Segundo dados preliminares do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou 67 mil casos novos de tuberculose diagnosticados em 2015. “O Brasil é responsável por um terço dos casos de tuberculose nas Américas. No contexto da luta global, temos uma responsabilidade na eliminação da epidemia na região”, afirmou para EL PAÍS, Denise Arakaki, Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Brasil em 2018.
No final de 2017, a Unidade de Vigilância em Saúde Butantã (UVIS), Coordenadoria Regional de Saúde Oeste (CRESO) e a Secretária Municipal da Saúde (SMS), promoveram o Encontro Regional de Tuberculose da Supervisão de Vigilância em Saúde Butantã - Apresentação do Plano de Metas e Premiação das Unidades Básicas de Saúde.
A finalidade do evento foi mostrar o Planejamento do Município de São Paulo, discutido pelas Unidades Básicas de Saúde em alinhamento com a Supervisão Técnica e a SUVIS Butantã, tendo como horizonte a proposta da Organização Mundial da Saúde - OMS - de chegar ao ano 2035 tendo erradicado a Tuberculose.
Na ocasião, o Prefeito Regional, Paulo Vitor Sapienza, fez a abertura do evento, enfatizando a importância do funcionário público da saúde, seus sacrifícios e sua dedicação. Alguns equipamentos de saúde do Butantã e seus representantes foram premiados, como reconhecimento a seus desempenhos.
A doença, que é contagiosa, ataca principalmente os pulmões e, na quase totalidade dos casos tem cura, desde que realizado o tratamento corretamente. A Tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa, pelo ar quando o doente fala tosse ou espirra e através das gotas de saliva. Apenas pessoas com Tuberculose pulmonar que podem transmitir a doença. Vale ressaltar que, a doença não é transmitida com o compartilhamento de roupas, lençóis, copos e outros objetos.
Os principais sintomas da doença são: tosse(com catarro ou sem), febre baixa, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço, dor no peito, em alguns casos: hemoptise( sangramento das vias respiratórias).
As outras formas de transmissão da Tuberculose (fora do pulmão/ extra pulmonares) podem ocasionar fraqueza, emagrecimento, febre e sintomas conforme o órgão atingido.
O diagnóstico e tratamento são realizados em todas as unidades básicas de saúde, de forma gratuita. O tratamento tem a duração de no mínimo seis meses, com a tomada dos medicamentos diariamente. Alguns casos, o tratamento pode ser estendido, mas vai depender da avaliação clínica e os resultados dos exames laboratoriais.
Tratamento Diferenciado Observado/ TDO
O Tratamento Diferenciado Observado da Tuberculose que é de extrema importância para o paciente, pois permite uma adesão adequada no tratamento da doença. O paciente é orientado de uma forma clara sobre o tratamento, como é a sua avaliação e a duração do tratamento e também evita o abandono do tratamento.
Nas primeiras semanas do tratamento, o paciente pode observar umas melhora dos sintomas, mas não significa que a pessoa esteja curada. Para ficar curado é preciso terminar o tratamento. A falta de adesão ou abandono do tratamento pode causar resistência dos bacilos ao tratamento, o que prejudica o quadro clínico e estender o tratamento para um maior tempo (pode ir de 18 a 24 meses).