Com alta adesão de motociclistas, Faixa Azul da Av. dos Bandeirantes completa 1 ano sem registro de mortes

Sinalização, que também está em funcionamento nas avenidas 23 de Maio e Prestes Maia, é uma das apostas da gestão municipal para aumentar a segurança e proporcionar agilidade nos deslocamentos

Com alta taxa de adesão por parte dos motociclistas, o projeto-piloto da Faixa Azul da Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul, completa um ano sem registro de morte. A sinalização, com 17 km de extensão no total (8,5 km por sentido), foi implantada pela Prefeitura desde a Marginal Pinheiros até o início do Viaduto Mininistro Aliomar Baleeiro no dia 6 de outubro de 2022.

A média de uso das motos na Faixa Azul no eixo Bandeirantes/Afonso D. Taunay é de 91%, com 37.120 motos utilizando a estrutura em média por dia. Fora da Faixa Azul, são 2.880 motos na média diária.

Os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), responsável por implantar o projeto-piloto que atualmente também funciona nas avenidas 23 de Maio e Prestes Maia, comprovam a eficiência da Faixa Azul: até o dia 3 de outubro de 2023, não houve morte nos 119 sinistros registrados na Faixa Azul do corredor da Bandeirantes e Afonso Taunay; 64 tiveram vítimas, e deixaram 67 feridos.

Com resultados positivos onde já foi implantada, a Faixa Azul é uma das apostas da gestão municipal para aumentar a segurança dos motociclistas, ao mesmo tempo em que garante a agilidade necessária para os deslocamentos.

Diante do sucesso da iniciativa, no dia 28 de setembro a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) autorizou a Prefeitura a ampliar o projeto-piloto da Faixa Azul na cidade para mais 71 km de faixas azuis. O primeiro trecho dessa nova etapa foi iniciado logo nas primeiras horas do dia seguinte em um trecho de aproximadamente 2 km no eixo Prestes Maia/Tiradentes.

Por não estar prevista no Código Nacional de Trânsito (CTB), a nova proposta de sinalização precisou do aval da Senatran para ser implantada de maneira experimental, para que avaliações sobre o desempenho pudessem ser realizadas e acompanhadas pelo órgão federal.


Taxa de severidade

A análise da eficácia da Faixa Azul leva em conta as características da via, os volumes de motocicletas circulando dentro e fora do espaço da faixa, a tipologia dos acidentes e o fato de as ocorrências terem gerado danos materiais ou pessoas feridas.

Assim, ao invés de números absolutos, é calculada a Taxa de Severidade pela qual se atribuem pesos aos acidentes, pela sua importância. Nesse índice, o sinistro com danos materiais é o menos importante. Já aquele que resulta em óbito é o mais importante. Além da gravidade, os pesos estão relacionados ao volume de veículos e à extensão da via analisada. Por essa metodologia, quanto menor é a Taxa de Severidade, mais segura é a via.

Considerando esse conceito, a Taxa de Severidade na Faixa Azul das avenidas dos Bandeirantes e Afonso D’Escragnolle Taunay é de 1,53 UPS/Milhão de Motos/Km. Fora dela, a taxa sobe para 11,76 UPS/Milhão de Motos/Km. O que significa que, para quem pilota, circular na Faixa Azul é mais seguro do que trafegar fora dela.

Adesão majoritária

  • A média de uso das motos na Faixa Azul existente no eixo Bandeirantes/Afonso D. Taunay é 91%.
  • Volume Diário Médio de Motos dentro da Faixa Azul: 37.120 motos;
  • Volume Diário Médio de Motos Fora da Faixa Azul: 2.880 motos.

Contexto macro

  • Circulam atualmente pelo viário paulistano 1,3 milhão de motos. Apesar de as motocicletas representarem 15% de toda a frota da cidade, elas estão presentes em 40% dos sinistros de trânsito.

A motocicleta vem ganhando destaque na última década, principalmente a partir do início da pandemia, quando o serviço de entregas se tornou essencial e, por consequência, o número de motos trafegando pelas vias subiu.Voltado à segurança viária, o projeto-piloto da Faixa Azul foi desenvolvido por técnicos da CET, com aval da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).