Burle Marx

  Sul                              

 Mosaico com quatro fotografias sendo a primeira de um campo aberto com a grama quadriculada em tons de verde claro e escuro, a segunda de uma trilha com as laterais de madeira e árvores atrás, a terceira de um lago com pequenas árvores cheias de folhas verdes ao fundo, e a quarta um arbusto cheio de flores em tom de rosa e a frente campo aberto com pessoas sobre a grama.

Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200 - Morumbi
Inaugurado em 29/09/1995
Decreto de criação: 35.537 de 29/09/1995
Subprefeitura do Campo Limpo
Área: 138.279 m²
Administração: Fundação Aaron Birmann
Aberto diariamente das 7h às 19h
Telefone: (11) 3746-7631

 

INFRAESTRUTURA

Pista de Cooper e caminhada, trilha para passeio pelo meio da mata, aparelhos de ginástica (barras e pranchas), playground, estacionamento, sanitários, orquidário natural, nascentes, lagos, espelho d’água, estares, lanchonete e pergolados. Desde que foi implantado, o parque é administrado pela Fundação Aaron Birmann.

PARTICULARIDADES

No final da década de 40, o empresário Baby Pignatari convidou o paisagista Roberto Burle Marx para realizar os jardins de sua casa, projetada por Oscar Niemeyer. O conjunto artístico e paisagístico passou por uma intervenção e restauração pelo próprio Burle Marx em 1991. Remanescente da Chácara Tangará, a área foi doada à prefeitura e duas manchas de mata nativa foram tombadas pelo Estado de São Paulo em 1994. O parque foi inaugurado em 1995 e se destaca pelo conjunto das esculturas do painel de alto e baixo-relevo, espelhos d’água, jardins e palmeiras imperiais.


Predominam na sua vegetação: eucaliptal (Eucalyptus sp.) com sub-bosque, além de remanescente de Mata Atlântica, gramados e áreas ajardinadas. Destaques da FLORA: bambu-chinês (Bambusa tuldoides), bambu-japonês (Phyllostachys aurea), cabuçu (Miconia cabucu), cafeeiro (Coffea arabica), carambola (Averrhoa carambola), cinamomo (Melia azedarach), falsa-figueira-benjamim (Ficus microcarpa), gameleira-brava (Ficus organensis), guaimbé (Philodendron bipinnatifidum), guaricanga (Geonoma schottiana), guamirim-araçá (Calyptranthes grandifolia), jaqueira (Artocarpus heterophyllus), jerivá (Syagrus romanzoffiana), marinheiro (Guarea macrophylla subsp. tuberculata), noz-pecã (Carya illinoiensis), paineira (Ceiba speciosa), palmeira-de-leque-china (Livistona chinensis), palmito-jussara (Euterpe edulis), pau-brasil (Paubrasilia echinata), pau-ferro (Libidibia ferrea var. leiostachya), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), samambaiaçu (Cyathea delgadii), seafórtia (Archontophoenix cunninghamiana), sibipiruna (Poincianella pluviosa var. peltophoroides), tapiá-guaçu (Alchornea sidifolia) e tapiá-mirim (Alchornea triplinervia). Foram registradas 137 espécies vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção: palmito-jussara (Euterpe edulis) e pau-brasil (Paubrasilia echinata).Inventário de flora 2021.

