Grupo de Trabalho se reúne para conversar sobre assuntos relacionados à Educação

Inclusão, acessibilidade e qualificação do profissional também foram colocados em pauta.

 No dia 16 de junho de 2016, às 10h, o Grupo de Trabalho sobre Educação teve seu encontro para falar sobre os principais pontos da Educação Especial, com a presença de representantes do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAI) da região do Butantã; diversos conselheiros do Conselho Municipal a Pessoa com Deficiência (CMPD), como a presidente Gersonita Pereira de Souza, representante da conselheira Larissa Pereira de Souza; Marly dos Santos, diretora da AFUBESP; bem como entidades da área da inclusão e interessados no tema.

O Grupo contou com treze pessoas participantes, que se apresentaram antes da palavra inicial de Ana Claudia Domingues, conselheira do CMPD responsável por coordenar a reunião. ‘’O trabalho corpo a corpo é essencial, é mais eficiente”, relatou Ana sobre a militância pela inclusão.

Foram discutidos diversos assuntos como falta de vaga para pessoa com deficiência nas escolas estaduais, dificuldade na qualificação do profissional da área da educação, acessibilidade nas escolas - como rampas de acesso e banheiros adequados - e meios de transporte também.

Frequente nos encontros sobre o tema, o morador de São Miguel Paulista, André Anselmo Araújo, expôs alguns números da atuação do CEFAIs na rede pública de ensino. Segundo ele, do total de 169 escolas, apenas 22 são completamente acessíveis.

Em resposta, Renata Alencar Lopes Garcia, da Diretoria de Orientação Técnica (DOT) para Educação Especial, explicou que na rede municipal os alunos com deficiência têm prioridade. “Crianças de zero a cinco anos, na hora do cadastro para vaga, tem preferência para se matricular. Eu te garanto isso”, afirmou Renata.

Os participantes, em geral, deram idéias de formas para começar a evoluir nessa área, sugerindo como fazer a acessibilidade chegar para todos sem qualquer problema ou empecilho. Também debate-se que a melhor divulgação dos horários dos transportes pode colaborar.

Shirley Rodrigues Maia, representante da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (AHIMSA), contou sobre um programa que facilita a vida das pessoas com deficiência e também favorece e qualifica o desenvolvimento das pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla sensorial, promovendo a inclusão social. Segundo ela este é um programa em que os alunos poderão ter atendimento domiciliar via vídeo conferencia.

A conselheira Cláudia Sofia Indalecio Pereira também explicou sobre um novo projeto da AHIMSA chamado “Como se comunicar com meu filho que não fala” com encontros que promovem a auto-gestão, para mostrar que todos são capazes, independente de ter ou não uma deficiência. A ideia é dar confiança ao jovem e sua família. Cerca de 60 famílias já participaram deste curso.

Este encontro do GT de Educação, com duração de três horas, foi realizado no auditório da AFUBESP (Rua Direita, 32 - 11º andar) e as discussões devem se desenvolver em outras reuniões subsequentes.