Mais 55 vias estão elegíveis para recapeamento em São Paulo

Decreto publicado no Diário Oficial é o segundo do maior programa de manutenção e conservação da malha viária paulistana

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), publicou na edição deste sábado (3) do Diário Oficial, o decreto que tornam elegíveis mais vias para o programa de recuperação asfáltica da cidade, iniciado no mês de junho. Com o novo decreto, mais 55 trechos da malha viária se somam ao decreto anterior, que priorizou outras 74.

Entre as vias estão avenida Giovani Gronchi, Estrada do M’Boi Mirim, avenida Ragueb Chohfi, avenida Teotônio Vilela e pista local da Marginal Pinheiros.

Entre os critérios considerados para a escolha das vias prioritárias, estão o volume de tráfego e a deterioração do pavimento existente, demanda de transporte coletivo sobre pneus, histórico de operação de conservação de pavimentos viários, além de outras demandas da própria comunidade.

O programa de recapeamento tem investimento de aproximadamente 1 bilhão de reais, o uso de alta tecnologia no diagnóstico das condições das vias, soluções de recomposição do pavimento de acordo com a patologia apresentada e recuperação da malha viária com asfalto de qualidade superior como o SMA (Stone Matrix Asphalt: composto por polímero e fibra). Essa mistura é utilizada na Europa em países como a Alemanha, Suécia e Inglaterra, sendo mais resistente à fadiga.

Além disso, o programa definiu no edital a reciclagem de, pelo menos, metade do asfalto retirado das vias, tornando o recapeamento um paradigma de solução sustentável no Brasil e um dos mais amigáveis com o planeta.

Melhorias

Diferente das ações anteriores, em que a recuperação do pavimento era padronizada e uniforme, é feita uma avaliação do pavimento existente por meio de levantamentos e inspeções, que permitem a aplicação do asfalto personalizado para cada via. Os materiais são os mesmos utilizados na Europa, Alemanha, Suécia e Inglaterra, e apresentam vantagens como alta resistência à deformação, maior vida útil e resistência a derrapagens.

No serviço, é realizada a recomposição estrutural de toda a extensão da via, como guia, sarjeta e drenagem. Os materiais apresentam vantagens como alta resistência à deformação, maior vida útil e resistência a derrapagens, além da qualidade superior do asfalto e cuidados durante a aplicação.

As vias prioritárias para receber recapeamento consideram os desgastes provocados por fenômenos climáticos, ação do tempo, intervenções de concessionárias de serviços públicos e volume do tráfego de veículos. Também são analisadas as características de fluxo de cada tipo de via e as estruturas de drenagem superficiais.

Sistemas

Pela primeira vez, a Prefeitura de São Paulo possui o mapeamento das condições do pavimento da cidade. A administração analisa a qualidade e conforto das vias em tempo real, que são inspecionadas por dispositivos acoplados a veículos, capazes de verificar as condições do asfalto e localizar possíveis irregularidades.

Possui dados sobre a existência de trechos de vias com pavimento asfáltico em estado ótimo, bom, regular, ruim e péssimo em todas as regiões da cidade. Isso permite que a gestão faça um acompanhamento das ruas e avenidas e identifique mudanças que ocorreram com o passar do tempo.

O monitoramento ocorre por meio de escaneamento da superfície do pavimento, realizado pelo PavScan – Pavement Scanner, que gera imagens em 3D da camada superficial do revestimento asfáltico, permitindo a avaliação das imperfeições e desgastes. Já a avaliação das condições estruturais é por meio do equipamento FWD - Falling Weight Deflectometer (usado em pistas de aeroportos), que permite a identificação da existência ou não das chamadas “bacias de deflexão” no pavimento. Com a utilização dessas três tecnologias (Pavscan+ FWD+ Sistema Gaia), é possível determinar com maior precisão as soluções necessárias para o pavimento das vias.

Fiscalização

Desde novembro de 2019, a Secretaria passou a utilizar o Geoinfra, sistema que permite que a gestão autorize a realização de obras na malha viária, calçadas, subterrâneo e redes aéreas, e que possa acompanhá-las durante o processo de forma digital. Isso possibilitou que a Prefeitura tivesse mais controle sobre as intervenções que acontecem na cidade, principalmente no pavimento, tendo a localização e identificação do responsável pelo buraco aberto na via.

O controle do Geoinfra permitiu que a Prefeitura identificasse a concessionária, que é notificada a fazer o conserto.