Prefeitura vai usar detritos do prédio do Moinho na pavimentação da Avenida Sapopemba

O material proveniente da demolição será utilizado para a confecção de pavimento ecológico,e beneficiará 4,5 quilômetros da via.

 A Prefeitura, por meio da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, vai transformar os resíduos da demolição do prédio do Moinho como base em pavimento ecológico, destinado à Avenida Sapopemba, a maior via de São Paulo. Serão implantados 4,5 quilômetros de asfalto ecológico, no trecho final da via.

Desde novembro de 2011 a Avenida Sapopemba vem recebendo o trabalho de pavimentação ecológica que já foi implementado em 5 quilômetros da via, no trecho entre a avenida dos Sertanistas e a rua Bento Guelfi, com material oriundo dos tradicionais edifícios São Vito e Mercúrio, da região central de São Paulo. Agora o trecho final da avenida será pavimentado.

O material é triturado e utilizado como sub-base para a pavimentação. A fresa (raspa do asfalto) de ruas que estão recapeadas também é utilizada como base para este tipo de serviço.

Em 2011 a pavimentação ecológica foi realizada em duas etapas. A primeira, que se encontra praticamente concluída, foi responsável pela recuperação do pavimento de 25 vias, em um total de 7,4 quilômetros. A segunda etapa está em execução e irá beneficiar 18 vias, compreendendo 10,7 quilômetros. Já no ano passado, quando o projeto foi iniciado, 19 vias receberam este tipo de asfalto, totalizando 5,4 quilômetros, investimento de R$ 3,9 milhões.

A previsão é que a iniciativa gere uma economia de até 30% em relação ao asfalto comum. Apenas na etapa atual o município está deixando de gastar cerca de R$ 3 milhões. As vias a serem pavimentadas totalizam uma extensão de 23,5 km, atendendo 11 Subprefeituras.

A iniciativa, com investimento total de R$ 27,5 milhões, contribui para minimizar o impacto ecológico que os restos de obras de demolição podem produzir ao meio-ambiente, quando não recebem a correta destinação. O processo de reaproveitamento do entulho é simples: os resíduos são triturados, passam por uma peneira e são separadas por tamanho. A partir daí é definido em que fase da pavimentação os resíduos serão incorporados.


Desde o ano passado estão sendo reaproveitadas as 64 mil toneladas de resíduos da demolição do São Vito, do Mercúrio e do entorno. Com a aplicação deste tipo de material há um ganho significativo para o meio-ambiente, pois deixam de ser extraídos da natureza cerca de 44 mil m³ de brita, possibilitando ainda a redução do despejo de material inerte nos aterros e, consequentemente, aumentando a vida útil de operação desses locais.