Igreja Nossa Senhora da Boa Morte atende 24 horas por dia

Com as obras iniciadas em 2006, a Igreja foi reaberta no último dia 11, sábado, em solenidade que teve a participação do prefeito de São Paulo. Ela funcionará 24 horas por dia, com a proposta de ser um espaço cultural da Cidade.

A Igreja Nossa Senhora da Boa Morte foi reaberta oficialmente no último dia 11, sábado, em solenidade que teve a participação do prefeito de São Paulo. As obras de restauração da igreja, localizada na região central da Cidade, tiveram início em 2006, com custo de R$ 6,5 milhões, recursos obtidos com patrocínio dos bancos Santander, Safra, Bradesco e Itaú, do Grupo Votorantim e da Sabesp, além da Secretaria de Estado da Cultura. Reaberta em cerimônia presidida pelo cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, a igreja passa a funcionar 24 horas por dia e prestará atendimento à comunidade.

"Queria, de maneira especial e com muita ênfase, cumprimentar e agradecer os patrocinadores, apoiadores e colaboradores que permitiram a recuperação dessa igreja. Minhas palavras são no sentido de expressar o sentimento de alegria da Cidade de ter hoje esta igreja sendo entregue, aberta 24 horas por dia. Mais do que isso, prestando um serviço social tão importante. Que aqui nós tenhamos a oportunidade de, em conjunto com as organizações sociais, superar os enormes desafios que temos no campo social", disse o prefeito, na solenidade de reabertura. "Não poderia deixar de registrar a importância dessa recuperação para a preservação da memória de São Paulo, da sua cultura. Que as bênçãos de Dom Odilo aqui nesta tarde possam deixar essa igreja muito iluminada".

A proposta da Arquidiocese de São Paulo é consolidar a igreja como um espaço cultural da Cidade.


Histórico

Com gestão cultural da FormArte e realização da Concrejato, a restauração teve o incentivo da Lei Rouanet, por meio do Ministério da Cultura e do Governo do Estado. Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), a igreja é considerada a primeira em São Paulo em que brancos e negros se sentaram juntos. Uma das poucas referências remanescentes do barroco paulista, será assumida pelos padres da Aliança da Misericórdia, que atuam com populações carentes.

A igreja foi erguida perto do local das execuções dos condenados na antiga Província de São Paulo, local das últimas orações e do velório dos condenados. Foi fundada pela Irmandade dos Homens Pardos de Nossa Senhora da Boa Morte.