Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, Distrito Anhembi passa por obra para voltar ao cenário mundial de eventos

Concessionária vai requalificar, modernizar e ampliar os espaços já existentes e prevê entrega em maio de 2024; obras seguirão cronograma especial para permitir realização de eventos nesse período.

 Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, o Distrito Anhembi, na Zona Norte, está passando por uma requalificação para se tornar uma referência mundial e receber grandes eventos. O projeto de reforma, que está sendo realizada desde abril, foi apresentado nesta terça-feira (20) pela GL events Brasil, concessionária responsável pelo local. A reinauguração será em maio de 2024, mas os trabalhos seguem um cronograma especial para garantir que o espaço continue a receber eventos.

Entre os destaques do Distrito Anhembi estará a versatilidade dos espaços, em que será possível realizar simultaneamente congressos, eventos corporativos, eventos esportivos, festivais, shows, feiras e exposições. Haverá auditórios, salas modulares, área de convivência, arena multiuso, passarela cultural, halls e pavilhões de exposições com divisórias acústicas que permitirão subdivisões em até 5 pavilhões, projeto diferenciado que possibilitará a conexão entre os equipamentos de eventos e entretenimento. Também haverá uma área para restaurantes, com mais de 1,3 mil metros quadrados.

Presente à apresentação, o prefeito Ricardo Nunes ressaltou que a reestruturação do Anhembi vai permitir que a capital volte a competir com outros Estados e países, atraindo mais eventos para São Paulo e, consequentemente, emprego, renda e receita para cidade. “Nós tivemos por parte da GL o pagamento de R$ 53,7 milhões de outorga e a Prefeitura de São Paulo participará do ganho da GL com 12,5% do faturamento”, explicou. “Hoje nós temos 32 concessões assinadas e São Paulo é a cidade com mais concessões no país. Temos R$ 1,8 bilhão no Fundo Municipal de Desestatização com R$ 11,9 bilhões de benefícios diretos e indiretos. A cidade de São Paulo tem dado um grande exemplo para o Brasil”, completou.

A concessionária vai requalificar, modernizar e ampliar os espaços para eventos já existentes, como os pavilhões de exposições, que terão parte da estrutura original preservada e restaurada, como o icônico Teatro Celso Furtado, famoso por sua cúpula, elementos arquitetônicos da fachada do pavilhão de eventos, onde será construída uma marquise.

“O Anhembi é um dos grandes marcos de São Paulo e que em seus 50 anos de história foi palco de grandes eventos que o tornaram conhecido mundialmente. Quando estiver totalmente renovado, vai se tornar o principal complexo de eventos e entretenimento da América Latina e um dos mais importantes do mundo, atraindo eventos e negócios para São Paulo e para o Brasil”, afirma o chairman global da concessionária, Olivier Ginon.

Já o Centro de Convenções, Conferências e Congressos será ampliado e qualificado para receber até 20 mil pessoas, suprindo uma importante carência da cidade. Um estudo encomendado pela GL events mostrou que atualmente São Paulo deixa de movimentar cerca de R$ 4 bilhões por ano por não contar com um centro de convenções capaz de comportar os grandes congressos mundiais — científicos, políticos, econômicos ou culturais — que atraem público entre 5.000 e 10.000 pessoas. Por isso, no passado, eventos como a Cop20 e a Cop25 foram, respectivamente, para o Peru e para o Chile sem nem considerar São Paulo como uma possibilidade.

“Em 2024 a realidade será outra e vamos dedicar toda a nossa expertise e nossos escritórios em 27 países para reinserir o Distrito Anhembi no circuito nacional e internacional de eventos. A meta é fazer com que ele volte a ser um importante propulsor para a economia de São Paulo, movimentando cerca de R$ 5 bilhões por ano na cidade a partir do ano que vem. Para isso, temos um plano de investimentos superior a R$ 1 bilhão até 2026 – o maior investimento da GL events em todo o mundo”, destaca Milena Palumbo, CEO da companhia no Brasil.

Completo e versátil

As obras irão transformar o Distrito Anhembi em um espaço completamente revitalizado. O projeto, elaborado por dois grandes escritórios de arquitetura, prevê um grande Centro de Convenções completo, com tecnologia de ponta, fazendo com que a cidade de São Paulo possa competir para sediar grandes feiras, eventos e congressos conhecidos mundialmente. No anfiteatro, as 2.500 cadeiras serão recuperadas e a cúpula será mantida.

A Praça Central será um local de conexão entre o centro de convenções e o pavilhão, contando com áreas verdes de convivência e trazendo opções de alimentação, com um novo restaurante com mais de 1,3 mil m².

Entre os destaques do Distrito Anhembi estará a versatilidade dos espaços. Serão auditórios, salas modulares, área de convivência, arena multiuso, passarela cultural, halls e pavilhões de exposições com divisórias acústicas que permitirão subdivisões em até 5 pavilhões. Um projeto diferenciado que possibilitará a conexão entre os equipamentos de eventos e entretenimento, aliado a opções de hotéis, gastronomia, negócios e varejo. Será possível realizar simultaneamente congressos, eventos corporativos, eventos esportivos, festivais, shows, feiras e exposições.

“São Paulo está no topo do mundo no que diz respeito a receber grandes eventos. A única coisa que falta é uma arena indoor. A gente tem tratativas com a NBA, que seria, a meu ver, o maior evento indoor do mundo. Existindo a arena em São Paulo a NBA vem. O UFC, que São Paulo perdeu para o Rio de Janeiro, também voltaria e um aberto de tênis, a gente faria o São Paulo. São três dos maiores eventos indoors do mundo e que São Paulo terá totais condições de receber quando tiver a arena em uma outra parte da concessão do Anhembi prevista para 2025”, afirmou o presidente da SPTuris, Gustavo Pires.

O projeto traz uma série de iniciativas sustentáveis como redução nas emissões de carbono, reaproveitamento de água e outros materiais e o uso de madeira. Os brises e outras partes da marcenaria são compostos por madeira ecológica, reflorestada, e a empresa possui uma parceria com a Gerdau, a fim de racionalizar recursos e insumos. A racionalização de recursos inclui o aproveitamento de 97% de água, redução da emissão de CO2 na atmosfera em 70%, transformação de sucata em novos produtos de aço, caçambas ecológicas e aproveitamento de coprodutos gerados na produção do aço. A concessionária também optou pelo uso do Polietileno de baixa densidade (HPDE), que além da resistência as altas tensões, também retarda a formação da chama, o que contribui na diminuição do risco de incêndios.