Coreógrafa Maria Gidali, do Ballet Stagium, relembra como a dança driblou
a censura durante os Anos de Chumbo
a censura durante os Anos de Chumbo
Por Luísa Bittencourt
Dizer que o Golpe Militar de 1964 teve um impacto desastroso no que se refere à política e à economia brasileira é versar sobre o óbvio. No entanto, suas consequências para a área cultural ainda permanecem pouco exploradas nas grandes discussões a respeito do período. Para dar luz ao tema, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) promove dia 8, às 18h30, um debate com quatro nomes expressivos da cultura nacional.
Participam da conversa o dramaturgo Aimar Labaki, o compositor Jorge Mautner e os diretores do Ballet Stagium, Marika Gidali e Décio Otero. O foco são as marcas deixadas pela ditadura militar sobre a cultura, presentes no imaginário das gerações que nasceram antes, durante e depois do período. A discussão propõe uma abordagem interdisciplinar sobre o tema, com vistas a criar parâmetros para a análise da produção artística brasileira na atualidade. O debate tem mediação de Francisco Alambert, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo.
Em sua trajetória artística, Marika coreografou a célebre montagem do musical “Hair”, em 1970, com Sonia Braga, Ney Latorraca, Aracy Balabanian e outros atores importantes no elenco. A direção era de Ademar Guerra. A bailarina relembra a censura sofrida pelo musical na época, em pleno vigor do AI-5, por apresentar o primeiro nu artístico em palcos brasileiros, mas destaca que a perseguição à dança não era tão efusiva quanto ao teatro. “O teatro estava sendo crucificado e a dança não. Então, driblávamos a censura montando peças teatrais em dança”, conta a coreógrafa que, entre outras encenações transformadas em coreografias, dançou em “Nas quebradas do mundaréu”, versão de “Navalha na carne”, de Plínio Marcos, proibida pela censura.
O debate integra o projeto “O imaginário dos 50 anos do Golpe”, programação especial que reúne, também, mostra de cinema, exposição, shows e apresentação de dança.
Serviço: Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa. R. Vergueiro, 1.000, Paraíso. Próximo da estação Vergueiro do metrô. Centro. | tel. 3397-0001 e 3397-0002. Dia 8, das 18h30 às 20h30. Grátis (não é necessário retirar ingresso) | Sala Adoniran Barbosa. Dia 8, das 18h30 às 20h30. Grátis (não é necessário retirar ingresso)
Participam da conversa o dramaturgo Aimar Labaki, o compositor Jorge Mautner e os diretores do Ballet Stagium, Marika Gidali e Décio Otero. O foco são as marcas deixadas pela ditadura militar sobre a cultura, presentes no imaginário das gerações que nasceram antes, durante e depois do período. A discussão propõe uma abordagem interdisciplinar sobre o tema, com vistas a criar parâmetros para a análise da produção artística brasileira na atualidade. O debate tem mediação de Francisco Alambert, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo.
Em sua trajetória artística, Marika coreografou a célebre montagem do musical “Hair”, em 1970, com Sonia Braga, Ney Latorraca, Aracy Balabanian e outros atores importantes no elenco. A direção era de Ademar Guerra. A bailarina relembra a censura sofrida pelo musical na época, em pleno vigor do AI-5, por apresentar o primeiro nu artístico em palcos brasileiros, mas destaca que a perseguição à dança não era tão efusiva quanto ao teatro. “O teatro estava sendo crucificado e a dança não. Então, driblávamos a censura montando peças teatrais em dança”, conta a coreógrafa que, entre outras encenações transformadas em coreografias, dançou em “Nas quebradas do mundaréu”, versão de “Navalha na carne”, de Plínio Marcos, proibida pela censura.
O debate integra o projeto “O imaginário dos 50 anos do Golpe”, programação especial que reúne, também, mostra de cinema, exposição, shows e apresentação de dança.
Serviço: Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa. R. Vergueiro, 1.000, Paraíso. Próximo da estação Vergueiro do metrô. Centro. | tel. 3397-0001 e 3397-0002. Dia 8, das 18h30 às 20h30. Grátis (não é necessário retirar ingresso) | Sala Adoniran Barbosa. Dia 8, das 18h30 às 20h30. Grátis (não é necessário retirar ingresso)
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