No dia 13 de dezembro de 1968, em uma reunião entre os ministros do Conselho de Segurança Nacional e o então presidente da República, General Arthur da Costa e Silva, era aprovado o Ato Institucional nº 5. A decisão deu início à fase mais sangrenta do regime ditatorial civil-militar brasileiro. Com o objetivo de proporcionar no presente uma reflexão sobre esse encontro histórico com consequências tenebrosas, Paulo Maeda escreveu e dirigiu “AI-5: uma Reconstituição Cênica”, espetáculo que volta aos palcos dia 14 de junho, na sala multiuso do Teatro Arthur Azevedo.

Áudios das falas dos governantes, gravados na ocasião e disponibilizados pela Comissão da Verdade, são usados como dramaturgia. No texto, Maeda pretende criar um diálogo direto com o público para que todos tenham acesso às palavras que foram ditas durante a reunião, explicitando a crueldade de uma democracia sufocada para com as pessoas.

Por Luiz Quesada

| Teatro Arthur Azevedo – sala multiuso. Av. Paes de Barros, 955, Mooca. Zona Leste. Tel.: 2604-5558. De 14/6 a 14/7. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 30 (bilheteria abre uma hora antes). 50 lugares. 120 min. 14 anos.