Raro, eclipse solar é o fenômeno do mês de julho

Fenômeno ocorre a cada 350 anos, em média, e afeta a natureza.

Imagem com fundo preto. À direita, está a imagem do Sol (em laranja) sendo encoberto pela Lua (em sombra preta) durante o eclipse solar. À esquerda, estão os dizeres "Eclipse Solar" em letras brancas.

Um grande evento astronômico acontece nesta terça-feira, dia 2 de julho: trata-se de um eclipse solar total, quando a lua fica exatamente entre o planeta Terra e o sol. Visível apenas nas regiões sul do Oceano Pacífico e na América do Sul, sua magnitude é 1,0459. Essa medida astronômica indica o diâmetro do corpo eclipsado em seu auge. Um eclipse total (seja solar, seja lunar) precisa ser superior a 1,0 (o equivalente a 100%).

Esse fenômeno ocorre porque o plano da órbita da Lua (em torno da Terra) difere do plano da órbita da Terra (ao redor do sol). Em algum momento, essas órbitas podem coincidir, fazendo com que um astro se sobreponha a outro – no caso, a lua fica entre a Terra e o sol, fazendo sombra ao astro-rei.

“As pessoas não podem olhar diretamente para o sol, mesmo ele estando próximo ao horizonte, porque pode causar cegueira”, alerta Flavio Bianchini, Coordenador de Projetos do Planetário do Carmo. A visibilidade desse eclipse é diferente conforme a região do planeta. “Em Manaus, a lua cobrirá apenas 5% do sol; em São Paulo, o percentual sobe para 27%, enquanto em Porto Alegre, esse índice de 60% permite que a lua cubra mais da metade do sol”, exemplifica o físico.

Eclipses solares totais como o desta terça são raríssimos – eles se repetem a cada 300 a 375 anos, enquanto os eclipses parciais do sol podem ocorrer, em média, a cada 18 meses. “No sul do Chile e na Argentina, onde o sol será 100% coberto pela lua, será possível ver a Corona Solar (atmosfera do sol), que lembra um anel de diamante”, explica Bianchini. Segundo ele, o fenômeno é tão diferente que até as aves são afetadas, sentindo-se confusas com a rápida chegada da "noite" e, depois, o retorno do sol.