Peças migram das ruas para os palcos paulistanos

Fonte: O Estado De São Paulo


Beth Néspoli

Como é comum na metrópole paulistana, ampla é a oferta de espetáculos teatrais. Temporadas curtas e teatros compartilhados contribuem para ampliá-la. Por exemplo, é realmente relâmpago a passagem do grupo Moinho, de Ouro Preto, pela cidade. Serão só três apresentações, a partir de hoje, na Sala Crisantempo, de E Nós Que Nem Sabemos, espetáculo fortemente baseado na linguagem da performance. O elenco faz pinturas sobre o próprio corpo durante a apresentação. O texto foi criado nos ensaios pelos atores Eduardo Batista, Mateus Schimith e Sandra Parra em contato direto com o público, nas ruas de Ouro Preto, e tem direção de Maurílio Romão.

Curiosamente, também nasceu na rua o espetáculo A Brava, sobre a vida de Joana D’Arc, dirigida por Fábio Resende, que inicia hoje temporada no Centro Cultural São Paulo. A estrutura dramatúrgica característica dos espetáculos de rua foi mantida. O espectador desloca-se pelo espaço Ademar Guera e é convidado a interagir em alguns momentos da narrativa da saga dessa heroína.

Para quem prefere cena realista e uma boa história é o que prometem os criadores de Algumas Vozes, texto do inglês Joe Penhall em montagem vencedora 12º Festival da Cultura Inglesa. Dirigida por Mônica Granndo, estréia hoje no Teatro da Cultura Inglesa de Pinheiros.

|Serviço:
Nós, Que Nem Sabemos... 65 min. 16 anos. Sala Crisantempo. Rua Fidalga, 521, tel. 3819-2287. 6.ª e sáb, 21 h; dom., 19 h. R$ 10

Algumas Vozes. 105 min. 14 anos. Teatro Cultura Inglesa. Rua Dep. Lacerda Franco, 333, tel. 3814-0100. 6.ª e sáb., 21 h; dom., 20h30. R$ 20 A Brava. 90 min. Livre. Centro Cultural S. Paulo. R. Vergueiro, 1.000, 3277-3651. 6.ª e sáb., 21 h; dom., 20 h. R$ 12