Comitê de Combate à Dengue da Sub Penha reúne-se mais uma vez para fazer balanço e traçar planos

Representantes das Secretarias da Saúde, Educação, Verde e Meio Ambiente e da Subprefeitura Penha encontram-se mensalmente para definir ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti

Na quarta-feira, 16 de março, o Comitê de Combate à Dengue da Subprefeitura Penha, a segunda região mais afetada da cidade, sendo seguida apenas por Lajeado, em Guaianases, reuniu-se na sede da Subprefeitura para fazer um balanço das ações que vem sendo promovidas para combater o mosquito Aedes Aegypti, que também transmite o zica vírus e a chikungunya. Na reunião, traçou-se ainda novas metas para que os casos das doenças na região regridam.

O Subprefeito da Penha, falou sobre as iniciativas que vem sendo adotadas. “A Subprefeitura está trabalhando em conjunto com o pessoal da Saúde”, referindo-se ao apoio que as Coordenadorias vem dando aos outros setores envolvidos na questão. “O fato é que temos muitas casas e terrenos abandonados na região, que por sinal já estão sendo mapeados”, completou o Subprefeito.

Segundo ele, várias reuniões estão sendo realizadas junto à Supervisão de Fiscalização, tendo em vista a intensificação da limpeza dessas áreas. “Hoje, a lei permite que nós entremos nas casas, realizemos a limpeza, sendo prioritariamente o corte de mato e a retirada de pequenos e grandes volumes, e depois enviemos as despesas para o proprietário”. “Como as multas não estão surtindo o efeito desejado, temos atuado também na conscientização da população, distribuindo faixas para as comunidades e para eventos aos finais de semana”, explicou o Subprefeito. Além disso, ainda estão sendo realizados vários mutirões de cata-bagulho na Penha e Cangaíba. Outro local que vem sendo limpo diariamente é o Parque Linear Tiquatira.

Por sua vez, o Supervisor Técnico da Saúde, afirmou que a pasta da Saúde sozinha não dá conta da complexidade que envolve o combate à dengue. E como há registro de agravamento dos casos, todas as Secretarias (Comunicação, Verde e Meio Ambiente, GCM, entre outras) tem a sua parcela de responsabilidade e estão empenhadas no combate ao mosquito transmissor. “A Secretaria de Educação vem trabalhando bastante na orientação à prevenção das doenças”, afirmou. “A Saúde pega o final do processo e por isso a população deve entender que o problema está dentro de suas casas”. “Estamos trabalhando para que não ajam óbitos. Para ele, o fundamental é combater os criadouros do mosquito. E, neste sentido, a Subprefeitura tem contribuído bastante com a limpeza dos locais de risco. “A legislação municipal que garante a entrada dos agentes nas casas também foi um grande avanço”.

Toda a rede de saúde do município, incluindo as AMAS e UBSs estão atendendo os casos de suspeita de dengue. No Lajeado, em Guaianases, e no Cangaíba, os pacientes estão sendo encaminhados para as tendas de apoio ao atendimento. As tendas, inauguradas no dia 24 de fevereiro, tem a capacidade média de 180 atendimentos por dia. Elas são anexas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Funcionam de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h e serão instaladas, progressivamente, nos distritos de maior incidência de casos.

UBS Cangaíba recebe tenda para tratar casos de suspeita de dengue, chikungunya e zika

Com Parte integrante do Plano de Contigências da dengue, as tendas serão instaladas nas regiões em que os casos suspeitos de dengue, Zika vírus e chikungunya sejam superiores a 40% da capacidade de atendimento das UBS e AMAs. Um dos objetivos com a instalação das tendas relaciona-se à agilização dos serviços, já que desafogam UBS e AMA nas regiões que concentram o maior número de casos de dengue e permitem o atendimento imediato.

As unidades de saúde foram orientadas e qualquer pessoa que apresentar febre, dores e, às vezes, manchas na pele, têm atendimento prioritário e devem ser encaminhadas para as tendas com o cartão dengue, que indicará o histórico de atendimento, medicação prescrita e visitas às unidades. A instalação das tendas antecede o período de março e abril, que historicamente marca o aumento de casos de dengue no município. Evita também que a alta na procura prejudique o atendimento usual. Com equipe formada por clínicos, pediatras, enfermeiro e técnicos de enfermagem, as instalações provisórias permitem a realização de triagem, atendimento clínico, medicação, hidratação e hemograma dengue, que possibilita a verificação do nível de plaquetas e gravidade dos casos.

Para o atendimento dos pacientes contaminados pelo vírus da dengue, os profissionais prescrevem a hidratação e medicamentos que proporcionem o alívio dos sintomas. A solução é a Prefeitura e a população trabalharem em conjunto e diariamente na eliminação de criadouros, que estão principalmente dentre de casa. Eunice Elizabete dos Santos é moradora de Cangaíba. Já aprendeu os cuidados para evitar criadouros do mosquito. “O agente de zoonoses já vistoriou a minha casa e lá está tudo certo. Eu guardo água da chuva para economizar na conta, mas mantenho todos os galões fechados e a caixa d’água também está com tampa. Minhas plantas ficam num canteiro e a água que cai, a terra consome”, afirmou Eunice.