Secretaria de Obras publica novos Cadernos de Drenagem

Os cadernos são estudos das bacias hidrográficas dos córregos da cidade. Os documentos trazem as áreas que atualmente apresentam riscos, e mostram as ações preventivas que podem ser tomadas pela administração municipal

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), com o apoio do Instituto de Engenharia, lança no dia 18 de agosto seis novos Cadernos de Drenagem. O evento terá início às 9h e será transmitido pelo site do Instituto e pelo canal da SIURB no YouTube. As inscrições podem ser feitas no endereço www.institutodeengenharia.org.br.

A SIURB, em parceria com a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH) da Universidade de São Paulo (USP), elabora, desde 2017, Cadernos de Drenagem das principais bacias hidrográficas do município. Os estudos são importantes instrumentos de planejamento, visando a redução dos alagamentos da Cidade. É um instrumento de preparação da gestão que trata com prioridade a questão da drenagem urbana.

Este ano, a Secretaria publica os estudos das bacias dos córregos Pirajuçara, Uberaba, Água Preta/Sumaré, Aricanduva, Rio Verde e Anhangabaú. Os estudos contemplam as obras já executadas pela SIURB e apresentam também as soluções complementares para as áreas das bacias que ainda necessitam de intervenções. Anteriormente, em 2017, foram publicados os cadernos dos córregos Água Espraiada, Cabuçú de Baixo, Jacu, Jaguaré, Mandaqui e Morro do S.

Os Cadernos de Drenagem integraram as intervenções em andamento nas bacias hidrográficas com as novas propostas de controle de cheias. Como são os casos dos reservatórios Paraguai-Éguas e do Taboão. O reservatório no córrego Paraguai-Éguas, na Zona Sul, consta no Caderno de Drenagem da Bacia do Córrego Uberaba. Quando a estrutura for concluída, terá capacidade para armazenar 110 mil m³ de água, o equivalente a 40 piscinas olímpicas. Já o reservatório Taboão, faz parte do caderno de Drenagem da Bacia do Córrego Aricanduva, e está sendo construído na Zona Leste. Assim que for concluído, ele terá capacidade para armazenar até 129 mil m³ de água, o equivalente a 51,6 piscinas olímpicas. Esses reservatórios auxiliarão na drenagem das avenidas Professor Ascendino Reis e Aricanduva, respectivamente.

A previsão da SIURB é concluir mais seis cadernos até o fim de 2021, contemplando as bacias dos córregos Tiquatira, Vila Leopoldina, Sapateiro, Itaquera, Cordeiro e Tremembé. A Secretaria trabalha para que, até 2024, 32 dos cinquenta cadernos de drenagem previstos estejam publicados.

Diretrizes básicas que compõe os Cadernos de Drenagem

Diagnóstico geral da bacia - A análise geral de cada bacia é realizada a partir de informações obtidas junto aos arquivos da Prefeitura e complementada com o levantamento de campo feito pelo corpo técnico do FCTH.

Definição das diretrizes básicas dos estudos – Definição de metas de curto, médio e longo prazo para a redução dos riscos de alagamentos. Projetar cenários que permitam a ocupação máxima pela Lei de Uso do Solo e articulação com os planos setoriais já elaborados pela Prefeitura.

Apresentação de medidas estruturais e não estruturais – São exemplos de ações estruturais a implantação de galerias, canais e reservatórios de amortecimento. Como medidas não estruturais temos os aspectos voltados à reurbanização, a preservação de áreas que contribuam ou que tenham potencial para auxiliar na redução do escoamento superficial direto das águas.

Orçamento estimativo das medidas propostas - Levantamento de preços reais a partir de intervenções similares.

Definição de prioridades - Classificação das ações propostas em cada bacia hidrográfica por ordem de prioridade.

Mapeamento de pontos críticos de inundação, atuais e futuros, com e sem as ações propostas - São empregados modelos hidrológicos hidráulicos de última geração, que permitem a análise do sistema atual de drenagem e também de novas intervenções que poderão ser propostas a partir da análise dos projetos já concluídos na SIURB