Chuvas de Verão: veja o andamento das obras, ações informativas e limpezas

Obras de drenagem em córregos, intervenções em pontos de alagamentos, limpeza de bocas de lobo, sinalização e outras ações estão em andamento na cidade

A Prefeitura de São Paulo trabalha atualmente em várias frentes dentro da Operação Chuvas de Verão 2014 para minimizar os transtornos causados pelas precipitações. Além da intensificação das ações de zeladoria, como limpezas de bocas e também a revitalização semafórica, que compõem o eixo preventivo, obras de drenagem em córregos e intervenções em pontos de alagamentos recorrentes estão em andamento, como parte do eixo estrutural.

O plano inclui ainda ações no eixo informativo, como a instalação de sinalização nos pontos de alagamentos e enchentes para evitar problemas aos motoristas. Até o momento, 16 locais foram sinalizados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

No novo Portal da Prefeitura, o cidadão conta com informações sobre clima, possibilidade de chuva, umidade do ar, quedas de árvores e pontos de alagamentos em tempo real com mapa georreferenciado.

Obras em córregos e bacias

A Prefeitura iniciou as escavações para a ampliação da capacidade de escoamento das galerias do córrego Água Preta, obra que segue junto à ampliação das galerias do Córrego Sumaré, ambos na Zona Oeste da cidade. Iniciadas em julho de 2013, as obras têm prazo de execução de 33 meses. As intervenções tem investimentos de R$ 143 milhões, com recursos da Operação Urbana Água Branca. As obras têm como objetivo minimizar os alagamentos na região, principalmente, nas avenidas Francisco Matarazzo, Pompeia e Sumaré, na rua Turiassu e na praça Marrey Junior. 

No córrego Água Preta, que possui 3.300 metros de comprimento, a capacidade será estendida dos atuais 13 metros cúbicos por segundo para 62,5. No total, serão construídos 3.250 metros de galeria. A avaliação feita para determinar a cessão da galeria que leva a água desses córregos para o rio Tietê foi estabelecida a partir dos picos de chuvas dos últimos 100 anos.

Com 3.700 metros de extensão, o córrego Sumaré possui atualmente capacidade de vazão de 24 metros cúbicos por segundo, que será ampliada para 62,5 m³/seg. Para isso, será necessário um reforço de galeria de aproximadamente 2.570 metros.

Também estão em andamento as obras no Córrego Ponte Baixa, na região do M’ Boi Mirim, na Zona Sul. O primeiro trecho de cerca de 500 metros foi entregue em dezembro e, com a capacidade de escoamento multiplicada por quatro, já minimiza enchentes entre a avenida Guido Caloi e a rua Guilherme Valente. A canalização do córrego Ponte Baixa, desde o canal do Guarapiranga até a estrada M’ Boi Mirim, totalizará cerca de 3 quilômetros, beneficiando mais 550 mil pessoas da região. 

Além das três intervenções, somam-se ainda cerca de R$ 1,6 bilhão provenientes de recurso do Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que servirão para custear nove conjuntos de obras na área de drenagem, com a construção de 18 reservatórios, entre eles, cinco com capacidade de 600 mil m³ e oito para amortecimento de cheias.

Estão em andamento também, as canalizações dos córregos Paciência e Tremembé, na Zona Norte; Freitas, Capão Redondo, Uberaba, Paraguay, Éguas e Riacho do Ipiranga, na Zona Sul. A implantação de oito parques lineares está incluída no pacote. Na Zona Leste, a obra de drenagem na Bacia do Aricanduva também está em fase de execução para diminuir os riscos de alagamento na região.

Além das intervenções diretas nos córregos, a Prefeitura já entregou à população uma série de melhorias executadas na região, entre as quais a substituição de antigas calçadas por passeios drenantes - piso moderno que favorece a absorção das águas pluviais -, e a instalação de novas bocas de lobo.

Programa de Redução de Alagamentos

No total, 79 pontos com recorrência de alagamento, distribuídos em 21 subprefeituras, passarão por intervenções. Desses pontos, 40 já estão com obras implementadas, que podem ser acompanhadas no portal da Prefeitura e quatro concluídos. Outras 35 estão em fase de detalhamento de obra.
Os locais receberão restauração de margens, sistemas de galerias de águas pluviais e pavimentação. Duas obras em pontos de alagamentos frequentes como Itaim Paulista e Ermelino Matarazzo já foram entregues.
Mapa de Obras e Programa de Redução de Alagamentos

Monitoramento das áreas de risco

A Prefeitura realizou mais de cinco mil monitoramentos de áreas de risco em 2013 para a prevenção de deslizamentos. Foram 2673 vistorias e 2649 estacionamentos em locais de alagamento - quando viaturas da Defesa Civil estiveram de prontidão para orientar os cidadãos em locais de possível risco em decorrência das chuvas, como túneis, pontos vulneráveis e marginais.

Neste ano, entre 1º e 19 de fevereiro, já foram realizadas 1029 vistorias e 1021 estacionamentos. A cidade possui, de acordo com a Defesa Civil, 407 áreas de risco que podem submeter uma parcela significativa dos paulistanos a uma grave situação em decorrência dos períodos chuvosos.

A partir dessa constatação, no dia 21 de fevereiro de 2013 o prefeito Fernando Haddad decretou a padronização dos procedimentos a serem tomados pela Defesa Civil Municipal em relação às vistorias em casas localizadas nos morros, encostas e beiras de córregos das áreas de risco e os procedimentos de orientação aos motoristas em locais de possível alagamento.