O parque conta com 164 espécies de FAUNA, sendo 93 de aves. Nos lagos pode-se observar o socozinho, savacu, martim-pescador-grande, garça-branca-grande, irerê e biguatinga, enquanto nas áreas abertas notam-se quero-quero, anu-branco e anu-preto. Um registro de destaque é o gavião-pombo-pequeno, espécie endêmica da Mata Atlântica e incomum em áreas urbanas. Outro que se distingue por sua beleza e porte é o pavó, pássaro ameaçado de extinção que visita o parque em meio a suas incursões urbanas, enquanto contribui para a renovação da flora através da dispersão das sementes dos frutos dos quais se alimenta. Dentre os passarinhos que carregam verdadeira aquarela em sua plumagem, podem ser observadas a saíra-sete-cores, a saíra-da-mata, gaturamos, saí-azul, tié-sangue e saíra-viúva. Entre as 17 espécies de mamíferos estão gambá-de-orelha-preta, morcegos, saguis, preá e ratão-do-banhado. Dentre os répteis, destaque para o “camaleãozinho”, lagarto diurno que vive tanto sobre arbustos quanto no chão da mata. É neste solo, sombreado e coberto por folhas mortas (serapilheira) que vive uma espécie de sapo endêmico da Mata Atlântica, o sapo-cururuzinho. Ali também foi descoberta uma espécie nova de caramujo terrestre, batizado como Adelopoma paulistaum (Martins & Simone, 2014), em homenagem à cidade.

O BAIRRO
Até 1956, o bairro do Morumbi era “do outro lado da colina", com poucos acessos (alguns de terra) para a margem oposta do Rio Pinheiros. Muito arborizado, atraiu um público mais elitizado. Na década de 60, com a inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, e no ano seguinte, com a entrega da nova sede da Escola Graduada Americana, o bairro mostrou sua vocação sofisticada.
Em 1964, o governador Adhemar de Barros negociou com a família Matarazzo a troca de dívidas fiscais do grupo com o Estado pela edificação da família, que hoje é sede do Governo do Estado de São Paulo. Projetos de grande estética foram construídos na área antes pertencente à família Oscar Americano. O sentimento de preservação ambiental, que já estava presente, em 1948, nos projetos concebidos e desenvolvidos por Oscar Americano, deixou claro o seu pioneirismo.

BURLE MARX
O paisagista Roberto Burle Marx (São Paulo, São Paulo, 1909 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1994), empresta seu nome ao parque. Paisagista, arquiteto, desenhista, pintor, gravador, litógrafo, escultor, tapeceiro, ceramista, designer de joias e decorador, desde muito cedo acompanhou a família em viagem para a Europa, tomando contato direto com museus e galerias de arte. Entrou em contato com as obras de Vincent van Gogh (1853-1890), Pablo Picasso (1881-1973) e Paul Klee (1879-1940). Em 1929, frequentou o ateliê de pintura de Degner Klemn. Nos jardins e museus botânicos de Dahlen, em Berlim, entusiasmou-se ao encontrar exemplares da flora brasileira. De volta ao Brasil, fez curso de pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Arte do Rio de Janeiro, e em 1932 realizou seu primeiro projeto de jardim para a residência da família Schwartz, a convite do arquiteto Lucio Costa (1902-1998), parceiro de projeto de arquitetura de Gregori Warchavchik (1896-1972).

Desde que foi implantado, o parque é administrado pela Fundação Aron Birmann.

CONSELHO GESTOR
Os Conselhos Gestores dos Parques Municipais foram criados em 2003 para garantir a participação popular no planejamento, gerenciamento e fiscalização das atividades que ocorrem nos parques. O objetivo é envolver a comunidade na discussão das políticas públicas de forma consultiva, com enfoque nas questões socioambientais. Os Conselhos são integrados por representantes da sociedade civil (em geral, três frequentadores e um representante de movimento social ou entidade local), um representante dos trabalhadores do parque e três representantes do Poder Executivo.
Saiba mais sobre os Conselhos Gestores no site da SVMA.

CONSULTE AQUI O REGULAMENTO DO PARQUE .

COMO CHEGAR:
5118-10 – Term. João Dias – Lgo. São Francisco
5119-10 – Term. Capelinha – Lgo. São Francisco
5119-21 – Term. Capelinha – Itaim Bibi
6291-10 – Inocoop Campo Limpo – Term. Bandeira
647A-10 – Valo Velho – Pinheiros
647P-10 – COHAB Adventista – Pinheiros
7040-10 – Paraisópolis – Pinheiros
775F-10 – Jd. das Palmas – Hosp. das Clínicas

+ informações: www.sptrans.com.br 

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