Com cinco frentes de trabalho, as obras da Operação Urbana Água Branca avançam na região Oeste

Em algumas áreas das intervenções, medidas de segurança estão sendo tomadas para assegurar a estabilidade do solo

As obras para implantação de galerias dos córregos Água Preta e Sumaré vão acabar definitivamente com as enchentes na região de Perdizes, Barra Funda e Água Branca.

O transtorno que a população sofre com as enchentes, um fenômeno cíclico que assola aquela área, está com os dias contados. Com cinco frentes de trabalho que atuam na construção das galerias para os dois córregos, as obras se desenvolvem em ritmo acelerado e seguem o cronograma estabelecido, sem atrasos.

As galerias foram projetadas para receber as chuvas dos próximos 100 anos, com aumento de capacidade de vazão que passará de 11 m³ para 73,5 m³ de água por segundo (Água Preta) e de 15,3 m³ para 65,3 m³ por segundo (Sumaré).

As cinco frentes de trabalho estão na Av. Antártica com a Rua Padre Antonio Tomás; na Praça Conde Francisco Matarazzo Jr. com a Rua Padre Antonio Tomás; dois pontos na Rua Nicolas Boer, sendo um deles no terreno da CET; e uma outra equipe trabalha próxima à Marginal Tietê, onde dois poços de serviços finalizarão a rede paralela que desaguará no rio.

Na Rua Padre Antonio Tomás, onde dois poços estão instalados em suas extremidades, já foi feita a instalação de pinos de recalque nas residências e prédios. Os pinos de recalque são peças de ferro introduzidas no maciço para reforçar e estabilizar o terreno. Essa medida foi necessária como forma de dar segurança às residências.

Cada casa receberá, pelo menos, três pinos e, os prédios, até cinco. “Assim que as escavações começarem, será feita uma leitura diária, para avaliar qualquer possibilidade de deslocamento do terreno ou problema estrutural”, explicou o engenheiro Chen Cheng Tung, da SPObras.

Caso alguma alteração seja verificada no terreno durante as leituras, a obra será paralisada, para ser reforçada com reenfilagens (buracos abertos no solo) e receber injeção de calda de cimento para estabilização do solo. Os pinos também foram instalados na área da CET e no barracão da Escola de Samba Mancha Verde, onde também há frentes da obra.

Na segunda-feira, 16, o poço de serviço da Rua Padre Antonio Tomás com a Praça Conde Francisco Matarazzo Jr. começou a receber o jet grounting, um jato de cimento operado com alta pressão, que forma uma coluna com cerca de oito metros de profundidade na posição horizontal, garantindo estabilidade na abertura dos túneis. “Depois, seguiremos com a abertura do túnel saindo deste poço em dois sentidos, tanto para a Av. Antártica, onde se encontrará com o outro poço de serviço, quanto para a Av. Francisco Matarazzo, quando atravessará sob a linha da CPTM e seguirá pelo túnel até encontrar a galeria a céu aberto”, explicou o engenheiro.

Na Av. Antártica, a galeria se conectará ao poço de serviços que ainda se encontra em fase inicial, pois foram encontradas muitas interferências no subsolo como da rede Comgás, cabos de TV, ligações da Sabesp e rede de esgoto. “Estamos aguardando o remanejamento dos encanamentos para seguir com a escavação”, explicou Cheng.

Próximo à Marginal Tietê, os túneis já receberam o jet grounting e um deles, do córrego Água Preta, teve iniciada a escavação do túnel que seguirá até o rio Tietê. Já na Rua Nicolas Boer, próximo à Av. Marquês de São Vicente, está sendo feita a cravação de perfis.

Com gerenciamento e fiscalização da SPObras, o projeto prevê a implantação de galerias de captação de águas pluviais complementares nas bacias dos córregos Água Preta e Sumaré. O reforço de galeria do córrego Sumaré terá 2.6 km de extensão; o reforço de galeria do córrego Água Preta terá aproximadamente 3.3 km de extensão.

Operários trabalhando no poço instalado na Avenida Antártica

 

Vista interna do poço instalado nas proximidades da Marginal Tietê

 

Vista externa do poço instalado na Praça Conde Francisco Matarazzo Jr.

Assessoria de Comunicação
27/06/2014 - SPOBRAS