Balé da Cidade encerra comemoração de seus 45 anos

Entre os dias 17 e 20, grupo promove ocupação na Galeria Olido

Por Lidyanne Aquino

Neste mês, o Balé da Cidade de São Paulo (BCSP) encerra a celebração dos 45 anos de sua fundação. Desta vez, o público é convidado a transitar pela história da companhia por meio da “Ocupação Olido”, que acontece entre os dias 17 e 20. O evento é composto por uma sequência de atividades: exibição de vídeos, ensaios abertos e apresentações de duas coreografias. Tudo com entrada franca.

O passeio começa na sala de acervo e pesquisa e no foyer do Centro de Dança Umberto da Silva (CDUS), na Galeria Olido, com a exibição de três vídeos da coletânea “Balé da Cidade de São Paulo - 45 Anos”. O documentário revisita a trajetória da companhia com depoimentos e imagens de importantes trabalhos de seu repertório, que vão de 1968 a 2013. O projeto foi idealizado por Lara Pinheiro e Raymundo Costa, com pesquisa de Cássia Navas e produção da Pipoca Cine Vídeo.
 
“Quero ligar um pouco as pontas nessas comemorações, conectando o que fizemos no passado com o material novo”, comenta Iracity Cardoso, atual diretora da companhia. Dessa forma, após assistir aos vídeos, o público é levado às salas de ensaio do CDUS para conferir, de perto, trechos simultâneos de três coreografias: “Frágil”, do israelense Itzik Galili; “Offspring”, do esloveno Lukas Timulak; e a mais recente, “Uneven”, do catalão Cayetano Soto.

O percurso termina na Sala Paiçandu, que retoma dois clássicos do repertório do BCSP. Com música de Maurice Ravel, o grupo apresenta “Cantares”, de Oscar Araiz, e “La Valse”, de Luis Arrieta, dois importantes coreógrafos na trajetória da companhia. Em novembro, “La Valse” ganhará os palcos de cidades alemãs em turnê europeia.

"Vou guardar algumas obras de todas as temporadas com carinho porque o repertório do Balé da Cidade é de uma riqueza fantástica”, declara Iracity, que iniciará projetos inéditos no próximo ano, mas faz questão de retomar algumas coreografias durante as futuras temporadas. “Ao pensar em 45 anos de trajetória, lembro que a nova geração não acompanhou tudo isso. Por exemplo, 'Apocalipsis' [criada em 1976 por Victor Navarro e reapresentada no Theatro Municipal em setembro] foi uma das obras que ficou no imaginário do público e que desperta a curiosidade dos jovens para o que as pessoas faziam naquela época. E isso precisa ser preservado.”

Serviço: Galeria Olido – Centro de Dança Umberto da Silva (foyer e sala de acervo e pesquisa) e Sala Paiçandu. Centro. De 17 a 20. 5ª a sáb., 20h. Dom., 19h. Grátis (retirar ingresso uma hora antes)