Entenda um pouco do funcionamento do Piscinão da Pedreira e como evitar as enchentes em nosso bairro

Os córregos Guaratiba, Itaquera-Mirim e Itaquera / Itaqueruna formam uma microbacia de drenagem que deságua no Rio Tietê em São Miguel Paulista e milhares de pessoas em Guaianases, São Miguel Paulista e Itaim Paulista são beneficiadas pelo funcionamento desta obra

O Piscinão da Pedreira aqui em Guaianases é um imenso reservatório, resultado do reaproveitamento de uma cava abandonada. Esta cava nada mais é do que um imenso buraco no chão, que surgiu porque tiraram as rochas que estavam naquele local para aproveitá-las como brita na construção civil. Com a implantação dos anexos do reservatório, conseguiu-se a infraestrutura suficiente para a retenção da água do Ribeirão Guaratiba. Os anexos são: o canal, o extravazador, a barreira, a tubulação e a bomba.

Assim, quando chove muito, as águas do Ribeirão Guaratiba encontram a barreira e somente a quantidade de água que passa na tubulação consegue seguir em frente, o excesso de água que sobra entra no piscinão (ou reservatório) através do canal. A água vai se acumulando no reservatório até a chuva passar.

Se chover muito além da conta, a água sai pelo extravazador, que é parecido com o que se chama “ladrão” da caixa d´água que temos em casa, que começa a vazar quando a caixa enche muito. Mas se chover dentro do normal, toda esta água acumulada só sai de dentro do piscinão somente se for bombeada para o córrego e não tiver perigo de enchente.

É preciso saber que o Piscinão da Pedreira não tem o que se chama de comportas. Ninguém abre ou fecha comportas para impedir ou facilitar a passagem da água. A água do córrego entra naturalmente pelo canal, sem a ajuda de ninguém, mas para sair do piscinão precisa que alguém ligue a bomba, e isso só acontece quando para de chover e o nível do córrego está baixo.

Os córregos Guaratiba, Itaquera-Mirim e Itaquera / Itaqueruna formam uma microbacia de drenagem que deságua no Rio Tietê em São Miguel Paulista e milhares de pessoas em Guaianases, São Miguel Paulista e Itaim Paulista são beneficiadas pelo funcionamento desta obra, tanto os efetivamente moradores ao longo destes córregos, quanto os transeuntes, que dependem das ruas e calçadas liberadas para o trânsito de carros e pedestres.

Quando olhavam para o céu e sabiam que iria chover, os moradores destas áreas de risco de inundação podiam ter a certeza de que suas casas sofreriam muito com a enchente, especialmente no Parque Central, no Conjunto Pinheirinho, no Jardim Aurora e na região Central, onde o nível da água atingia até 2 metros de altura dentro das moradias. Hoje em dia, somente chuvas muito fortes e contínuas, raras para a região, podem ocasionar algum evento em pontos isolados, mas sem a intensidade dos fenômenos que ocorriam no passado.

Tão importante quanto termos o Piscinão da Pedreira é mantermos os córregos limpos. O lixo entope as tubulações dos pontos onde os córregos estão canalizados, onde há uma rua passando por cima, e com esta tubulação entupida a água não tem como passar, daí volta e enche o rio e pode encher também as casas e as ruas da cidade. Então, córrego tem de ficar limpo, sem nenhum tipo de lixo ou entulho.

Córrego tem de ter somente água.