SPObras realiza encontro sobre mobilidade urbana com especialista francês

A SPObras, conjuntamente com o IVM - Institut pour le Ville em Mouvement, realizou encontro com Alfred Peter, renomado especialista francês em mobilidade urbana. Especialista em programas de mobilidade e desenho da paisagem urbana, Peter tem em seu currículo importantes projetos desenvolvidos para as cidades de Estrasburgo, Dijon, Marselha e Toulouse.

Formado pela Ecole Nationale Supérieure du Paysage de Versailles, Peter veio ao Brasil a convite do Consulado Francês para ministrar uma série de palestras na Universidade Mackenzie, sobre paisagem urbana e mobilidade. E foi na universidade que Alfred Peter entrou em contato com o Programa de Mobilidade e de micro acessibilidade desenvolvido por SPObras em parceria com o IVM e o Mackenzie.

Desde 2015, a SPObras e o Institut pour le Ville en Mouvement desenvolvem estudos para projetos de micro acessibilidade que serão implementados nas obras dos corredores de ônibus da zona sul, mais precisamente nas avenidas Carlos Caldeira Filho e M´Boi Mirim – Cachoeirinha, na região do Jardim Ângela e Jardim Nakamura.
 

Além do especiliasta francês Alfred Peter, o encontro contou também com técnicos de SPObras, do IVM e da Universidade Mackenzie

 

Um termo técnico de cooperação está sendo desenvolvido entre a SPObras e o IVM para a elaboração do Programa de Micro acessibilidade para os novos corredores de ônibus Carlos Caldeira Filho e M’Boi Mirim-Cachoeirinha. A Universidade Presbiteriana Mackenzie é parceira da SPObras e do IVM neste projeto.

No dia 28 de janeiro, técnicos de SPObras e do IVM acompanharam Alfred Peter à região do Jd..Ângela e Jd. Nakamura para uma vistoria no território onde serão desenvolvidos tais projetos.

O Programa de micro acessibilidade consiste na elaboração de propostas que irão adequar o entorno de lugares densamente ocupados que apresentam inúmeros obstáculos, seja de ordem natural, seja urbana, que não permitem acesso dos moradores aos meios de transporte público ou que crie dificuldades físicas quase instransponíveis a essas pessoas.
 

Arquiteta Ana Paula Lepori, de SPObras, fez a apresentação sobre o Programa de Mobilidade 

 

O desafio do Programa de micro acessibilidade é identificar os caminhos mais usados por esses moradores para irem de casa para o trabalho, para a escola, para o lazer, para o comércio em geral, integrando a vida do bairro e da região aos os meios de transporte.

“Esse programa é de suma importância porque vai identificar os desafios impostos aos moradores e, especialmente, os caminhos mais usados por eles para acessar esses lugares. E esse é um trabalho de importância fundamental para que os corredores, dada sua escala e velocidade. Não podemos permitir que os novos corredores não ‘conversem’ com seu entorno, ou seja, não se agreguem. Não podemos fazer uma nova ‘cicatriz’ que divide a cidade e a população, uma parte ficando de um lado e outra parte ficando de outro lado, separadas, isoladas. Tudo tem de interagir, de ser fácil para quem quiser acessar todos os locais do bairro”, pontua Ana Paula Lepori, arquiteta e especialista em urbanismo que presta serviços para a São Paulo Obras e encabeça o projeto de micro acessibilidade.

Lepori apresentou a Alfred Peter todo o Programa de Mobilidade Urbana que está em andamento hoje na Prefeitura de São Paulo. Foram explicados os contextos socioeconômicos e ambientais dos corredores de ônibus, assim como as reflexões já elaboradas, em reuniões anteriores, sobre os principais pontos de encontro de cada empreendimento com o entorno imediato.

Com os especialistas da SPObras, depois de conhecer o Programa de micro acessibilidade dos corredores, Alfred Peter visitou vários locais da capital paulista e verificou as “barreiras” que foram construídas como as Marginais Pinheiros e Tietê, que hostilizam as pessoas em função dos carros, dificultam os pequenos trajetos por dentro dos bairros, impedem acessos e dividem os bairros ao meio.

De acordo com Alfred Peter, “a complexa região do Jardim Ângela e Jardim Nakamura é desafiadora para quem trabalha com mobilidade, porque encontramos inúmeros obstáculos naturais. Os bairros foram construídos sobre morros, então o acesso aos corredores tem de ser feito por escadas ou escadões, o que é difícil para a população. Permitir que a população ande com conforto e segurança, que acesse o bairro todo e os corredores que oferecem transporte público, é um desafio e tanto”.

O especialista francês disse também que ainda é possível aprimorar os atuais projetos dos corredores Carlos Caldeira Filho e M’Boi Mirim-Cachoeirinha, aumentando as áreas permeáveis sem modificações na parte estrutural e sem prejuízos em relação a mobilidade.

projetos de micro acessibilidade objetivam fazer com que os corredores de ônibus também se transformem num ponto de convergência e fluidez nos deslocamentos. Os resultados desta experiência formarão a base conceitual e prática de soluções que deverão ser utilizadas em outros projetos de mobilidade.

Veja abaixo algumas fotos da visita ao Jardim Ângela e Jardim Nakamura:


 

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Assessoria de Comunicação de SPObras

SP - 15/02/2016