Nesta quarta-feira (28), o auditório da Subprefeitura Itaim Paulista, localizado na Avenida Marechal Tito, 3012, foi palco do 1º Fórum da Neurodiversidade do Itaim Paulista e Vila Curuçá.

O evento teve como principal objetivo promover a conscientização e a discussão sobre a importância da neurodiversidade em nossa comunidade. Além disso, foi a oportunidade de encontrar soluções e estratégias para promover a inclusão e o respeito às diferenças.

A abertura oficial do Fórum foi feita pelo chefe de gabinete, Aguinaldo Firmino Junior, e contou com a participação de especialistas, profissionais da área da saúde, educadores, líderes comunitários e membros da sociedade civil, a fim de compartilhar conhecimentos, experiências e discutir maneiras de promover um ambiente mais inclusivo e acolhedor para indivíduos neurodiversos. 

 

O 1° Fórum da Neurodiversidade contou com a participação dos alunos da EMEF Ezequiel Ramos, do Jardim Camargo Novo, que fizeram apresentação musical com sinais em Linguagem Brasileira de Sinais - LIBRA. 

 

Em seguida, no campo da saúde, foi a vez do renomado neurocirurgião Rodrigo Gusmão, especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), que falou da importância de uma abordagem integrativa e humanizada. Ele contou que já ajudou muitos pacientes a recuperarem a sua qualidade de vida e defende que a dor é sintoma e existe tratamento. Durante a palestra ele falou sobre TEA (Transtorno do Espectro Autista), uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Além disso, o médico pontuou características do TEA, pontos positivos e negativos e formas para os pais ficarem atentos às mudanças significativas de comportamento dos filhos. 

 

O 1° Fórum da Neurodiversidade também contou com a presença da Neuza Souza, supervisora da Diretória Regional de Educação (DRE) de São Miguel. Como psicopedagoga, falou sobre a importância da participação de professores, educadores e dos próprios pais no processo de ensino e crescimento de crianças neurodivergentes. 

 

Para questões de acessibilidade, o assessor jurídico do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Dr. Maurício da Silva Gomes de Jesus Campos, abordou especialmente a implementação de políticas públicas para pessoas com deficiência. 

 

Queli Silva, psicóloga e gerente do Centro de Convivência e Cooperativa- CECCO do Parque Ecológico Chico Mendes, falou a respeito dos profissionais da área da saúde engajados em iniciativas que promovem a convivência e o bem-estar das pessoas. Ela destacou o Fórum da Neurodiversidade como essencial para construir redes de apoio e trocar experiências que possam beneficiar a comunidade. 

 

Como exemplo de superação autista, o rapper Ezequiel compartilhou sua trajetória, mostrando que o "impossível" pode ser possível, por meio da União de Projetos Sociais - UPS , ONG presidida pelo Heitor, que também veio e compartilhou lição de vida, amor e o enfrentamento de preconceitos através de seu amor de pai solo com seu filho autista. 

 

A inclusão social no esporte foi outro tema em campo. Rafael Souza Lopes, um dos criadores do Autistas Alvinegros, esteve presente no 1° Fórum da Neurodiversidade e contou como surgiu o movimento da torcida pelo Corinthians, que abraça familiares de autistas e simpatizantes da causa. 

 

"Este evento gratuito representou uma oportunidade única para nós moradores refletir sobre a importância da diversidade neurocognitiva em nossa sociedade e buscar formas de criar um ambiente mais inclusivo para todos os cidadãos", destacou a idealizadora do fórum Drica Nascimento. "Só temos que agradecer o apoio de tanta gente. As rodadas de palestrantes e os temas abordados, desde saúde até políticas públicas, mostrou como é essencial discutir e compartilhar conhecimentos sobre a neurodiversidade", completou Drica.