Rio Tietê ganha instalação na Casa do Bandeirante

Elementos do rio compõem a instalação “Arrasto”, que pode ser conferida a partir do dia 19 de setembro


Moscheta catalogou, coletou, documentou e classificou argilas,
rochas, areias e minerais das duas margens do rio


Por Carolina Bressane

A Casa do Bandeirante, casa histórica do Museu da Cidade de São Paulo, recebe, a partir do dia 19 de setembro, a instalação “Arrasto”, resultado de uma expedição que o artista Marcelo Moscheta fez por toda extensão do Rio Tietê, desde sua nascente, em Salesópolis, até sua foz, no Rio Paraná.

Durante esta jornada, que aconteceu entre março e agosto de 2015, Moscheta catalogou, coletou, documentou e classificou argilas, rochas, areias e minerais das duas margens do rio. Com este material de referências de arqueologia, geologia e do movimento dos bandeirantes paulistas, o artista formou um pequeno museu de curiosidades sobre as particularidades do leito do rio.

Um dos destaques desta obra fica por conta de um grande desenho de uma queda d’água do Rio Tietê, adicionado ao que foi coletado na expedição. Expostos lado a lado, desenho e rochas criam um diálogo entre representação e a paisagem transferida para o interior da obra.

Durante todo o período da instalação, será distribuída, gratuitamente, uma publicação sobre a expedição do artista, com relatos de viagem, fotos da produção da instalação e textos dos artistas plásticos: Divino Sobral e Douglas de Freitas, além do próprio Moscheta.

Sobre a Casa do Bandeirante

A Casa do Bandeirante representa um dos exemplares típicos das habitações rurais paulistas construídas entre os séculos XVII e XVIII, localizadas predominantemente junto à bacia dos rios: Tietê e o seu afluente Pinheiros. O local tem uso museológico desde 1955.

Serviço: Casa do Bandeirante. Pça Monteiro Lobato, s/nº, Butantã. Zona Oeste. De 19/09 a 19/12.  3ª a dom, das 9h às 17h. Grátis. Livre.