“Brasileiros” abre 2ª temporada do Balé da Cidade no Theatro Municipal

Com coreografia de três ex-integrantes do corpo do Balé, apresentações ficam em cartaz entre os dias 24 e 28 de junho

Cena de 'Árvore do Esquecimento', de Jorge Garcia, no Theatro Municipal

Mariane Roccelo

A mais antiga Cia. de dança da capital, o Balé da Cidade de São Paulo retorna ao Theatro Municipal na segunda temporada de 2015 com o programa ”Brasileiros”. Três ex-integrantes do corpo artístico do Balé, foram convidados para coreografar as performances “Árvore do Esquecimento”, “Cenas a 37” e “Fio da Meada”.  As apresentações ficam em cartaz entre os dias 24 e 28 de junho, de quarta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h. 

Abrindo a noite, o carioca Gleidson Vigne apresenta “Fio da Meada”. Na encenação, nove bailarinos interpretam as dificuldades e os questionamentos no momento de traçar e manter objetivos que escolhemos para vida. Com trabalhos no Brasil e em Portugal, Gleidson criou junto com o Balé da Cidade as peças “Quem são estes?” (Exercícios Coreográficos); “Rastros” (Exercícios coreográficos II); e “Pulso” (Dançographismus).  

Em seguida, o pernambucano Jorge Garcia resgata a memória ancestral do povo brasileiro na performance “A Árvore do Esquecimento”. Com trilha sonora do compositor Eder “O Rocha”, o número é inspirado no livro e documentário “Pedra da Memória” (Brasil e Benin, 2011), de Renata Amaral, sobre a vinda de escravos do porto de Ouidah, no Benin, para o Brasil. Devido ao poder da memória como arma de resistência, antes de embarcarem nos navios negreiros, os escravos eram levados à chamada árvore do esquecimento para perderem suas memórias. 

Jorge Garcia coreografou para o filme Carandiru (Brasil, 2002) e para o musical Baile Estelar (2005). Junto com o Balé da Cidade, trabalhou nas peças “Divinéia”, “Interlúdio, “Desatino do Norte Desatino do Sul”, “R.G.” e “T.A.T.O.”. 

Finalizando a noite, Alex Soares apresenta “Cenas a 37 (ou eu queria que fosse a 33)”. A peça trata dos conflitos e reencontros de membros de uma família três décadas após a morte de um parente importante. A coreografia é composta a partir da livre apropriação dos personagens da obra do argentino Oscar Araiz, “Cenas de Família”, de 1978. O coreógrafo Alex Soares é criador do projeto Mov_olA, Cia. de dança contemporânea que mistura dança e outras mídias contemporâneas. O projeto foi ganhador do XIII Edital do Fomento a Dança com a obra “OroborO”. 

Serviço: Theatro Municipal de São Paulo. Pça Ramos de Azevedo, s/nº, Centro. Bilheteria: 3397-0327, De 24 a 27, 20h. Dia 28, 18h. R$ 20,00 a R$ 70,00.