Centro da Cidade e Chácara do Jockey reúnem milhares de pessoas na Virada Cultural

Público do evento é estimado em 1,6 milhão; Foram mais de 900 atrações em um fim de semana de programação intensa em mais de 100 pontos da cidade entre equipamentos de cultura e lazer da cidade, palcos, tablados e cortejos

A 13ª edição da Virada Cultural, que ocorreu nos dias 20 e 21 de maio, esteve presente em mais de 100 equipamentos de cultura e lazer, dentre eles a Chácara do Jockey e Sambódromo do Anhembi, que integram a programação do evento pela primeira vez em sua história. Este ano, a Secretaria Municipal de Cultura também inovou ao selar parceria com quase 50 teatros independentes, disponibilizando 4.000 ingressos para espetáculos teatrais e 4 lonas de circo, já instaladas pela cidade.   

A abertura da Virada aconteceu simultaneamente por todas as regiões da cidade. Bicho de Pé e Fagner abriram o evento no palco do Parque do Carmo. Daniela Mercury trouxe a energia do carnaval baiano para o Sambódromo do Anhembi. Liniker e os Caramelows abriram a festa que tomou conta da Chácara do Jockey ao longo da noite. Guilherme Arantes embalou o público no Centro Cultural da Penha. Negra Li comemorou seus 20 anos de carreira no Centro de Culturas Negras do Jabaquara. Centro Cultural São Paulo recebeu a voz forte de Juçara Marçal para abrir a Virada por lá. O Samba da Vela deu o pontapé inicial do evento no Centro Cultural Vila Formosa. 

Já o Centro abriu sua programação em seus tablados e circuitos com inúmeras apresentações de artes cênicas, musicais e circenses. O Theatro Municipal entrou na Virada com apresentação do Balé da Cidade de São Paulo acompanhado da Orquestra Sinfônica Municipal. Gero Camilo deu início às homenagens a Plínio Marcos na Biblioteca Mário de Andrade. 

Esta edição da Virada Cultural foi marcada pela pluralidade. O Theatro Municipal é um bom exemplo do tom da programação que a cidade recebeu. Samba, orquestra, balé, coro indígena, sertanejo de raiz e fado se apresentaram no templo da música clássica de São Paulo. A cidade recebeu grandes nomes do Hip Hop, Samba, Jovem Guarda, Música Instrumental, do cenário Queer paulistano, além de inúmeros saraus e slams distribuídos por todas as regiões da cidade.

Outra presença constante foram as projeções em prédios do Centro como o Theatro Municipal de São Paulo e a empena da Praça das Artes. Na Chácara do Jockey também houve diversas projeções em frente às baias. 

A Virada teve o dobro de apresentações teatrais em relação ao ano passado. A linguagem circense também teve um aumento expressivo em número de apresentações e intervenções pela cidade em relação a 2016. 

No domingo, o Centro recebeu o Cortejinho com a Carreata de Palhaços na companhia da Palhaça Rubra e a Trupe Pé de Histórias e Sopro Brasil. A Biblioteca Monteiro Lobato, Chácara do Jockey, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Parque do Carmo, Largo do Rosário e Praça do Campo Limpo também receberam Viradinha. 

DESCENTRALIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO
Pela primeira vez, a Virada Cultural aconteceu em alguns pontos da cidade como o Anhembi e Chácara do Jockey. Ao longo da próxima semana, a equipe da Secretaria Municipal de Cultura deverá fazer uma avaliação de eventuais acertos e equívocos dessa primeira tentativa efetiva de descentralização da Virada Cultural para todas regiões da cidade, principalmente com relação aos espaços inéditos. O acesso democrático, gratuito e público às diversas atividades por toda a população da cidade foi o mote que inspirou a curadoria e a organização do evento.  

O tempo chuvoso no início da manhã e tarde de domingo não afastou o público do evento, que compareceu a shows como a homenagem de Roberta Miranda ao cantor Roberto Carlos, no palco Tributos, localizado no Boulevard São João e os animados cortejos com o grupo É o tchan, Molejo e Tiago Abravanel acompanhado da cantora Gretchen e o as bailarinas do Ballet Plus Size. 

Com relação aos problemas técnicos, todos foram identificados rapidamente e solucionados, ainda que as atividades tenham iniciado com atraso, portanto, todos os palcos, tablados e cortejos foram realizados. Os casos pontuais de artistas que não puderem se apresentar serão estudados pelas equipes da SMC. 

NÚMEROS DO EVENTO
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana realizou 10.183 apreensões de itens como alimentos, bebidas alcoólicas, refrigerantes, vinho químico, caixas de isopor e carrinhos durante a 13ª Virada Cultural, realizada no último fim de semana. Mais de 450 profissionais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) atuaram no evento, que recebeu um público estimado de 1,6 milhão de pessoas.

As equipes da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB) coletaram 153,5 toneladas de resíduos (17,7 toneladas de recicláveis) nos locais da Virada Cultural. A estrutura de limpeza contou com 3,2 mil funcionários e 1.013 equipamentos auxiliares (contêineres, cestos aramados, PEVs), além de 674 veículos (caminhões compactadores, habitáculos, muncks, pipas e antares). A coleta seletiva contou com três cooperativas conveniadas com a Prefeitura (Casa do Catador, Coopere Centro e Coopercaps) e 160 cooperados.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebeu 13 solicitações de atendimento em pontos que estavam recebendo atrações da Virada. Doze pessoas foram atendidas no próprio local da ocorrência e um caso necessitou de encaminhamento para o hospital. A maioria dos casos foi relacionada à intoxicação exógena (como álcool e drogas).