Política ambiental do município é apresentada em evento Pré-COP 26

Chefe de gabinete, Rodrigo Ravena, destacou a importância de garantir uma São Paulo no caminho da sustentabilidade, resiliência e de recuperação ambiental

 

“A política ambiental é de governo, transversal e implica em atividades e ações de várias Secretarias”. Com esse ensejo, o chefe de gabinete da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, destacou o trabalho da Prefeitura nas questões relacionadas à natureza, na Pré-COP 26 – uma conferência internacional que irá discutir os principais assuntos da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a ser realizada em novembro em Glasgow, na Escócia.

A participação da SVMA no evento organizado pela Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI) destacou que “preservar, conservar e modificar” são medidas de política ambiental. Ravena citou exemplos do conjunto de ações previstas no Plano Diretor Estratégico, como a contenção de enchentes, substituições de áreas impermeabilizadas por áreas de absorção de chuva, além da ampliação de parques e Unidades de Conservação.

“Os objetivos são conservar e recuperar o meio ambiente e a paisagem, reduzir a contaminação ambiental, proteger os recursos hídricos e mananciais de abastecimento, minimizar a impermeabilização do solo, conservar a biodiversidade, melhorar a relação de áreas verdes por habitante, reduzir as enchentes, minimizar as ilhas de calor e compatibilizar a proteção ambiental com o desenvolvimento econômico sustentável e a qualidade de vida da população”, pontuou.
Para Rodrigo Ravena, “o grande desafio da política ambiental de São Paulo é compartilhar e tornar conjunto o desenvolvimento ambiental sustentável com o crescimento da cidade”. Como nossa capital é uma megalópole, há regiões totalmente contempladas por mobilidade, transporte e informação e outras ainda muito atrasadas, por isso a necessidade que a política ambiental seja mais resiliente, sustentável e inclusiva.

Em decorrência da pandemia, há mais pessoas em situação de rua, mais desemprego, houve diminuição de renda e isso tem também impacto ambiental e precisa ser levado em consideração para que se consiga na política pública preservar e crescer. Ravena apresentou os “Planos Verdes da cidade”, que dão as orientações de ações de meio ambiente. Citou o PLANPAVEL (Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres), que deve ser lançado nos próximos meses e prevê a gestão conjunta de áreas verdes e espaços livres públicos e privados, incentivando a criação de reservas de preservação e utilização das pessoas, destacou que a meta é ampliar de 8 para 10 as Unidades de Conservação, falou do encaminhamento para a Câmara do PMAU – que moderniza o Plano Municipal de Arborização Urbana, e ainda citou a importância do PMSA (Plano Municipal de Conservação e Recuperação de Áreas Prestadoras de Serviços Ambientais), que além de garantir a preservação proporciona recursos para quem vive e conserva a área ambiental.

A apresentação destacou também que com o Plano de Ação Climática de SP (PLANCLIMA SP), todos os outros planos acabam inseridos no importante desafio em conter o aquecimento global e zerar as emissões de gás carbônico na atmosfera. Ravena pontuou os projetos compartilhados com outras Secretarias, como o Geosampa, de visão geral on-line da cidade nas questões de licenciamento e fiscalização; no Mapeamento Vegetal, no Ligue os Pontos, que conecta os produtores rurais da zona sul aos consumidores da cidade; na proteção, resgate e combate ao tráfico de animais silvestres; na implementação dos “Jardins de Chuva” para ajudar na permeabilização; na área de zoonoses; na recuperação e proteção de mananciais com equipamentos de moradias incluídos, nos projetos de incentivo ao trabalho sustentável com os projetos TEIA, Green Sampa e POT, além do desenvolvimento de negócios verdes baseados em soluções para a natureza.

As metas da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente foram apresentadas, com a ampliação de parques e Unidades de Conservação e ultrapassar os 50% de cobertura vegetal no município, assim como garantir a capacidade de atendimento de 25 mil animais silvestres resgatados, apreendidos ou recebidos.

Para Rodrigo Ravena, a educação ambiental é que vai garantir que as futuras gerações tenham o entendimento necessário de desenvolvimento sustentável. “Para quem está se formando, acredite no trabalho que é feito. É importante que haja estrutura normativa, apoio político, ações concretas, mas é muito importante ter o coração e a mente das pessoas ligadas a entender que São Paulo tem verde, fauna, gente, prédio e floresta. É na cidade que faz política ambiental, o enfrentamento das mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e nossa recuperação no pós-pandemia”, concluiu.