Dia Mundial da Limpeza - um dia de alerta

O homem “consome” o equivalente a um cartão de crédito por semana, você sabia?


À princípio, quando se fala em limpeza – especialmente limpeza pública - nos fixamos no lixo presente em calçadas, praças e jardins. Lixo que obstrui a passagem ou fere a estética da paisagem. O problema, entretanto, vai muito além. Cada material tem um tempo próprio de decomposição e pode levar gerações, centenas de anos até se degradar.
O consumo consciente , o reuso, a reciclagem e a compostagem contribuem para a redução da geração de lixo e, consequentemente, proteção do meio ambiente. São várias alternativas que têm um mesmo fim: acabar com a contaminação que, hoje, atinge níveis inimagináveis. O homem consome semanalmente 5 mg de microplásticos, o equivalente a uma cartão de crédito. A afirmação parece absurda, mas é real e assustadora.
Inicialmente, foi constada a presença do material no estômago de aves marinhas, peixes e mexilhões, certamente contaminados pela poluição dos rios e mares, mas verificou-se que a situação é ainda mais grave. Partículas muito pequenas de plástico já foram encontradas nos pulmões e no sangue de humanos vivos. Cientistas concluíram que, além da poeira, pólen e fuligem, o plástico também está presente no ar que respiramos. O que não se sabe ainda, com certeza, são os efeito disso sobre o organismo humano ou mesmo dos outros animais.
Melhor prevenir que remediar
O tempo da prevenção já passou. É urgente promover o alerta geral, a conscientização, educação e, especialmente, a mudança de hábitos nas casas, escolas, empresas, espaços públicos.
A Subprefeitura Casa Verde/ Cachoeirinha ao longo da semana que antecedeu o dia 17 de setembro -Dia Mundial da Limpeza reforçou as ações de limpeza pública e deu apoio as iniciativas populares. O trabalho realizado pelo PIPA, no Jardim Peri merece destaque. O grupo associou a educação à ações práticas. Mais que simplesmente varrer as áreas próximas da ONG, o grupo “garimpou” pequenos pedaços de vidro, plástico e papel, na rua Taquaraçu de Minas e trecho da margem do Córrego do Bispo.
Perto dali, a subprefeitura substituiu caçambas, limpou margens de afluentes do córrego, galerias, bueiros e calçadas. O Subprefeito Guaracy Fontes Monteiro Filho lembrou o custo da limpeza pública para a própria população, “um recurso que poderia ser menor, se houvesse colaboração”. A verba gasta com limpeza poderia ser melhor aplicada em medicamentos, em tecnologia para escolas e outros setores.
Na Praça Cruz da Esperança, na Casa Verde, um grupo de estudantes da ETEC Albert Einstein, também refinaram a limpeza feita periodicamente e descobriram o lixo deixado junto às raízes das árvores próximo aos brinquedos e aparelhos de ginástica.
Para se ter uma ideia do impacto de alguns materiais no meio ambiente é preciso saber o tempo que levam para se decompor. Um palito de fósforo pode demorar até dois anos para se decompor; pilhas até 500 anos; fraldas descartáveis , de 450 a 600 anos, óleo lubrificante não se decompõe. Saiba mais sobre o descarte de resíduos correto acessando https://www.reciclasampa.com.br/artigo/descarte-correto