Vidros usados nos novos abrigos de ônibus são de alta performance

Material é o que há de mais moderno em segurança e tecnologia, além de deixar a cidade mais bonita, como atestam especialistas

Quando os novos abrigos de ônibus começaram a ser instalados na cidade, muita gente duvidou que permaneceriam em pé. Achavam que sofreriam depredação constante.

Não foi o que ocorreu. Desde março, São Paulo ganhou um ar mais cosmopolita, mais moderno e clean com a instalação dos novos abrigos de ônibus.

Produzidos com vidro laminado, resistente, tem o objetivo não só oferecer abrigo aos passageiros que aguardam a chegada dos ônibus, mas também de oferecer conforto, segurança e beleza.

Foram projetados três modelos de abrigos especialmente para cidade de São Paulo, pelo arquiteto Guto Índio da Costa.

Os modelos são: Caos Estruturado, Brutalista e Minimalista.

O modelo Caos Estruturado foi inspirado na irregularidade, contemporaneidade e heterogeneidade da cidade. Por isso, seus pilares verticais são assimétricos.

Já os abrigos da família Brutalista foram inspirados nas grandes avenidas, pontes e viadutos que cortam a cidade, e utilizam como material principal o concreto de alta performance.

Para as áreas onde os destaques são os patrimônios históricos paulistanos, foi desenvolvido um tipo chamado Minimalista com Ginga.

Mas abrigos de ônibus que usam vidro não é uma novidade. Grandes e importantes centros urbanos como Nova York, Chicago, São Francisco, Toronto e Canadá utilizam o material há anos. Aqui no Brasil, Rio de Janeiro e Salvador também têm abrigos de ônibus em vidro.

Os abrigos de ônibus da capital paulista são feitos com vidro laminado.

Esse vidro é altamente resistente. É um vidro de segurança composto de dois ou mais vidros unidos pela interposição de uma ou mais lâminas de etil, vinil e acetato (EVA). A composição tem perfeita aderência devido ao “sanduíche” formado pelo vidro e o EVA, que é obtido mediante um tratamento térmico, pressão e vácuo. Em caso de ruptura do vidro numa instalação convencional, os fragmentos permanecem presos à película de EVA. Isso significa maior segurança às pessoas que se encontram diante ou embaixo do vidro. O EVA impede a entrada de qualquer resíduo através do mesmo. Por essas qualidades, o vidro laminado é um vidro de segurança conforme as normas UNE 12543 e ABNT/CB37 NBR 14697.

Em caso de impacto forte, tende a permanecer íntegro em sua moldura, não estilhaça, não produz ferimentos e não causa prejuízos ao ambiente.

Já o vidro temperado, que também é usado nos abrigos, é chamado também vidro sodocálcico. Durante sua produção, esse vidro passa por um processo de temperatura especial, recebendo fortes jatos de ar direcionados em toda sua superfície. A vantagem é que o produto fica mecanicamente mais resistente, menos sujeito a lascação durante o uso e em caso de quebra os cascos são menores e sem pontas, reduzindo os riscos de ferimentos.

Testados no mundo esses materiais têm alta performance e são muito utilizados em mobiliário urbano e grande construções onde a segurança é prioridade.

Alguns edifícios usam vidro laminado em toda fachada com uma película colorida para dar um design diferente. No caso dos vidros utilizados nos abrigos da cidade de São Paulo, foi colocada uma película que protege as pessoas que estão sob ele dos raios UV, oferecendo maior conforto térmico e de luminosidade.

O critério de escolha da utilização do vidro nos abrigos de parada de ônibus em São Paulo deveu-se também à segurança. Por ser transparente, o vidro oferece visão total dos três lados, inclusive na parte de trás do abrigo.

Os modelos com cobertura envidraçada ganharam vidros laminados temperados de 6+6 mm com proteção UV e serigrafia. Já as laterais dos abrigos ganharam vidros temperados de 10 mm.

O desconhecimento da população a respeito desse material nobre gerou uma série de críticas aos abrigos instalados.

No primeiro momento, os usuários de abrigos gostaram dos modelos e os acharam tão modernos e bonitos que duvidaram que pudessem ser preservados. Alguns imaginaram que o calor pudesse se maior sob a cobertura de vidro, o que não se comprovou e outros tiveram dúvidas sobre a segurança.

A renomada empresa Falcão Bauer, que é um centro tecnológico de controle da qualidade de componentes da construção civil, fez testes nos vidros e nos abrigos e atestou que a segurança é total e a temperatura fica até 4 graus menor sob um abrigo de vidro do que sob um abrigo com outro tipo de cobertura.

Assim, os vidros utilizados chegaram para ficar e fazer bonito. São Paulo agradece.

Para mais informações, clique e confira as matérias veiculadas na Revista O Vidroplano.

Aqui, o vidro é uma parada!

Cultura sob proteção do vidro

Assessoria de Comunicação
SPOBRAS – 07/05/2013