Diferentemente de outras praças da cidade, esta foi projetada especialmente para homenagear e relembrar as vítimas do acidente do voo JJ3054, ocorrido em 2007.

Na ocasião, o avião em que viajavam 199 pessoas não conseguiu pousar, indo chocar-se com o prédio da TAM Express do outro lado da pista de pouso do aeroporto de Congonhas.

Logo após o acidente, a Prefeitura de São Paulo decidiu que no local deveria ser construída uma praça, mas os terrenos pertenciam a particulares, o que exigiu desapropriações. A TAM, proprietária do lote onde o avião caiu, doou o terreno à Prefeitura.

Com a remoção dos escombros e limpeza do local, foi “descoberta” uma árvore, uma amoreira, que conseguiu sobreviver ao impacto, ao incêndio e à explosão que seguiu à queda do avião.

Seriamente afetada, a árvore ainda tinha chances de recuperação. A SPObras, órgão responsável pelo obra, contratou biólogos e especialistas para avaliarem e recuperarem a amoreira.

Árvore resistente transformou-se em símbolo de sobrevivência e homenagem às vítimas, mas ainda apresenta suas cicatrizes em meio ao verde de suas folhas que estão voltando aos poucos. Este ano, depois dos tratamentos foi o primeiro ano que a amoreira deu frutos.

O arquiteto Marcos Cartum, responsável pelo projeto da praça, colocou a amoreira no centro de um círculo, cercada por gramíneas. Ao seu redor, um espelho d’água que simboliza a vida. Na mureta desse espelho d’água serão gravados, em baixo relevo, os nomes de todas as pessoas que perderam a vida no acidente.

No piso da praça foram colocadas 199 luzes de led que também relembram as vítimas da tragédia e são um alerta para os aviões que pousam e decolam em Congonhas.

Para iluminar a praça de forma especial, foram colocados 25 postes, desenhados especialmente para o local, com três focos de luz cada um. As luzes estão dispostas de tal forma que fazem um círculo de 360º.

Um muro de arrimo que cerca toda a praça têm plantas típicas que brotam no meio de suas pedras, uma forma de celebrar a vida que renasce.

Os brinquedos instalados no playground também foram especialmente desenhados pelo arquiteto Marcos Cartum e têm por finalidade integrar as crianças que vivem e frequentam a região à nova praça.

    

A SPObras deu início, em dezembro de 2011, aos trabalhos de preparação do terreno para a obra da Praça Memorial 17 de Julho.

A criação da praça é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e decorre do compromisso assumido pela Prefeitura em construir um Memorial em homenagem às 199 vítimas do acidente.

Com 8.318 metros quadrados, o investimento da Prefeitura de São Paulo para a construção do local foi de R$ 3,6 milhões.