Parque Augusta

Probabilidade de conter materiais arqueológicos no local, chama a atenção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Foto de uma escavação de um muro com terra vermelha com dois trabalhadores de capacete

No mês de dezembro, a cidade de São Paulo ganhará um novo espaço verde, o Parque Augusta, que fará parte da pasta dos 108 parques municipais da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Uma reivindicação dos moradores da região e entorno.

Este local promete trazer beleza, infraestrutura, lazer e muita história para a população.

Arqueologia

As etapas de restauros e construções no local foram interrompidas momentaneamente, pois houve interesse arqueológico na área por parte do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para averiguar a possível existência de resquícios de antigos povos indígenas.

De acordo com Tamires Carla de Oliveira, coordenadora da Gestão de Parques e Biodiversidade Municipal (SVMA/PMSP), no dia 8 de julho foi o início da prospecção arqueológica, reconhecimento de espaço e organização.

Próximos ao parque existe uma ocorrência (Ocorrência PUC-Consolação), que é um registro de antiguidade isolado, sem o devido trabalho de um arqueólogo. Se forem descobertos no local objetos que permitam sua contextualização histórica, isso pode se transformar em um sítio arqueológico e dois deles (Sítio Acesso Ouro Preto e Sítio Mackenzie), que são locais onde objetos e marcas, como construções antigas, artefatos, pinturas rupestres entre outros, denotam momentos históricos e o desenvolvimento de uma região. Todos eles se caracterizam por conterem vestígios da transição do século XIX para o XX, com a presença de faianças finas, cerâmica, vidro e materiais construtivos. Por esse motivo os arqueólogos do Centro de Arqueologia de São Paulo (CASP-DPH-SMC) estarão no local para realizar estudos.

A arqueologia tem muita importância para a história, pois descobre, cataloga e ajuda a entender e explicar uma série de objetos que servem de fontes históricas para o trabalho dos historiadores.

“Iremos começar a realizar os poços testes, que são pequenas perfurações no solo para ver onde aparecem estes materiais. Temos uma estimativa de 30 dias para este trabalho, mas tudo depende do que será encontrado, podemos concluir em menos ou mais tempo, declara Paula Nishida, supervisora do Centro de Arqueologia de São Paulo ( DPH/ SMC /PMSP).

Com tudo isto, podemos concluir quanta história e quanta riqueza cultural existe em nossa cidade de São Paulo.

O Parque – Infraestrutura

Localizado no quarteirão entre as ruas Augusta, Consolação, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, o parque possui uma área de 23mil m² e contará com, redário, academia de terceira idade, cachorródromo, área de slackline ( esporte de equilíbrio que utiliza uma corda de nylon para o praticante realizar manobras), playground, sanitários públicos, arquibancada e deck elevado.

Possuirá áreas de manejo e compostagem, além de uma estrutura de serviços e apoio para a administração.

Serão restaurados: Portal e Casa do Bosque, que são tombados pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – Conpresp.