Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência realiza amistoso pela causa do Transtorno do Espectro do Autismo

Ação contou com a presença de ex-jogadores de futebol dos quatro grandes clubes paulistas e transmissão pelo Youtube

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), em parceria com os Autistas Alvinegros, Autistas Alviverdes e Sou Tricolor Autista, realizou no último sábado, 06 de maio, no Centro Paralímpico Brasileiro, o amistoso “Team TEA’’.

A ação, que teve o objetivo de fomentar a cultura de paz e o respeito nos estádios, além de dar visibilidade à causa do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), reuniu em campo pessoas com deficiência e seus familiares, bem como ex-jogadores de futebol que passaram pelos quatro grandes clubes de São Paulo.

O evento contou com o apoio da Federação Paulista de Futebol, que disponibilizou bolas e arbitragem, além de outros parceiros.

O prefeito Ricardo Nunes marcou presença no Team TEA dando o pontapé inicial da partida ao lado da secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco.

Diversas autoridades estiveram presentes como a secretária adjunta da SMPED, Dika Vidal; a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Marly dos Santos; o secretário municipal de Esportes e Lazer, Cacá Vianna; o subprefeito do Jabaquara, Roberto Bonilha; o subprefeito do Ipiranga, Adnilson José de Almeida; o presidente da SPTuris, Gustavo Pires; o diretor executivo da Federação Paulista de Futebol, Rodrigo Miguel Trentin; o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado e o secretário estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Marcos da Costa.

Com o lema, ‘Várias Torcidas, um Só Time. Pela Cultura de Paz’, a partida também reuniu convidados, que preencheram a arquibancada, entre estes torcedores de pessoas com TEA.

Para compor os times, o amistoso teve a presença de Amaral (ex-Palmeiras e Corinthians), Zé Roberto (ex-Palmeiras e Santos), Dodô (ex-Santos e São Paulo), Fábio Luciano (ex-Corinthians e Flamengo) e dos jogadores do clube de amputados do Corinthians Mogi, Rogerinho R9 e Kleyton Martins. Completando as equipes, tivemos pessoas com autismo e seus familiares.

O primeiro tempo foi dominado pelo Time Azul, a equipe fez a rede balançar três vezes com dois gols de Zé Roberto e um de Kleyton. Já no segundo tempo, o Time Branco se recuperou. Fábio Luciano marcou o primeiro e em seguida Dodô ampliou o placar com mais três. Logo no final, Amaral, do Time Azul, empatou fazendo com que o jogo terminasse em 4 a 4.

O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do Youtube da Secretaria, @smpedsp, com a narração do locutor esportivo Nílson César Júnior e seu colega Caio Rossini.

Autistas Alvinegros, Sou Tricolor Autista e Autistas Alviverdes
Criado em abril de 2022 por Rafael Lopes com a ajuda de Juliana Prado, ambos diagnosticados na fase adulta com TEA, os Autistas Alvinegros é o primeiro movimento de inclusão social nos estádios de futebol do Brasil. Sob o lema “Respeito, Empatia e Inclusão’’, eles encontraram, através do futebol e do Corinthians, uma forma de promover a conscientização em todos os âmbitos sociais. O maior orgulho do movimento é a faixa, estendida na arquibancada leste inferior da Neo Química Arena, que estampa a frase “Autistas Alvinegros’’ entre o escudo do clube e a fita de quebra-cabeça. No instagram, o movimento conta com quase 30 mil seguidores.

Em agosto do mesmo ano, o engenheiro Michael Barbosa, casado com Rosângela Barbosa e pai de João Pedro, um menino de 5 anos que está no espectro, estava assistindo a uma partida entre Corinthians e Flamengo quando viu a faixa dos Autistas Alvinegros na televisão. Michael procurou por uma torcida inclusiva do seu time, o São Paulo, e não encontrou. Então, ele teve a ideia de fundar a Sou Tricolor Autista.
Michael e Rosângela logo receberam o apoio da Juliana Prado e do Rafael Lopes (Autistas Alvinegros). Desde então, eles estão unidos levando para a sociedade informações e conscientização sobre o Transtorno do Espectro do Autismo.

Já no mês seguinte, nasceram os Autistas Alviverdes — que também tiveram como fonte de inspiração o movimento de inclusão social do Timão. A torcida, que possui o objetivo de promover inclusão e acessibilidade no futebol, dentro e fora de campo, não nasceu em São Paulo e sim em Maringá, no Paraná. Ela foi idealizada pela auxiliar de biblioteca e estudante de História Mariana Garcia, de 25 anos, que é palmeirense por influência do pai e foi diagnosticada com TEA aos 17 anos. O número de seguidores da sua página oficial no Instagram quase triplicou após divulgação do ilustre torcedor palestrino Nickollas Grecco, filho da secretária municipal da Pessoa com Deficiência da cidade de São Paulo, Silvia Grecco, eleita pela Fifa em 2019 como a maior torcedora do mundo por narrar os jogos do Palmeiras para Nickollas. Posteriormente, Mariana conheceu o tatuador e microempresário Guilherme Sales, pai do Noah de 5 anos que possui autismo. O tatuador, que se diz palmeirense desde quando se entende como gente, também ajudou a propagar a torcida em São Paulo.

Confira as fotos do Tem TEA: photos.app.goo.gl/u8zhZXVwQfQuCWWX6
Créditos: Fábio Nunes