WiFi Livre e pilares da inclusão digital na cidade são apresentados na Campus Party

O coordenador dos projetos, João Cassino, explanou as especificidades de cada projeto, com destaque para o WiFi Livre


 Foto: Assessoria SES

Na última sexta-feira (06), no Palco Terra da Campus Party, João Cassino, Coordenador de Conectividade e Convergência Digital, apresentou as iniciativas de inclusão digital na cidade, como os telecentros, os Fab Labs, o edital de fomento à cultura digital Redes e Ruas e, com especial atenção, o projeto WiFi Livre SP, que também contou com Marcelo Pimenta, Diretor de Infraestrutura e Tecnologia da Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município).

O projeto, que teve início em janeiro do ano passado com a entrega simultânea do sinal no Páteo do Colégio e na Praça Dilva Gomes (Arthur Alvim), oferece internet sem fio de qualidade para a população e não há restrição no conteúdo ou necessidade de cadastro.

A velocidade é de 512 Kbps efetivos por usuário para download e upload. Com esta velocidade pode-se usufruir da maioria dos serviços que são oferecidos hoje na rede, como assistir filmes, baixar arquivos, ou mesmo redes sociais. Os 96 distritos da capital, nas 32 subprefeituras, serão contemplados.

O projeto está inserido na meta 73 do programa de metas da prefeitura, que estabelecia a instalação de 42 locais com WiFi Livre e foi superada em mais de 300%, visto que já são 112 locais com o sinal ativo para a população e até o fim do mês outras nove estarão em funcionamento.

Marcelo Pimenta salientou o tamanho do projeto que, se comparado à outras iniciativas semelhantes no mundo, ou mesmo em outras cidades do Brasil, destaca-se, especialmente devido ao modelo adotado. “É uma estratégia importantíssima da prefeitura em oferecer serviços de inclusão na cidade e é um dos maiores do mundo, devido ao tamanho da cidade e às premissas estipuladas, como a confidencialidade de rede e a gratuidade”, disse.

Um dos aspectos elogiado por Pimenta foi o valor do projeto, que ficou aquém do que foi estipulado primeiramente. “O projeto foi orçado inicialmente em R$ 75 milhões e fechamos com as duas empresas por R$ 27,5 milhões para os 3 anos de contrato”, afirmou

Tendo como base o estudo que foi feito em parceria com a Universidade Federal do ABC, foram expostos alguns dados interessantes sobre o comportamento dos usuários nas praças.

Um exemplo é o número de pessoas que afirmam utilizar WiFi fora de casa: são 60,1% dos entrevistados. Sendo que 47,8% fazem uso do serviço em Praça ou Rua ou qualquer lugar com sinal aberto, o que reafirma a importância da iniciativa na inclusão digital da cidade.

Cassino destacou o número de conexões nas praças, que crescerá nos próximos meses. “Desde junho do ano passado tivemos 2,5 milhões de conexões à internet nessas praças. E esse ano vai crescer ainda mais, tanto pelo aumento de localidades, pelo tempo e pelo número de pessoas que conhecerão o serviço”, disse.

Outro importante assunto no campo da inclusão digital foi abordado durante a apresentação: os telecentros. O projeto foi criado em 2001 e desde então oferece para a população que não tem acesso à computadores e internet a chance de usufruir destes serviços.

“São 158 telecentros espalhados pela cidade e temos um atendimento mensal de 148 mil pessoas por mês, o que dá quase 2 milhões de pessoas por ano. Então, apesar da inclusão digital ainda estar em uma fase muito mais avançadas do que estava em 2001, ainda há muito público e demanda”, mencionou Cassino.

Além disso, também foi citado outro aspecto da inclusão digital paulistana, que revitalizará os conteúdos dos telecentros, que é o Redes e Ruas, o maior edital de fomento à cultura digital do país que investiu 3,7 milhões de reais em 59 projetos que serão replicados na praças WiFi Livre, Pontos de Cultura e na rede de telecentros.

“Foram 3,7 milhões de reais investidos em 59 projetos para fomentar ações de ocupação das praças, teremos oficina de fotografia, blogs e outros cursos”, salientou João Cassino.