Prática de exercícios ajuda pessoas com depressão e ansiedade

Rotina de atividades físicas também reduz as chances de ataques cardiovasculares

 As chances de pessoas com depressão e ansiedade desenvolverem problemas cardiovasculares pode diminuir com a prática de exercícios, segundo um estudo feito pela Sessão Científica do American College of Cardiology.

A pesquisa apontou que 17% das pessoas que seguiram o cronograma estabelecido de atividades físicas possuem menos probabilidade de sofrer algum tipo de problema cardíaco, em relação a outros indivíduos que se exercitavam menos. Já naqueles que apresentam quadros de ansiedade ou depressão, o número subiu para 22%, sendo comparada a uma redução de 10% de risco naqueles sem esses problemas.

A queda no número ocorre pelo aumento da prática de atividades físicas feitas por pessoas com esses problemas de saúde. Os resultados evidenciaram que o exercício ajuda a melhorar a saúde cardiovascular, ativando partes do cérebro que controlam o estresse.

Contudo, pesquisadores do Massachusetts General Hospital (EUA), explicaram que os dados não provam que o exercício funcione apenas para pessoas com depressão ou ansiedade, mas que eles conseguem um maior beneficio cardiovascular devido à rotina de exercício.

50 mil pacientes participaram do estudo. Desse número, quatro mil tiveram algum problema cardiovascular adverso, como: ataque cardíaco, dor no peito (causada por artéria bloqueada) ou submetidos a procedimentos cardíacos.

Na pesquisa, foi analisado o padrão entre os pacientes que tem depressão ou ansiedade, em comparação aos que não apresentam esse diagnóstico. A segunda avaliação mostrou que pessoas com depressão tiveram mais que o dobro do benefício com exercício, quando comparado com pessoas sem esse tipo de problema. O resultado se repetiu nos casos de pacientes que apresentam ansiedade.

O estudo complementa outros feitos anteriormente que usaram imagens cerebrais para definir como a atividade física melhora a saúde cardiovascular, auxiliando o cérebro a controlar os níveis de estresse. Pessoas com depressão ou ansiedade têm maior atividade neural referente a estresse e risco superior de doenças cardiovasculares.

Ainda de acordo com os pesquisadores, o cérebro não é mencionado quando se relaciona exercícios com risco cardiovascular. Os cientistas observaram que outros levantamentos mostraram que as pessoas podem diminuir o risco de doenças cardíacas, mesmo sem ter uma rotina constante de atividade física.