Tecnologias assistivas superando barreiras da comunicação

Dificuldades e soluções foram o carro-chefe da última plenária realizada no CEU Butantã

 No dia 2 de julho aconteceu a plenária mensal que tratou das barreiras da comunicação, dificuldades e também o que podemos fazer para tornar o meio comunicativo mais acessível para as pessoas com deficiência, e assim, colaborar com sua autonomia.

O encontro teve início com a palavra da palestrante Eliana Cunha, assessora de Serviços de Apoio à Inclusão e representante da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que colocou aos participantes o contexto relativos à população com deficiência visual em todo o Brasil. Segundo ela, hoje 6 milhões de pessoas se auto-intitulam com baixa visão, tendo 30% ou menos de visibilidade, e outros 500 mil são cegos, com 5% de visibilidade ou menos no melhor olho.

Já tratando sobre ferramentas de comunicação eficazes, apontou o braille como fundamental para o ensino das pessoas com deficiência visual. “Caneta e papel está para criança que enxerga, assim como o braille está para criança cega”, exemplificou sobre a importância da introdução deste processo de escrita e leitura desde cedo.

Eliana Cunha lembrou que Fundação Dorina Nowill conta com mais de quatro mil livros em formato acessível, citando ainda os tipos de publicações acessíveis tanto em braille, quanto falados e digitais, possibilitando às pessoas com deficiência maior interatividade no meio comunicativo.

Segunda palestrante do dia, Shirley Rodrigues Maia, diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (AHIMSA), disse que “quando falamos de comunicação sem barreiras, temos uma grande inovação que é a Tecnologia Assistiva, que está possibilitando maiores condições de inclusão social não só educacional”.

Vale lembrar que tecnologia assistiva é todo aquele recurso e serviço que contribui para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e dar a vida independente e inclusão.

Com sua experiência na área, Shirley afirmou que o Brasil tem um grande projeto em prática do desenvolvimento de tecnologias assistivas para aqueles com surdocegueira, deficiência múltipla e visual, que comparado a outros países ainda deve muito.

A plenária, que aconteceu no CEU Butantã, teve inicio às 15h com uma hora reservado para a fala dos palestrantes, que puderam falar sobre suas instituições e o que oferecem de soluções para as atuais barreiras comunicacionais. Após estas apresentações foram abertas as perguntas para os participantes do encontro.