Instalação criada com nomes de edifícios que remetem ao universo,
realizada por Mayana Redin em Belo Horizonte (MG) (Foto: Rossana Magri)
Por Letícia Andraderealizada por Mayana Redin em Belo Horizonte (MG) (Foto: Rossana Magri)
Trabalhando desde 2010 como artista visual, a paulista Mayana Redin já participou de diversas mostras individuais e coletivas, adquirindo reconhecimento dentro e fora do país. Recentemente, foi um dos destaques da jovem produção artística brasileira na “Imagine Brazil”, exibida desde 2013. A exposição chegou ao Museu Astrup Fearnley, de Oslo (Noruega), ao Museu de Arte Contemporânea de Lyon (França) e, no início deste ano, ao Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
Agora, com o desafio de explorar o espaço expositivo além das obras conceituais, Mayana inaugura, no dia 4, “Cosmografia para São Paulo”, mostra individual montada no Arquivo Histórico de São Paulo. São 49 objetos tridimensionais, cujos desenhos reproduzem a tipologia dos letreiros de edifícios situados em diversos bairros da cidade, com nomes referentes ao espaço sideral.
“Eu tinha vontade de falar do cosmo, o comum e o alheio. Queria entender como a humanidade traduz essas coisas nos objetos. Como é dar nome aos lugares de coisas que não conhecemos”, conta. Essa é a terceira parte do trabalho que iniciou em 2013, no Rio de Janeiro, onde mora, passando depois por Belo Horizonte. Foram 100 endereços visitados nas três cidades, totalizando 125 edifícios.
Como todos os locais percorridos foram fotografados, Mayana decidiu reunir o material no livro “Edifício Cosmos”, que será lançado no dia 25 de julho. “A publicação foi uma maneira de solucionar a entrada das fotos que não estão na exposição. É como se fosse um inventário. A mostra e o livro caminham juntos, mas em corpos separados”, explica.
Segundo a artista, o trabalho revela outras curiosidades que a surpreenderam sobre as cidades. Uma delas é a percepção da transitoriedade do tempo presente nas características arquitetônicas das fachadas dos prédios. “Aproveitei a visita aos edifícios para ficar atenta aos ruídos que a própria rua, a cidade e os indivíduos criam em seu funcionamento”, conclui.
Serviço:Arquivo Histórico de São Paulo. Pça Coronel Fernando Prestes, 152, Bom Retiro. Próximo da estação Tiradentes do metrô. Centro. | tel. 3396-6000. Abertura: dia 4, 11h (dia 25/7, às 15h, acontece lançamento de livro). Até 4/8. 2ª a sáb., das 9h às 17h. Grátis
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