Dengue: saiba mais sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti

Diretor da Divisão de Vigilância de Zoonoses explica como acontece o desenvolvimento do mosquito e a forma como a fêmea deposita seus ovos

 Dentro das estratégias da Prefeitura de São Paulo para combater a dengue, a informação ocupa um lugar primordial. Por isso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) preparou uma série de conteúdos com informações sobre vários aspectos da doença, dos mecanismos da infecção por meio do Aedes aegypti até sintomas, orientações para a busca de atendimento e para controlar possíveis focos de proliferação do mosquito.

Veja a seguir informações do diretor da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Eduardo de Masi, sobre o desenvolvimento e o tempo de vida do mosquito transmissor da dengue.

Como é o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti?
Uma vez que a fêmea do mosquito põe os ovos, em condições de altas temperaturas, pode levar apenas uma semana para o desenvolvimento desde o ovo até a fase adulta se completar. Completado o desenvolvimento e logo após sair do criadouro, a fêmea do Aedes aegypti já se acasala e estará apta a sugar o sangue de alguma pessoa. Após três dias da alimentação sanguínea, ela já poderá colocar seus ovos, recomeçando o ciclo. Na fase de adulto, o mosquito vive em média 30 dias, sendo que nesse período pode fazer várias alimentações sanguíneas e colocar muitos ovos. Caso a fêmea se infecte com o vírus da dengue ao picar um humano, ela poderá transmitir a doença por até 25 dias, ou mais, da sua vida.

Quantos ovos a fêmea do Aedes aegyti pode colocar ao longo da vida?
Ela coloca de 100 a 150 ovos em cada um dos seus ciclos reprodutivos e durante a sua vida pode colocar mais de 500 ovos, sempre dentro de um comportamento típico chamado de ovipostura em salto, no qual deposita uma pequena quantidade de ovos (em torno de 10) em vários locais (criadouros) durante um único ciclo de postura. Por exemplo, se a fêmea tiver 100 ovos para serem depositados, poderá fazê-lo em até 10 ou mais criadouros diferentes. Esse comportamento contribui para a distribuição da espécie e, consequentemente, para a disseminação da dengue e outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Ao saber disso, é importante ter em mente que todos os criadouros devem ser eliminados e não apenas aqueles mais comuns e evidentes, pois mesmo que se elimine um criadouro, outros podem permanecer.