Com o decreto 53.742, a Defesa Civil tem condições de monitorar as áreas que trazem riscos à população durante o período de chuvas principalmente por causa dos deslizamentos.

Limpeza

Em 2013, a Prefeitura realizou a limpeza de 1.195.175 bocas de lobo, 1.540.807 ramais e galerias, além de reformar 232.508 metros de guias, sarjetas e sarjetões. Nas áreas de contenção e corrente de água, 2.586 metros de córregos passaram por limpeza e 157.334 m³ foram retirados de piscinões.
O sistema de microdrenagem está relacionado à limpeza de córregos, rios e piscinões, bocas de lobo, ramais e galerias, reformas de guias, sarjetas e troca de tampa.

Podas e remoções de árvores

A Prefeitura também removeu 1.811 árvores em janeiro de 2014 e realizou 6.398 podas no mesmo período.

Recuperação dos semáforos

Até 31 de janeiro deste ano, 2.183 cruzamentos semafóricos foram revitalizados e 592 receberam dispositivo no breaks. Até 2016, a previsão é de que a recuperação da rede semafórica alcance 4,8 mil cruzamentos, dos quais 1.400 terão no breaks instalados, o que possibilitará o funcionamento mesmo sob queda de energia elétrica.

Do total de cruzamentos semafóricos revitalizados, apenas 9% apresentaram algum problema de agosto de 2013 até o momento. Dos cruzamentos não revitalizados, no entanto, constatou-se que 52% apresentaram falhas no mesmo período.

O plano ainda prevê a criação da Central de Manutenção Semafórica, com investimento de R$ 2,5 milhões, que conseguirá monitorar 24 horas por dia a situação dos semáforos para ajudar na fluidez do trânsito e na agilidade na volta para casa do paulistano.

Faixas e placas informativas

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mapeou locais com maior possibilidade de alagamentos na cidade. Todos esses cruzamentos receberam placas educativas de trânsito informando que aquela região está sujeita a alagamentos. As placas confeccionadas trazem as seguintes informações: “Área sujeita a alagamento” e “Proibido Estacionar – Sujeito a Alagamento”. Os locais também estão sinalizados com faixas de pano e banners. O objetivo é advertir previamente os motoristas sobre a possibilidade de alagamentos.

Informações em tempo real

Além das faixas instaladas, uma equipe de plantão formada pelos órgãos competentes está preparada para manter o cidadão bem informado sobre as ocorrências na cidade. O painel sobre a foto principal do novo portal da Prefeitura traz as informações que o munícipe precisa para se deslocar pela capital: clima, trânsito, qualidade do ar e placas de rodízio, em tempo real.

Em caso de a cidade entrar em estado de atenção, alerta ou alerta máximo, o painel fornece informações complementares como árvores caídas, semáforos em manutenção, pontos de alagamento e alterações no transporte público. É possível acompanhar também o twitter @saopaulo_agora com as últimas ocorrências pelas ruas e avenidas da cidade.

O mapa de Serviços apresenta a localização dos equipamentos públicos de São Paulo em várias áreas, como saúde, educação e transportes. Durante a vigência da Operação Chuvas de Verão, ele mostra também as últimas ocorrências como queda de árvores, pontos de alagamento, semáforos em manutenção, além das obras de contenção de enchentes, facilitando a volta para casa do paulistano.

Previsão do tempo

Para ter eficiência nas previsões, o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) conta atualmente com 26 estações meteorológicas que oferecem maior precisão para o acionamento de ações emergenciais. Esses aparelhos também permiem a criação de um histórico de ocorrências fundamental par ao planejamento de obras pela Prefeitura. A partir das informações captadas pelas estações meteorológicas, pelos medidores de rio e pelo radar, o CGE distribui as previsões e possíveis alertas aos órgãos competentes envolvidos na Operação Chuvas de Verão. Com esse fluxo, a Prefeitura consegue garantir ações eficazes para minimizar os efeitos das chuvas na vida da população.

CET na operação

A CET realiza anualmente operação especial de emergência nas situações de enchentes ou alagamentos, ativada com base nos estados de criticidade decretados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

A partir da implantação do Estado de Atenção, os agentes de trânsito são deslocados para pontos estratégicos do sistema viário, para observar o nível dos rios e locais com possibilidade de alagamento. Se necessário, podem ser efetuados bloqueios de vias utilizando materiais de canalização previamente distribuídos em campo.

O objetivo principal da Operação Chuvas de Verão da CET é adotar ações preventivas para evitar que os veículos adentrem em vias alagadas, oferecendo-lhes alternativas para circulação e, assim, garantir a mobilidade de pessoas e bens com segurança.

A atuação dos marronzinhos não se limita à operacionalização de bloqueios. Para organizar e orientar o fluxo de veículos, proporcionado condições de circulação com segurança a motoristas, passageiros e pedestres, eles podem, além de interditar uma via ou cruzamento que esteja sob a iminência de alagar, planejar e indicar desvios ou rotas alternativas, prestar socorro a veículos quebrados, remover interferências viárias e fazer a operação manual dos semáforos apagados por falta de energia. Recursos materiais como cavaletes, bombas d'água e guinchos estão sempre posicionados para dar apoio à operação nesses momentos.