Guaianases ganha segundo ecoponto para receber descarte de resíduos sólidos

Com novo ecoponto, já são 77 unidades em funcionamento em toda a cidade. Cada cidadão pode depositar gratuitamente 1 m³ por dia de resíduos como entulhos de obras, evitando descarte em pontos viciados

Os moradores de Guaianases, na zona leste, ganharam na manhã desta quinta-feira (4) o segundo ecoponto na região. Localizado na rua Passagem Funda, o Guaiaponto soma-se à unidade Jardim São Paulo, inaugurada em 2010, e tem como objetivo incentivar o descarte correto de resíduos e evitar o depósito em locais irregulares, os pontos viciados.

"É um investimento pequeno, mas que organiza a destinação de resíduo sólido na cidade. A gente sabe que tem muito ponto viciado na cidade. Às vezes, a população contrata um serviço, paga pelo recolhimento do entulho, mas ele não é credenciado e o lixo acaba sendo descartado em um ponto viciado. O ecoponto corrige esse tipo de distorção. A pessoa traz aqui e segue para a destinação final, sem enfeiar ou sujar a cidade", afirmou o prefeito Fernando Haddad durante a cerimônia de entrega do equipamento.

Com a inauguração, a cidade conta agora com 77 ecopontos em operação. Os ecopontos são locais de entrega voluntária de pequenos volumes de resíduos. O munícipe pode depositar gratuitamente até 1 m³ de resíduos por dia, o que equivale a uma caixa d’água de mil litros ou 25% de uma caçamba de entulho.

"É importante que a população não faça descartes de forma inadequada pela cidade e levem os resíduos para os ecopontos, pois assim eles terão uma destinação adequada.", disse Silvano Silvério, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Serviços.

No equipamento, o cidadão poderá descartar resíduos da construção civil, tais como pisos, azulejos, cimento, terra, telhas de cerâmicas e sem amianto, além de entulhos em geral. Também é possível depositar grandes objetos como móveis, poda de árvores e resíduos recicláveis como papel, papelão, plásticos, vidros e metais.

Não são permitidos resíduos orgânicos, materiais industriais como graxa e tinta, por exemplo, além de telhas de amianto, lâmpadas fluorescentes, resíduos hospitalares e eletroeletrônicos. Os ecopontos, além de aumentarem os espaços regulares para o descarte, também facilitam a reciclagem desses materiais.

"Quando o resíduo for reciclável, ele será encaminhado para uma cooperativa para fortalecer o trabalho dos catadores, gerando assim renda e trabalho. Essa é uma atividade que além de beneficiar o meio ambiente, dá qualidade de vida à população e ajuda as pessoas que precisam", disse o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro.

O secretário destacou ainda que o local pode também servir à comunidade como um local de convivência, já que junto ao ecoponto foi também construída uma pequena praça pública, que deve receber ainda mobiliário para a prática de exercícios físicos. A Prefeitura investiu R$ 150 mil na construção do equipamento.

O Programa de Metas 2013-2016 prevê a implantação de 84 ecopontos na cidade. Desde o início da gestão, foram implantados 20 ecopontos em todas as regiões. Segundo o presidente da Amlurb, a Prefeitura já possui projetos aprovados de outros 21 ecopontos.

As novas unidades inauguradas desde 2013 aumentaram em 21% o volume de resíduos coletados de forma correta. No ano passado a rede colheu 485,3 mil m³ de resíduos, enquanto entre janeiro e dezembro de 2012 foram 399 mil m³. Em 2011, a rede de Ecopontos recebeu 223,8 mil m³ ou 54% menos que em 2013.

Todos os ecopontos funcionam de segunda a sábado das 6h às 22h e aos domingos e feriados das 6h às 18h. Veja a lista aqui.

Outras medidas

A criação de novos ecopontos se soma a outras ações da Prefeitura de São Paulo para dar a destinação correta aos resíduos sólidos. Somente neste ano, foram inauguradas duas centrais de triagem automatizadas, uma em Santo Amaro, na zona sul, e outra no Bom Retiro, no centro. Com as duas centrais, a capacidade de reciclagem triplicou e chega a 7% dos resíduos gerados na cidade. Outras duas novas centrais serão construídas até o final da gestão e a coleta seletiva será ampliada ainda em 2014 para oito distritos.