O subprefeito da Capela do Socorro realizou nesta quarta-feira à noite (25/04) uma reunião com quase 2 mil pessoas para explicar as ações da Operação Defesa das Águas, que vem agindo com rigor na questão do adensamento de moradias na região dos mananciais das represas Billings e Guarapiranga.

 

O evento, que aconteceu no CEU Navegantes na região do Cantinho do Céu no Grajaú, teve uma audiência muito superior à melhores expectativas dos organizadores, sendo necessária a instalação de caixas de som na rua e nas áreas externas ao teatro que tem capacidade para apenas quatrocentos e cinqüenta pessoas, estima-se que pelo menos mil e quinhentas tiveram que ocupar lugares nas salas laterais do teatro e também no pátio e na rua em frente à unidade educacional.

 

O subprefeito teve que se revezar entre a área interna e externa do teatro para poder levar a informação a toda o público presente e também responder a mais de 300 perguntas elaboradas pela população e lideranças comunitárias.

 

A reunião iniciou de forma tensa, pois muitos boatos desencontrados estavam circulando entre a população, que acreditava que iriam ser retirados sumariamente de suas casas em ações fiscalizatórias e policiais.

 

O subprefeito esclareceu todas as dúvidas da população e tranqüilizou os moradores sobre as ações da Prefeitura e do Governo do Estado na região e convocou todos para denunciar ações contra o meio ambiente e principalmente sobre o novos loteamentos, venda terrenos e início de construções irregulares. O Subprefeito lembrou ainda que a intenção da prefeitura é a de levar melhorias para os bairros da região, mas que isto está diretamente ligado ao fato de que não pode haver mais nenhum crescimento habitacional.

 

A grande questão levantada pela população foi sobre as faixas de áreas de proteção permanente (APPs) e como as ações afetariam as famílias que já residem nestes locais, o subprefeito deixou claro que estas áreas serão alvo de ações futuras e que não são de curto prazo, pois envolvem um número muito grande famílias que cada caso será estudado levando-se uma série de fatores em consideração e que tanto a Secretaria Municipal de Habitação quanto a Estadual já estudam soluções viáveis para o atendimento destas famílias, que só Capela do Socorro estima-se que sejam perto de 3 mil vivendo em APP.