A Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia e a Hub Brussels promovem Encontro Internacional sobre tecnologia e potencialização da inclusão social

Evento acontece em inglês com tradução simultânea, em formato de mesa-redonda

Em parceria com a hub.brussels – agencia pública de desenvolvimento econômico de Bruxelas – e a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT) a Prefeitura promoveu na terça-feira (7), no Espaço Inspira Sampa, o Encontro Internacional animado pelo tema “Como a Tecnologia pode Potencializar a Inclusão Social”.

O evento contou com a participação especial de Ibrahim Ouassari, empreendedor social belga e fundador do centro de inclusão tecnológica, o Molengeek, ao lado do moderador da mesa, Dieter Poleyn – conselheiro econômico da Embaixada da Bélgica e diretor da hub.brussels – e dos representantes oficiais da Secretaria Municipal de Tecnologia e Inovação (SMIT), da empresa de processamento de dados (Prodam), dos programas Fab Lab Livre SP, Telecentros e Wi-Fi Livre SP, além de atores da Artemisia, Carambola.com.vc, Recode, Brakus, Resilia e da ITCP da USP.

A pauta teve foco na avaliação do que tem funcionado nas sociedades brasileira e belga e nas ações necessárias para incluir na área tecnológica talentos inexplorados.

A diretora do programa Wi-Fi Livre SP, Laís Hilario, ressaltou a importância da fundação da SMIT em 2017 e como isso fortaleceu os programas existentes. Ela também abordou algumas questões levantadas pelo programa que abrange a sociedade paulistana: “Então por que o cidadão não consegue acessar a internet? É o equipamento que é muito caro, é o plano de 3G/4G? (...) A gente veio preencher essa lacuna.” – afirma.

 

Democratização

Embora o Brasil, segundo o Censo do IBGE 2022, tenha mais de 90% da população com acesso à internet, por meio de algum dispositivo eletrônico, mais de 34 milhões de brasileiros nunca acessaram a rede e 87 milhões não conseguem se conectar todos os dias. Dieter Poleyn, Conselheiro Econômico da Embaixada da Bélgica e Diretor da Hub.Brussels Brasil, ressaltou que a comercialização massiva de dispositivos eletrônicos com acesso à internet não resolve o problema para muitas pessoas, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento: “São Paulo e Bruxelas abrem grandes oportunidades para a realização das pessoas, mas também deixam muitas pessoas fora dos benefícios da tecnologia.” – afirmou. Ele ressalta que a falta de formação e de conhecimento é uma das causas de exclusão tecnológica. Por outro lado, Poleyn destacou os esforços de atores sociais e órgãos públicos em todo continente para reduzir a exclusão digital e potencializar as oportunidades na nossa sociedade.

Iniciativas SMIT para Inclusão Digital: Wi-Fi Livre SP, Telecentros e Fab Lab Livre SP

Com o objetivo de promover inclusão digital e social por meio do acesso à internet, a Prefeitura criou o programa WiFi Livre SP. O primeiro ponto da cidade foi instalado no Pátio do Colégio, em 2014, e atualmente são 686 pontos de acesso à internet de qualidade, livres e seguros na cidade. Outro programa que hoje faz parte da SMIT são os Telecentros, criados em 2001 com objetivo de promover oficinas para empregos, impressões, cursos de programação de games entre outros. Hoje, são 141 unidades na cidade em que o acumulado do primeiro semestre até o momento passa de 65 mil capacitações e 600 mil acessos livres. O Diretor dos Telecentros, Luiz Mastroti, explica que o projeto se preocupa com o letramento digital dos jovens de todas as faixas etárias e que há um déficit na empregabilidade, principalmente aos jovens de até 29 anos:

“Cerca de 27% desses jovens não trabalham, e não têm nenhum curso tecnológico. Por isso disponibilizamos cursos do Pacote Office atualizado, oficinas para currículos, impressões (...) esse suporte que muitas vezes falta nas favelas.” - revela.

O Fab Lab Livre SP é o programa mais novo da pasta que surgiu com o propósito de oferecer o acesso à equipamentos e ferramentas de fabricação digital para diversas camadas da população. O Programa conta com 13 laboratórios públicos, e semanalmente são oferecidas oficinas gratuitas de impressão 3D, corte a laser, eletrônica, robótica, entre outras:

“Atualmente, a rede Fab Lab Livre SP integra o movimento Fab City – cujo objetivo é mudar a cadeia de produção a longo prazo (...) usamos a fabricação digital e ecossistemas locais para produzir tecnologias e insumos necessários para cada localidade” - diz Raphael Rossato, diretor da rede Fab Lab Livre SP.

O projeto de maior impacto social da rede Fab Lab Livre SP é o Bolsa-Trabalho Juventude e Fabricação Digital com vagas para formação semestral de 216 jovens, entre 16 e 20 anos, em situação de vulnerabilidade a partir de uma bolsa de incentivo de meio salário-mínimo

 

Mais informações:
Assessoria de Comunicação da SMIT
inovacao@prefeitura.sp.gov.br