Descrição
O intuito nos encontros em que participa, mesmo se for um convite a palestrar, é através do diálogo, expor informações acerca de penteados afro que despertem reflexões acerca do o uso e empoderamento do cabelo afro e da maneira como isso reflete a imagem do afrodescendente perante a sociedade e si mesmo, construir uma identidade preta desconstruindo uma identidade eurocêntrica imposta aos afrodescendentes brasileiros, em geral, da periferia. Consistindo em uma forma de reconhecimento e aceitação de suas origens.
A importância do cabelo na comunidade africana remonta a comunicação, podendo demonstrar o estado civil, hierarquia, tribo e atribuição na mesma, além de remeter aos ancestrais que ao longo das gerações aprimoraram as técnicas de execução dos penteados e ensinamentos dos mesmos.
Partindo desse pressuposto, iremos conduzir cada um dos integrantes deste diálogo a um encontro com sua ancestralidade em outro continente sem sair da sala, mostrando uma minúscula parcela do universo que a estética preta abrange, mas que possibilita olhar o mundo de outra forma, além de mostrar rapidamente a base de algumas técnicas e esclarecimento de duvidas pertinentes ao tema, tais como formas de trabalho, materiais usados, panorama de mercado atual e quaisquer questões alusivas ao tema que estejam ao meu alcance.
Conteúdo Programático
• Origem/História: A raça humana tem origem na África, tendo o “homem moderno” aproximadamente 12.000 anos de existência, com ele vieram diversos modos de comunicação dentre eles, a estética, incluindo as tranças documentadas em diversos artefatos datados de mais de 3.000A.C
• Contextualização: Qualquer um pode usar tranças? Sim! Essa herança cultural nos foi deixada para que enaltecermos nossas características naturais
• Tipos de Tranças: Rasteirinhas? Nagô? Por que Nagô? Tranças, Dreads, Rastafári? São muitos os tipos de tranças e suas denominações ao redor do mundo, mas não confundamos religião com penteado, fique ligad@!
• Impactos no Brasil: Diversos, A vaidade feminina e masculina alimenta um mercado em ascensão que movimenta mais de R$ 38 bilhões por ano no país, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Entre 2010 e 2015, o número de registros de microempreendedores individuais (MEIs) nessa área teve um incremento de 567%, passando de 72.309 para 482.455 em janeiro de 2016, segundo dados do Sebrae. Em um país de maioria preta não há dúvidas de que somos a maior engrenagem desta máquina, porém, estamos consumindo produtos que enalteçam nossas características naturais? Ultimamente sim. O mercado está mudando aos poucos com influencias internas e externas e com essas mudanças também vem a resistência aos movimentos de empoderamento. Vamos refletir sobre essas mudanças juntos.
Facilitação
Wendel Leal - 27 anos, nascido em São Paulo, criado na periferia do Jardim Paulistano/ Brasilândia, tive meu primeiro contato com a cultura afro americana inicialmente, por intermédio de minha própria família, buscando posteriormente cada vez mais minha ancestralidade e referências pretas e indígenas. Aos 12 anos de idade já trançava meus próprios cabelos e o de meus irmãos mais velhos, assim começa minha trajetória no ramo da estética preta, que me fascina mais a cada dia.
Coordenação
Pedro Smith
Colaborador Estagiário: Thiago Souza
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Sobre
Público: interessados em geral, não é necessário conhecimento prévio; é necessário inscrição para seleção.
Vagas: 25.
Dias: 19/11
Horário: 16h30 às 18h.
Local: Sede da UMAPAZ – Parque Ibirapuera.
Endereço: Av. Quarto Centenário, 1268.
Pedestres: Portão 7A.
Estacionamento: Portão 7 da Av. República do Líbano (Zona Azul).
Como chegar na UMAPAZ