue aos alemães informações sobre a resistência polonesa.