Por Gabriel Fabri
A partir de uma pesquisa sobre o quanto as pessoas são ligadas às próprias crenças e empecilhos, a Cia. Experimental Kahal elaborou o espetáculo “Gravidade”, apresentado entre os dias 5 e 8 de dezembro, na Galeria Olido. Com direção de Henry Camargo, a coreografia coloca os dançarinos para enfrentar, em diversos movimentos, a variação da força gravitacional: no chão, onde a gravidade é mais densa, ou no ar.
De acordo com o diretor, o conceito da gravidade não se resume ao fenômeno natural, mas está atrelado à ideia de superação de um obstáculo: “criar possibilidades para sair de um empecilho, indo para outro nível, outro lugar”, explica. As cenas trazem os dançarinos saindo da zona de conforto e, de certa forma, libertando-se ao tentar se adaptar à gravidade atuante em cada movimento. O espetáculo também pretende suscitar uma reflexão sobre o poder do homem de transcender as suas próprias dificuldades.
A mudança na gravidade simboliza a chegada a um novo mundo, que Camargo chama de “universo paralelo”, no qual os dançarinos devem lidar com um ambiente novo e hostil. Assim, o espetáculo suscita questões como as diferentes maneiras de se lidar com a adversidade e o poder do homem de transcender as suas próprias dificuldades.
Serviço: Galeria Olido – Sala Paiçandu. Av. São João, 473. Centro. De 5 a 8. 5ª a sáb., 20h. Dom., 19h. Grátis (retirar ingresso uma hora antes)